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Portifole

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Por:   •  15/3/2015  •  2.356 Palavras (10 Páginas)  •  250 Visualizações

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1. Atendimentos ambulatoriais

No dia 05 de Agosto tive minha primeira experiência em atendimento ambulatorial. Entrou no ambulatório paciente MLPS, 63 anos, prontuário 551036-7, queixando-se de dor nas articulações das mãos e coxofemorais, que aumentou progressivamente no decorrer de dois anos, que piora com o movimento e melhora com o repouso. Paciente refere que as dores a impedem de realizar as atividades de casa como lavar louça, passar pano no chão. MLPS era paciente de retorno, com diagnóstico prévio de osteoartrite, e referiu melhora significativa da dor com o uso de Sulfato de Glicosamina, prescrito em consulta realizada há 06 meses. Na conduta foi mantido o Sulfato de Glicosamina (uso oral), e feitas recomendações à paciente tais como controlar o ganho de peso, evitar atividades que promovam impactos repetitivos, avitar carregar pesos, e utilizar sapatos confortáveis que ofereçam boa base de apoio.

No dia 07 de Agosto tivemos um caso muito interessante, paciente EMRS, 52 anos, primeira consulta (sem diagnóstico prévio), queixando-se de ´´dor no corpo todo´´. Logo no início da entrevista, percebemos a paciente extremamente inquieta, falante, ansiosa, queixando-se o tempo todo das dores pelo corpo. EMRS apresentava dores difusas pelo corpo, com sensibilidade nas articulações, nos músculos e tendões, com início há 1 ano. Além da dor, outro achado importante foi o de que a paciente apresentava distúrbios do sono. Paciente referia dormir mal, devido às dores, e acordava já se sentindo cansada. Além disso, também relatou sedentarismo, dificuldade de concentração, nervosismo e problemas de memória. Junto do professor Vítor, chegamos a conclusão que, a partir da história dos sintomas e exame físico, EMRS tinha hipótese diagnóstica de Fibromialgia. O diagnóstico de fibromialgia é feito clinicamente, pois não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico. Como conduta foi solicitado as dosagens de TSH e T4 livre para avaliação da tireóide e afastamento de um possível Hipotireoidismo.

No dia 21 de Agosto, me deparei com um caso de febre reumática. Paciente LCS (prontuário 598590-8), 28 anos, vinha ao ambulatório em consulta de retorno e ao perguntá-la sobre sua queixa principal sua resposta foi ´´não sinto nada´´. E isso se repetiu ao longo de toda a anamnese. LCS é uma paciente com febre reumática diagnosticada aos 14 anos de idade, que, atualmente, está com um quadro controlado. Em relação aos critérios de Jones, não apresentava nenhum dos critérios maiores (cardite, artrite, Coreia de Sydenham, eritema marginado, nódulos subcutâneos) e nenhum critério menor (febre, artralgia, elevação dos reagentes de fase aguda, intervalo PR prolongado no ECG), e sem evidência de infecção pelo estreptococo do grupo A. Como conduta foi mantida a aplicação de Bezentacil de 21 em 21 dias, para prevenção de uma possível infecção pelo Streptococos beta hemolítico do grupo A e prevenção de complicações por uma reagudização do quadro.

Tive a oportunidade de atender pacientes com Doença do Refluxo Gastroesofágico, percebi que se trata de uma das doenças mais prevalentes no ambulatório. São pacientes que se queixam de pirose, regurgitação, boca ácida, sensação de alimento na boca, náuseas e vômitos, quando se alimentam de gorduras, refrigerantes, café e outros. Também atendi um caso de estenose de esôfago por ingestão de soda cáustica, que é hoje um problema de saúde pública. São pacientes com distúrbios emocionais, que passam a ter uma qualidade de vida ruim por conta da dificuldade em se alimentarem. Precisam se alimentar por sonda por algum tempo e se submeterem a várias sessões de dilatação de esôfago.

Atendemos pacientes com cefaleia migrânea, com várias de suas características típicas: formação de áurea, fotofobia e fotosensibilidade, dor intensa do tipo pontada associada com náuseas, vômitos. Fatores desencadeantes como exposição ao sol, nervosismo, alimentação. E no rodízio de hemato acompanhei um caso interessante de uma mulher adulta, com anemia ferropriva, com antecedente de sangramento por conta de uma retocolite ulcerativa.

2. Acompanhamento dos casos na enfermaria

Durante o rodízio de Reumatologia e neurologia não acompanhamos casos na enfermaria. No rodízio de Gastroenterologia acompanhamos dois casos: paciente JH, com ascite volumosa, complicação de uma cirrose hepática, e a paciente DJL, leito 302-B, com hemorragia digestiva alta por complicação de uma pancreatite crônica. Durante o rodízio de Hematologia, acompanhamos dois casos: paciente do sexo masculino, adulto, com Linfoma Hodgkin, apresentando-se com linfadenomegalia cervical, que é a manifestação mais comum deste tipo de linfoma; e paciente do sexo feminino, adulta, com linfoma Não Hodgkin, queixando-se de fraqueza, mal-estar, falta de apetite e febre. Curioso neste último caso é o relato da própria paciente de que há dois anos vinha sendo tratada por médico em unidade de saúde primária com sulfato ferroso, como um caso de anemia ferropriva. A necessidade de investigação da causa da anemia é fundamental, visto que, em casos como este, doenças mais graves podem estar relacionadas.

3. Participação em seminários, aulas expositivas, sessões clínicas:

Nos quatro rodízios, tive um bom rendimento nas aulas teóricas, o que me orientou no estudo individual. Nas sessões clínicas, fiz leitura e estudo prévios dos casos. Avalio como boa minha participação.

Caso Clínico 1 (ambulatório)

Data: 07/08/2014

Identificação: EMRS (prontuário 851139-6), 58 anos, procedente de Goiânia, natural de Palmeiras de Goiás, diarista, evangélica, viúva.

Refere como queixa principal ´´dor no corpo todo´´

Na HDA paciente relata que há quatro anos, depois de ter fraturado o fêmur, iniciou quadro de dor em membro inferior que se irradiou para membro superior e coluna. A dor aumentou ao longo do período e atualmente tem intensidade 10+/10+, difusa pelo corpo (articulações, músculos e tendões), com piora ao esforço físico, sem melhora com descanso ou uso de medicamentos (diclofenaco). Paciente relata perda da força durante quadros de dor intensa. Há nove meses houve piora do quadro com a limitação da realização das atividades cotidianas, acompanhado de edema em ambos os membros e parestesia nas mãos e nos pés. Foi encaminhada ao serviço de reumatologia do HC para elucidação diagnóstica.

Interrogatório

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