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Hepatozoonose

Por:   •  23/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  587 Palavras (3 Páginas)  •  430 Visualizações

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HEPATOZOONOSE

A hepatozoonose é uma doença causada pelo protozoário Hepatozoon canis (H. canis), ela acomete os principais carnívoros domésticos. A sua transmissão para os caninos  é feita por oocistos maduros que estão dentro de carrapatos. H. canis, essa transmissão ocorre quando o cão ingere o carrapato contaminado.  Os principais vetores da doença são os carrapatos das espécies Rhipicephalus sanguineus e Amblyomma spp .

Nos cães os seus sintomas são anorexia, palidez de mucosas, emagrecimento e dores musculares. O diagnostico para identificação da enfermidade é com base na identificação de células leucocitárias parasitadas, em esfregaço sanguíneo.

No tratamento da hepatozoonose canina são usadas várias drogas, mas seus resultados são controversos. O dipropionato de imidocarb apresenta resultados inconsistentes quando se prescreve isoladamente. Quando ele é associado a tetraciclina ou doxiciclina  demonstra resultados satisfatórios.

No Brasil a doença foi diagnosticada em um cachorro do mato (Cerdocyon thous), com isso destacaram que ela também atinge animais silvestres.  No brasil o estudo sobre a hepatozoonose é bem escasso devido a poucos casos, o presente estudo relatou 3 casos de infecção canina por H. canis  ressaltados os principais achados clínicos da doença.

Três cães diagnosticados com a H.canis foram encaminhados ao ambulatório de enfermidades infecciosas da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP/Botucatu-SP.  Através do esfregaço sanguíneo corado pelo método Giemsa,  pode se diagnosticar a hepatozoonose .

Nos exames hematológicos foram revelados anemia regenerativa, leucocitose por neutrofilia, linfopenia e monocitose. Os testes feitos em dois animais,um sem raça definida, e outro da raça pastor alemão. Foram apresentados hipoalbuminemia e aumento da gama glutamiltransferase  e creatina-quinase. O cão sem raça definida (macho, 18 meses de idade) e da raça Pastor Alemão (fêmea, nove anos de idade) receberam a associação de dipropionato de imidocarb (5mg/kg, SID, IM, dose única) e sulfametoxazol/trimetoprim (50mg/kg, SID, VO, por 15 dias).

Os animais receberam uma reposição hidro-eletrolítica e energética junto de complexos vitamínicos.  O terceiro animal infectado da raça fila (macho, 3 meses de idade ) foi o único que  foi levado a óbito. No animal sem raça definida foi constatado a presença de ectoparasitas.  

Na grande maioria dos estudos, fundamenta o diagnóstico da visualização  do protozoário  em células leucocitárias através do esfregaço sanguíneo. A hepatozoonose não é influenciada por sexo, ou faixa etária dos animais. O cão sem raça definida apresentou febre, tosse, secreção óculonasal purulenta e linfadenopatia; o da raça Pastor-Alemão apresentou apatia, prostação, tremores musculares e dificuldade em manter-se em estação.

A co-infecção por H. canis com outras doenças como parvovirose, cinomose, ehrliquiose e babesiose canina, dificultam sobremaneira a caracterização clínicolaboratorial da hepatozoonose canina. No cão da raça fila foi diagnosticado diarreia, anorexia e vômito. No pastor alemão, houve uma elevação da globulina sérica, no sem raça definida e no pastor alemão  também foram foram relatados em estudos similares. E são atribuídos a queda de síntese protéica  e a estimulação da resposta humoral induzida pela infecção por H. canis. No pastos alemão se constatou uma elevação de gama GT, que foi justificada pelo desenvolvimento de hepatite secundária. Houve também uma elevação sérica de CK, decorrente de uma inflamação gerada pela multiplicação do H.canis na musculatura.

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