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O que é sífilis?

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Por:   •  20/5/2014  •  Tese  •  2.678 Palavras (11 Páginas)  •  284 Visualizações

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O que é sífilis?A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Treponema pallidum. No Brasil, a sífilis tem uma prevalência considerada alta. Um estudo realizado em 2004 com parturientes estimou que em média, no país todo, 1,6 por cento das mulheres têm a doença no momento em que dão à luz.

Esse número é o quádruplo da incidência de HIV/Aids em gestantes no Brasil. E, assim como a Aids, a sífilis pode ser transmitida para o bebê durante a gravidez ou na hora do parto, na chamada transmissão vertical.

O modo mais comum de pegar sífilis é por via sexual, seja sexo vaginal, anal ou oral. Mas também é possível pegar a doença beijando uma pessoa que esteja com uma ferida de sífilis na boca, ou com o contato direto entre esse tipo de ferida e um corte, por exemplo.

As estimativas do Ministério da Saúde são de que o Brasil tenha cerca de 50 mil gestantes com sífilis por ano. O teste para a sífilis faz parte dos exames de sangue de rotina do pré-natal, e o governo recomenda que o parceiro da gestante também seja testado.

Quais são os sintomas?Os sintomas da sífilis variam conforme o estágio da doença e também de pessoa para pessoa. Em alguns casos, os sinais passam despercebidos, e a pessoa só descobre que tem a doença quando faz um exame de sangue.

No estágio inicial, conhecido como sífilis primária, o sintoma característico é o surgimento de uma (ou mais) ferida indolor e altamente contagiosa, com bordas elevadas, denominada cancro. A ferida surge no lugar em que houve a infecção, normalmente cerca de três semanas depois do contato com a bactéria, mas às vezes antes ou depois disso -- até três meses após a infecção.

Às vezes, o cancro fica dentro da vagina ou da boca, e acaba nem sendo notado. Esse tipo de ferida pode surgir também nos lábios vaginais, no períneo, no ânus, nos lábios, e podem aparecer ínguas (linfonodos aumentados) na área próxima ao cancro.

Se a pessoa for tratada nessa fase, há a possibilidade de cura. Sem tratamento, a ferida desaparece sozinha em até um mês e meio. O problema é que as bactérias responsáveis pela doença continuam se multiplicando no organismo, e entram na corrente sanguínea. Quando isso acontece, a doença passa para o próximo estágio, a sífilis secundária.

No estágio secundário, a sífilis pode apresentar vários sintomas, que aparecem semanas ou até meses depois do surgimento da ferida. Assim como os da sífilis primária, porém, eles podem passar despercebidos. A maioria das pessoas apresenta uma erupção de pele que não coça, principalmente na sola do pé e na palma da mão, mas às vezes em outros lugares do corpo.

Também podem surgir lesões na boca e na vagina, novas feridas indolores na área genital (que, assim como o cancro inicial, são muito contagiosas), sintomas parecidos com a gripe e queda de cabelo. Nesse estágio, a doença ainda é curável, se tratada.

Sem tratamento, os sintomas costumam ir embora em alguns meses, mas a doença permanece ativa. A bactéria continua se multiplicando nessa fase latente e pode causar problemas graves anos depois. No chamado estágio terciário, a doença pode provocar anormalidades cardíacas, lesões nos ossos, na pele e em vários órgãos, e a pessoa pode morrer.

Além disso, cerca de 20 por cento das pessoas com sífilis terciária apresenta a neurossífilis, ou seja, o sistema nervoso é afetado pela doença. Nos estágios finais, a neurossífilis pode causar convulsões, cegueira, surdez, demência, problemas na medula espinhal e a morte.

A neurossífilis também pode surgir nos estágios anteriores, causando problemas como a meningite. Felizmente, a maioria das pessoas é diagnosticada antes disso e recebe o tratamento adequado para não chegar à sífilis terciária. Como a sífilis afeta a gravidez e a saúde do bebê?

A bactéria da sífilis pode passar para o bebê através da placenta ou ser transmitida durante o parto. Mas, se a mulher é diagnosticada com antecedência, a chamada transmissão vertical pode ser evitada. Se a mulher não for tratada, há uma grande possibilidade de o bebê ser infectado, especialmente se a doença estiver no estágio inicial, quando é mais contagiosa.

Cerca de 40 por cento das mulheres com sífilis primária não-tratada acabam perdendo o bebê, ou a criança morre pouco depois de nascer. A sífilis também eleva o risco de parto prematuro e de restrição do crescimento intra-uterino.

Alguns bebês que nascem com sífilis (sífilis congênita) não têm sintomas claros, mas podem apresentar erupções de pele e lesões na boca, nos órgãos genitais e no ânus, além de linfonodos aumentados, anemia, icterícia ou pneumonia grave nos primeiros meses de vida.

Já outros bebês apresentam alguns desses sintomas assim que nascem. E outros têm outros problemas, como fígado e baço aumentado.

Se a doença não for tratada, os bebês podem sofrer graves sequelas anos depois, como deficiência visual e auditiva, problemas ósseos e neurológicos. Por isso é importantíssimo que a doença seja diagnosticada e tratada durante a gravidez, para que o bebê receba atendimento o mais rápido possível. Vou fazer exame para sífilis no pré-natal?Vai. O teste faz parte dos exames de sangue de rotina do pré-natal. Se seu médico não tiver solicitado, peça para ele. O Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de DST e Aids, possui um plano especial para reduzir a ocorrência de sífilis congênita. O exame pode ser refeito a qualquer momento se surgirem sintomas da doença em você ou no seu parceiro, e o governo recomenda que o exame no parceiro também faça parte da rotina do pré-natal.

O exame de sangue só detecta a doença entre 1 mês e 1 mês e meio depois da infecção. Caso você ache que possa ter sido contaminada, pode pedir ao médico para refazer o exame depois de um mês. Se o teste inicial der positivo, você fará um exame de sangue mais específico para confirmar o diagnóstico. O exame para detectar o vírus da Aids também faz parte da rotina do pré-natal, mas, se você for diagnosticada com sífilis, terá de repetir o teste para a Aids depois de alguns meses, porque a sífilis deixa a pessoa mais suscetível à infecção pelo HIV. Como a sífilis é tratada?O único tratamento seguro para a sífilis durante a gravidez é a penicilina, que trata tanto a mãe quanto o bebê. A mulher diagnosticada com a doença receberá uma ou mais injeções de penicilina, dependendo do estágio da doença e de ter ou não neurossífilis. (No caso de haver algum sintoma de neurossífilis, será necessário fazer uma punção lombar na mulher para analisar o líquor).

Existe a possibilidade de o tratamento causar uma

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