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Zulliger

Por:   •  24/1/2016  •  Relatório de pesquisa  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  712 Visualizações

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A partir da necessidade de um instrumento de avaliação projetiva que utilizasse um tempo menor e que possibilitasse a aplicação em um maior contingente, com as mesmas vantagens do Rorschach, Zulliger desenvolveu, na década de 40, um teste com um número reduzido de pranchas.  

Com o passar do tempo, percebeu-se que apenas transpor a técnica de correção e de interpretação do Rorschach de forma simplista para o Zulliger, não tornava a análise confiável o suficiente para sua validação. Diante disso, houve a necessidade de se realizar estudos de acordo com os parâmetros atuais de validação e normatização de testes.

Ao analisar as informações históricas de realização de estudos, é possível observar que há muito mais investimento intelectual na pesquisa sobre o Rorschach do que com o Zulliger, que infelizmente, há poucas pesquisas tanto as de âmbito nacional quanto internacional.

Um dos estudos mais significativos foi realizado por Exner Jr (1974/1993) que consistiu em desenvolver o chamado Sistema Compreensivo, que enfatiza a linguagem psicométrica o que elevou o instrumento Rorschach a um status científico. Apesar de ainda haver a possibilidade de realizar a avaliação baseando-se apenas em informações qualitativas, a utilização do Sistema Compreensivo torna o teste bastante confiável, pela quantidade de pesquisas psicométricas que são realizadas.

Estudos realizados na população brasileira (Nascimento, 2010) revelam a importância de uma análise crítica em relação aos critérios propostos pelas Constelações (SCZI – índice de esquizofrenia, PTI – índice de transtorno de percepção e pensamento, DEPI – índice de depressão, CDI – índice de déficit relacional, S-COM – índice de suicídio, OBS – índice de estilo obsessivo e HVI – índice de hipervigilância), já que há diferenças metodológicas da pesquisa realizada no país o que faz com que casos graves caiam dentro da média da amostra normativa.

Portanto, é preciso que o profissional de psicologia tenha uma visão integrada de seu avaliado, baseando-se em um conhecimento teórico aprofundado de teorias da personalidade, do desenvolvimento e das técnicas projetivas, de nada servirá a validade psicométrica do teste realizado. Isto porque o teste deve ser mais um instrumento, em conjunto com entrevistas, etc. para a realização da avaliação do sujeito e não o seu único meio.

Um outro estudo importante do Zulliger, segundo o Sistema Compreensivo, foi realizado por Villemor-Amaral e Primi (2009) que investigou variáveis do teste para a identificação de características disfuncionais. As diferenças mais significativas foram encontradas nos grupos de pessoas com esquizofrenia (“aumento dos indicadores de alterações nos processos ideativos e perceptivos, indicados por respostas vagas, códigos especiais, imagens de humanos parciais (Hd) e a expressão da afetividade sem modulação cognitiva (C)” Franco & Villemor-Amaral, 2012) e no grupo de pacientes com TOC, em que as variáveis que mais diferenciaram este grupo dos demais referiam-se aos afetos disfóricos, principalmente a ansiedade.

Portanto, é importante salientar que o Zulliger deve ser considerado uma ferramenta para auxiliar a compreensão, por parte do psicólogo, dos diferentes modos de funcionamento da personalidade, baseando-se em suas evidências de validade. E que para a realização de análises mais aprofundadas é preferível a utilização do Rorschach, devido ao número reduzido de pesquisas para avaliações nosográficas com o Zulliger.

 

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