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Radioautografia

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Por:   •  10/9/2014  •  983 Palavras (4 Páginas)  •  4.153 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A radioautografia é muito empregada para estudar os locais de síntese e o destino de macromoléculas.

A radioautografia pode ser aplicada como uma técnica citoquímica para a detecção de isótopos radioativos. Baseia-se na sensibilidade das emulsões fotográficas às radiações ionizastes. Como não existem átomos radioativos nas células, podem-se seguir, pela radioautografia, a incorporação e a migração de compostos radioativos introduzidos nas células com finalidades experimentais.

RADIOAUTOGRAFIA

A radiautografia é o estudo de processos biológicos em cortes de tecidos por meio de radiografia. A radioautografia permite a localização de substâncias radioativas em tecidos pelo efeito de sua radiação em emulsões fotográficas. Cristais de brometo de prata presentes na emulsão agem com microdetectores de radioatividade da mesma maneira como eles respondem à luz em um negativo fotográfico. A primeira etapa da radiautografia é fornecer moléculas radioativas às células. Muitos tipos de moléculas podem ser usados, dependendo da finalidade do estudo: aminoácidos radioativos, nucleotídeos radioativos, açúcares radioativos etc. Estas moléculas são chamadas de precursores, porque podem ser usadas pelas células para sintetizar moléculas maiores, como proteínas, ácidos nucleicos, polissacarídeos e glicoproteínas. Cortes dos tecidos a serem analisados são cobertos no escuro com uma emulsão fotográfica. As lâminas são mantidas em caixas à prova de luz, depois de um tempo de exposição adequado, elas são reveladas fotograficamente e examinadas ao microscópio. Os cristais de brometo de prata da emulsão que foram atingidos por radiação originam pequenos grânulos pretos de prata metálica que indicam a existência de radiatividade no tecido; as estruturas do corte quem contêm moléculas radioativas são portanto cobertas por estes grânulos. Este procedimento pode ser usado tanto em microscopia de luz como eletrônica.

Muitas informações podem ser obtidas pela localização de radioatividade em componentes de tecidos. Se tiver sido usado um aminoácido radioativo como precursor, é possível conhecer quais células de um tecido produzem mais e quais produzem menos proteínas, porque o numero de grânulos de prata existentes sobre as células é proporcional à intensidade de síntese de proteína. Se for usado um precursor radioativo de DNA (como timina radioativa), é possível determinar quais e quantas células de tecido estão se preparando para dividir. Podem também ser analisados eventos dinâmicos, por exemplo: 1) se queremos saber onde na célula é produzida uma proteína, se ela é secretada e qual o seu trajeto na célula durante a secreção, podem-se injetar vários animais com um aminoácido radioativo e sacrificá-los e diferentes tempos depois da injeção. Os radioautogramas dos cortes podem mostrar a migração das proteínas radioativas sintetizadas e secretadas. 2) Se queremos saber onde são produzidas células novas em um órgão e para onde elas migram, podem-se injetar vários animais com timina radioativa e sacrificá-los em vários tempos depois da injeção. Os radioautogramas mostrarão onde as células se dividem e para onde elas migram, se este for o caso.

Exemplo de uso da Radioautografia

Desejando-se saber quais as células de um tecido que estão sintetizando DNA, injeta-se num animal um precursor desse ácido nucléico, a timidina radioativa marcada com trício (H3). A timidina será incorporada apenas nos núcleos celulares que estiverem sintetizando DNA.

Cobrindo-se a lâmina que contém cortes do tecido, com uma emulsão fotográfica, esta será impressionada pelos núcleos celulares radioativos (partículas beta emitidas pelo

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