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Partograma

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Por:   •  26/10/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.965 Palavras (12 Páginas)  •  200 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Esse trabalho aborda os métodos de avaliação da mãe e principalmente do RN na sua vida intrauterina e extrauterina. Esses métodos são eficazes para uma boa avaliação desses pacientes.

É fundamental a enfermagem ter como conhecimento sobre os métodos pois os resultados podem interferir de maneira significativa no histórico desses pacientes esses testes ajudam em algumas situações de risco que precisam ser identificados precocemente pelo enfermeiro.

Através da definição gráfica de padrões de normalidade, os desvios podem ser facilmente reconhecidos e prontamente corrigidos.

PARTOGRAMA

Reconhecendo o inaceitável alto índice de mortalidade materna, a possibilidade de prevenção na maioria dos casos e as consequências sociais da morte materna para a família e os filhos, a Conferência para a Maternidade Segura, organizada em conjunto pelo Banco Mundial, Organização Mundial de Saúde e o Fundo para Populações das Nações Unidas, organizada em Nairobi no mês de fevereiro de 1987, concluiu com um “chamado para a ação”. Este chamado determina que os profissionais de saúde envolvidos no cuidado de mães e crianças, adotem agora uma ação positiva para reduzir a morbi-mortalidade materna. Entre as ações propostas estão: assegurar a toda gestante uma detecção precoce do risco gestacional, por profissionais de saúde apropriadamente treinados e supervisionados (não médicos), onde isto for possível, com o uso de toda a tecnologia para identificar o risco (incluindo o partograma, quando necessário); providenciar cuidados de pré-natal e durante o trabalho de parto, tão rapidamente quanto possível.

A hemorragia pós parto e a sepsis são as causas mais comuns de mortalidade materna em países em desenvolvimento, mas o trabalho de parto obstruído e a ruptura uterina podem causar até 70% das mortes maternas em algumas situações. O trabalho de parto prolongado no mundo em desenvolvimento, é comumente devido à desproporção céfalo-pélvica, a qual pode resultar em trabalho de parto obstruído, desidratação da gestante , exaustão, ruptura uterina e fístula vesico-vaginal.

O trabalho de parto prolongado é mais comum na mulher primigesta do que na multípara e as complicações e efeitos da desproporção céfalo- pélvica diferem entre elas. Em países em que a desproporção céfalopélvica não é prevalente, a progressão anormal do trabalho de parto é frequentemente devido à ineficiência das contrações uterinas. Universalmente consequências indiretas do trabalho de parto prolongado incluem a sepse materna, a hemorragia pós-parto e a infecção neo-natal.

A detecção precoce da progressão anormal do trabalho de parto e a prevenção do trabalho de parto prolongado, podem reduzir significativamente o risco de hemorragia pós-parto e sepse, bem como eliminar o trabalho de parto obstruído, a ruptura uterina e suas sequelas.

O partograma, um gráfico onde são anotados a progressão do trabalho de parto e as condições materna e fetal, tem sido usado desde 1970 para detectar a progressão anormal do trabalho de parto, para indicar quando a condução do trabalho de parto é apropriada e para reconhecer uma desproporção céfalopélvica muito antes do trabalho de parto tornar-se obstruído.

O partograma serve como um ”sistema precoce de aviso” e ajuda numa decisão antecipada em transferir, conduzir e finalizar o trabalho de parto. Ele também aumenta a qualidade e a regularidade de todas as observações da mãe e

do feto, ajudando no reconhecimento precoce de problema com eles. O partograma tem sido usado em numerosos países, mas usado extensivamente em poucos. Ele foi considerado barato, efetivo e prático nos mais diversos países (desenvolvidos e em desenvolvimento). Ele mostrou-se efetivo em prevenir o trabalho de parto prolongado e em reduzir as intervenções operatórias e em melhorar o resultado neonatal.

1.1 HISTÓRIA DO PARTOGRAMA

E. A. Friedman em 1954, acompanhando o estudo de um grande número de mulheres nos U.S.A., descreveu um padrão de dilatação cervical normal.Friedman (1954) dividiu o trabalho de parto funcionalmente em duas partes: a fase latente (precoce), que se estende de 8-10H e vai até cerca de 3cm de dilatação; esta é seguida pela fase ativa, caracterizada pela aceleração de 3-10 cm, ao final da qual ocorre uma desaceleração. Este trabalho forma a base na qual outros trabalhos foram elaborados.

Em 1969 Hendricks e alunos demonstraram que na fase ativa do trabalho de parto normal, o índice de dilatação cervical na primigesta e na multípara varia pouco e que não há desaceleração no final do primeiro estágio do trabalho de parto. Philpott, em estudo intensivo de primigestas na África Central e do Sul, construiu um nomograma para dilatação cervical nesta população e foi capaz de identificar desvios da normalidade, criando uma base científica para a intervenção precoce, visando a prevenção do trabalho de parto prolongado. Desde então, vários autores têm desenvolvido nomogramas similares em outras áreas geográficas. Nenhum deles demonstrou uma diferença significativa entre os grupos étnicos.

1.2 A PROGRESSÃO DO TRABALHO DE PARTO

• A fase latente:

A fase latente vai do início do trabalho de parto até que a dilatação cervical alcance 3cm. Caso esta fase demore mais que 8 horas, na presença de 2 contrações em 10 minutos, o trabalho de parto deverá ser problemático e se a gestante estiver em uma casa de parto, deverá ser transferida para um hospital. Caso ela esteja no hospital, necessitará um acompanhamento crítico de uma decisão quanto à conduta posterior.

• A fase ativa:

Uma vez que a dilatação alcance 3cm, o trabalho de parto entra na fase ativa.

Em cerca de 90% das primigestas, o índice de dilatação cervical é de 1cm/hora ou mais rápido.

A linha de alerta traçada dos 3 aos 10cm representa este índice de dilatação. Todavia, se a dilatação cervical mover-se para a direita da linha de alerta, demonstra que esta é mais lenta e que o parto será prolongado. Caso a mulher esteja em uma casa de parto, ela deverá ser transferida para um hospital; caso esteja no hospital, deverá ser observada com maior frequência.

A linha de ação é

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