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A Hipertensão

Por:   •  22/4/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  5.991 Palavras (24 Páginas)  •  359 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O coração é considerado como uma bomba em nosso corpo, que é responsável por fazer o sangue rico em oxigênio e nutrientes chegar a todos os órgãos e tecidos. O músculo cardíaco ou miocárdio é tão forte que pode bater de 60 a 80 vezes por minuto, e bombear cerca de 5 a 6 litros por minutos para todo o corpo (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010).

A força que o miocárdio exerce sobre as artérias é denominada pressão arterial (PA), esta pressão é aferida calculando a resistência exercida pela parede da artéria. A quantidade de força necessária pode ser modificada por mudanças da viscosidade sanguínea, o ritmo dos batimentos e até mesmo por homônimos e influência do ambiente. (MAHAN, ESCOTT-STUMP, & RAYMOND, 2012)

Além do coração outros órgãos também participam da manutenção da PA como: os Rins, o Sistema Nervoso Autônomo, entre outras diversas ações homeostáticas. (MAHAN, ESCOTT-STUMP, & RAYMOND, 2012) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

1.1 DEFINIÇÃO

Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica definida por elevados níveis de pressão (resistência) nas artérias, isto faz com que o músculo cardíaco tenha que exercer uma força maior para garantir que o sangue circule no organismo. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

A pressão considerada normal é escrita como “12x8” ou 120x80 milímetros de mercúrio (mmHg), que é unidade de medida convencional para PA. O primeiro número indica a pressão arterial sistólica (PAS), que é a pressão exercida pela contração do ventrículo esquerdo, já o segundo número indica a pressão arterial diastólica (PAD), que é a pressão exercida durante a fase de relaxamento do músculo cardíaco, quando o ventrículo esquerdo enche novamente e todo o processo recomeça. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010) (MAHAN, ESCOTT-STUMP, & RAYMOND, 2012)

Para que um indivíduo seja considerado Hipertenso é necessário que sua pressão esteja, constantemente, superior a 140x90 mmHg. Este quadro pode levar a diversas patologias caso não seja tratado. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

Figura 1 – Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos)

Fonte: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

1.2 PREVALÊNCIA

A HAS, a popular “pressão alta” ou apenas “hipertensão” é considerada um problema na saúde pública comum em países desenvolvidos. Sua prevalência é de aproximadamente 20%, e aumenta progressivamente em ambos os sexos conforme a idade. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

Segundo a pesquisa nacional de saúde (IBGE, 2013) a hipertensão arterial afeta:

• 2,8% das pessoas de 18 a 29 anos.

• 55% dos idosos com mais de 75 anos.

Os dados mostram ainda que 40% da população possui ao menos uma doença crônica não transmissível como hipertensão e diabetes.

• Afetam 44,5% das mulheres.

• Afetam 33,4% dos homens.

É uma doença praticamente assintomática, muitos hipertensos desconhecem que estão com a doença, e dos que conhecem somente 30% faz um tratamento adequado. A HAS é responsável pelo aumento da taxa de doenças cardiovasculares e AVCs, um dado nacional do ano de 2000, diz que doenças cardiovasculares foram responsáveis por 15% das internações no SUS. (ROLA & FERREIRA, 2008)

1.2.1 Fatores de risco

Os principais fatores de risco para a HAS são: A idade, gênero, etnia, excesso de peso e obesidade, ingestão de sal e álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos, genética entre outros (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

• Idade:

Com o aumento da idade o organismo aumenta à deposição de fibras colágenas, o que diminui o número de células cardíacas e aumenta na espessura as artérias, dificultando o bombeamento de sangue. O metabolismo também diminui, favorecendo o acumulo de gordura (CENTRO AVAÇADO DE MEDICINA PREVENTIVA, 20--?)

• Gênero:

Homens tendem a cuidar menos da própria saúde, sendo HAS e Diabetes Mellitus as doenças que mais acometem esta população. (ALVES, SILVA, ERNESTO, LIMA, & SOUZA, 2011)

• Etnia:

Indivíduos negros têm duas vezes maior prevalência do que brancos, as complicações tendem a sem mais graves e frequentes, embora suas respostas às terapias sejam melhores. Não se sabe bem os motivos, mas pode estar relacionado à genética e ao nível sócio-econômico desta população. (MELO, 2009)

• Excesso de peso e obesidade:

As consequências da obesidade são várias alterações metabólicas e no ciclo hemodinâmico, que implicam em sobrecarga no eixo cardíaco-renal, especialmente se for o excesso de gordura for visceral. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, 2005)

• Ingestão de sal:

Um estudo DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), realizado nos Estados Unidos, demonstrou claramente a importância da redução do sal na melhora do controle da PA de pacientes hipertensos. (OLMOS & BENSEÑOR, 2001)

• Ingestão de álcool:

A ingestão frequente de bebidas alcoólicas não só aumenta as chances de desenvolvimento de HAS, mas também o índice de mortalidade por doenças cardiovasculares. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

• Sedentarismo:

Atividade física não só melhora o quadro de HAS como diminui a incidência de mortalidade. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

• Genética:

Alguns indivíduos têm predisposição genética para o desenvolvimento de HAS, especialmente em genes que regulam o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA). (MAHAN, ESCOTT-STUMP, & RAYMOND, 2012)

• Fatores socioeconômicos:

Indivíduos de baixa escolaridade têm prevalência maior para desenvolvimento de HAS. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

1.3 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:

A HAS é uma doença silenciosa

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