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A ALVEOLITE

Por:   •  18/5/2016  •  Artigo  •  2.021 Palavras (9 Páginas)  •  1.966 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A alveolite pode ser definida, de acordo com Bortoluzzi, Manfro, Dea et al., (2010), como sendo uma das complicações pós-operatórias mais frequentes após a extração de dentes permanentes. É caracterizada por dor pulsátil e que não alivia com administração de analgésico, manifestando-se entre o segundo e o terceiro dia após a extração, podendo estar associada a um alvéolo completamente vazio ou parcialmente preenchido por coágulo, frequentemente associado ao quadro de halitose. O individuo acometido por ela pode apresentar estado febril, por ser uma infecção aguda.

Cabe ressaltar que no meio odontológico a alveolite é uma temática bastante interessante no que tange a sua ocorrência, complicações e peculiaridades. Muito se discute principalmente em relação ao seu tratamento, etiologia e diagnóstico, ao se levar em conta que não existe uma causa ou razão específica para que a alveolite aconteça. E em relação ao seu tratamento, por haver uma gama de medicações que são utilizadas para o tratamento, sendo evidente a não existência de um protocolo de tratamento sendo utilizados medicamentos de administração local e sistêmica.

Dentre os fatores de riscos da alveolite, podem se relacionar tanto com a conduta cirúrgica do cirurgião dentista, bem como a higiene bucal e hábitos nocivos do paciente, que são favoráveis ao surgimento desta (AUTORES).

A prevenção se torna eficaz, desde que preservados os princípios cirúrgicos por parte do profissional, orientações pós-cirúrgicos, ao paciente; e profilaxia antibiótica aos pacientes de risco.

O presente trabalho propõe promover uma revisão de literatura, buscando um melhor entendimento no que tange a alveolite e seus aspectos inerentes ao diagnóstico, tratamento e prevenção, ressaltando a sua incidência no pós-operatório de pacientes submetidos a exodontia.

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Definição

Alveolite é uma forma de osteíte, oriunda da cortical óssea alveolar. Também é conceituada como uma condição na qual o alvéolo dental não apresenta uma via normal de reparação, fazendo com que a reparação transforme-se em um grande problema para a prática clínica (AUTORES).

Pretto (2012) abordou uma definição mais recente em relação a alveolite, a descreve como: uma dor pós-operatória em torno do local da extração, com aumento da sua severidade em qualquer momento entre o primeiro e terceiro dia após a extração dentária. É acompanhada por parcial ou total desintegração do coágulo sanguíneo dentro do alvéolo, com ou sem halitose”. Esta alteração ocorre devido à perda prematura ou necrose do coágulo sanguíneo, expondo o osso subjacente, e a dor pós-operatória varia de moderada a severa.

De acordo com Marzola (2008), a alveolite pode se apresentar de dois tipos; alveolite seca e purulenta. A seca ocorre devido à ausência do coágulo após a exodontia, causando uma intensa dor, pois as terminações nervosas do alvéolo ficam expostas, é causado pelo traumatismo excessivo, falta de sutura ou sutura inadequada, realização de bochechos nas primeiras 24 horas após a exodontia, e dentes fraturados durante a exodontia, dentre outros fatores. Já na purulenta, acontece quase sempre, posterior a alveolite seca devido a infecção do alvéolo, apresenta um odor fétido, acompanhado de exsudato purulento.

2.2 Incidência de Casos

A incidência da alveolite é variável, estando presente em 2% a 6% das extrações dentais, sendo mais comum em exodontias isoladas e em alvéolos de molares inferiores. A faixa etária mais acometida é de 30 a 40 anos, com predileção pelo sexo feminino.

2.3 Etiologia

Segundo Portela, et al., (2014), a etiologia da alveolite não se refere somente a um único fator, cabe ressaltar que são múltiplos fatores que estão diretamente relacionados para o surgimento dessa patologia, os quais variam de paciente para paciente, podendo ter origem bacteriana ou fibrinolítica.

Ainda segundo o autor no que tange aos fatores que levam ao surgimento da alveolite podem-se destacar dentre eles: a idade do paciente, experiência cirúrgica do cirurgião, tabagismo, trauma cirúrgico, higiene bucal precária e deficiente, uso de contraceptivos, tipos de anestésicos, falta de orientação ao paciente sobre o pós-operatório, falha na cadeia asséptica, dentre outros. Como se trata de diferentes fatores relacionados, a maior forma terapêutica que se torna indispensável é o da prevenção.

Para Marzola (2008), os traumatismos são muitas vezes provocados durante as exodontias e, em sua maioria são originadas por causas iatrogênicas, tais como: a realização de manobras bruscas, dilaceração dos tecidos gengivais, osteotomias sem irrigação, além de curetagens não necessárias. Ressaltando que estas agressões aos tecidos estão muitas vezes associadas ao aparecimento da alveolite, o que por conseguinte, produziria um atraso significativo na reparação alveolar, que ocasionaria à trombose dos vasos subjacentes, diminuindo a resistência às infecções no osso alveolar.

Segundo Pretto et al (2012) a etiologia da osteíte alveolar não é absolutamente clara, mas a condição parece resultar dos altos níveis de atividade fibrinolítica no alvéolo. Essa atividade provoca a lise do coágulo sanguíneo e posterior exposição do osso, podendo ser resultado de infecções subclínicas, de inflamação do espaço medular ósseo.

2.4 Diagnóstico

Portela et al (2014) afirmaram que o diagnóstico da alveolite é feito geralmente no segundo ou terceiro dia após a extração dental, quando o quadro clínico é extremamente desconfortável para o paciente, já que é acompanhado de dor intensa, pulsátil e não controlada pela ação de analgésicos. Além da dor, a presença de um alvéolo vazio e a halitose são os principais achados clínicos no que tange a alveolite.

Na alveolite seca a dor é aguda e constante, há uma desintegração total ou parcial do coágulo, e totalmente sensível a curetagem. Podem apresentar edemas na parte gengival e halitose. O diagnóstico geralmente se dá ao segundo e quinto dia, onde os sintomas aparecerem, sendo a dor o principal sintoma para se diagnosticar.

2.5 Tratamento

De acordo com Marzola (2008), o tratamento da alveolite está diretamente ligado a cura da infecção e consequentemente o alívio da dor, visando à troca do osso necrótico por osso saudável, criando o ciclo de regeneração óssea que, no qual leva um período de duas a três semanas

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