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Raízes

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Por:   •  4/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.178 Palavras (5 Páginas)  •  684 Visualizações

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Raízes

Introdução:

Acredita-se que o primeiro órgão a aparecer em uma planta seja a raiz. Pois, é ela quem permite que os vegetais vivam em locais onde a superfície é mais seca, por terem a capacidade de procurar no solo, às vezes em profundidades razoáveis, a água e os minerais necessários à vida dos vegetais.

Com o passar do tempo, as raízes evoluíram. Elas se adaptaram para armazenar substâncias de reserva e até mesmo exercer outras funções muito mais complexas, em alguns casos, até na reprodução.

Anatomia e fisiologia:

A raiz é um órgão vegetal que cresce e se ramifica, geralmente, dentro do solo, formando o sistema radicular. Esse conjunto de raízes é responsável por algumas funções do vegetal, como a fixação do vegetal no solo e a absorção de água e sais minerais, que são chamados de seiva bruta.

Algumas raízes acumulam reservas de água e nutrientes para a planta, sendo por isso utilizadas em nossa alimentação.

Em cada uma das raízes que compõem os sistemas radiculares, é possível identificar diferentes regiões.

Colo: região de transição entre raiz e caule.

Zona de ramificação: ou suberosa. É a zona mais velha, impermeável, de onde nascem as raízes laterais.

Zona pilífera: ou de absorção. A epiderme cheia de pelos (chamados pelos absorventes) aumenta a superfície de contato com o solo. Favorecendo a absorção.

Zona lisa: ou de crescimento. É responsável pelo crescimento primário da raiz. Na sua extremidade se localizam os meristemas.

Coifa: ou caliptra. Estrutura que recobre a ponta da raiz protegendo-a enquanto abre caminho pelo solo.

Classificação das raízes

As raízes se diferenciam de acordo com as funções especializadas que exercem e também pela capacidade que têm de se adaptarem a diferentes ambientes. Elas podem ser classificadas como:

Aéreas

Raízes respiratórias: também conhecidas como pneumatóforos, são raízes adaptadas a viver em regiões alagadiças como, por exemplo, os mangues, que possuem um solo lamacento, rico em detritos, porém pobre em oxigênio. A vegetação que vive nesse ambiente desenvolve raízes que crescem verticalmente para fora do nível da água. Elas possuem pequenos furos que permitem a entrada do oxigênio do ar. As raízes dessas plantas realizam a fixação e a absorção de oxigênio.

Raízes escoras ou suporte: essas raízes partem do caule e se fixam no solo, aumentando a capacidade de sustentação da planta, como no milho, por exemplo. No mangue também é muito comum as plantas apresentarem esse tipo de raiz crescendo acima do nível da água.

Raízes tabulares: são raízes achatadas que lembram uma tábua, encontradas em árvores de grande porte para ajudar na sustentação. Possuem poros que permitem a entrada do oxigênio. A figueira é um exemplo de planta com esse tipo de raiz.

Raízes estrangulantes: também chamadas de cinturas ou estranguladoras. São adventícias que abraçam outro vegetal e muitas vezes seu hospedeiro morre por falta de seiva. Exemplo: araçá, mata-pau.

Raiz velame ou raiz cintura: é uma estrutura presente nas raízes aéreas das orquídeas. Tem a função de absorver água da atmosfera.

Raiz grampiforme: prendem o vegetal em suportes, emitem uma espécie de grampo que os prende, como muros e estacas. Ex: a raiz da hera.

Raízes sugadoras: ou haustórios. Esse tipo de raiz é encontrada em plantas parasitas, como a erva-de-passarinho e o cipó-chumbo. Elas penetram no caule das plantas hospedeiras, sugando-lhes a seiva.

Cipó-chumbo

No caso do cipó-chumbo, que não possui folhas nem clorofila, ele depende, exclusivamente, da planta hospedeira, sugando-lhe a seiva rica em substâncias nutritivas, chegando, inclusive, a matá-la.

Subterrâneas

Raízes tuberosas: se originam de raízes axiais, onde da raiz principal saem as outras raízes, e de raízes fasciculadas, onde mesmo sem raiz principal suas raízes são semelhantes. Quando essas raízes armazenam grande quantidade de substâncias nutritivas se tornam tuberosas. Pelo seu valor nutritivo são muito utilizadas em nossa alimentação. São elas: cenoura, beterraba, mandioca, batata-doce, nabo e outras.

De um modo geral, as raízes são subterrâneas, mas também existem as aquáticas - que se desenvolvem dentro da água, como as da planta aguapé.

Angiospermas:

Podemos encontrar nas angiospermas dois tipos básicos de raízes: as fasciculadas e as pivotantes. As raízes fasciculadas são formadas por um conjunto de raízes finas, todas mais ou menos do mesmo tamanho e espessura, que ocorrem nas monocotiledôneas. Esse tipo de raiz não se aprofunda muito no solo, absorvendo água das camadas mais superficiais. Elas se espalham formando uma espécie de rede que prende o solo, contribuindo para diminuir a erosão provocada pela chuva.

Nas raízes pivotantes, existe uma raiz principal que penetra verticalmente no solo, sendo, geralmente, maior e mais grossa que as outras, as secundárias, que partem dela.

Esse tipo de raiz consegue absorver água das camadas mais profundas do solo e é típico das dicotiledôneas e das gimnospermas.

Utilização na alimentação:

Algumas raízes são comestíveis, como a cenoura, o ginseng, o nabo, o rabanete, a mandioca, o gengibre e a beterraba. Estas raízes não devem ser confundidas com tubérculos como a batata nem com bulbos como a cebola, pois estes são caules subterrâneos, e não raízes.

Esses tipos de raízes são utilizadas em diversas receitas e podem ser preparadas de diferentes modos. Um exemplo muito conhecido é a mandioca (aipim, macaxeira, cassava, yucca). A utilizamos na preparação de bolos, caldos, na tapioca, no tucupi, em sopas, como farinha e pura também, frita ou cozida.

Utilização na medicina:

A fitoterapia, ou seja, uso de medicamentos naturais, é uma prática comum que pode auxiliar os tratamentos convencionais e evitar os efeitos colaterais dos medicamentos mais fortes.

Algumas raízes estão sendo cada vez mais utilizadas na medicina. Principalmente as raízes tuberosas por possuírem valores nutritivos. Um bom exemplo das raízes na medicina é o gengibre, esta raiz apresenta uma substância chamada gingerol, dotada de propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que protegem o organismo de bactérias e fungos. O gingerol é responsável pelo sabor picante do gengibre.

As propriedades terapêuticas do gengibre se devem à ação conjunta de várias substâncias, principalmente encontradas no óleo essencial do gengibre, rico nos componentes medicinais cafeno, felandreno, zingibereno e zingerona.

O gengibre também é rico em substâncias termogênicas que ativam o metabolismo do organismo e potencializam a queima de gordura corporal.

A raiz é composta por vitamina B6, assim como nos minerais potássio, magnésio e cobre. Como se trata de uma especiaria bastam pequenas quantidades do gengibre no chá ou preparações culinárias para aromatizar as preparações.

Além do gengibre, o ginseng e as outras raízes tuberosas vêm tendo suas propriedades estudadas para a utilização em diversos tratamentos como no caso da beterraba utilizada no tratamento da leucemia por conter a substância betaína, um aminoácido que tem propriedades anti-câncer.

Conclusão:

As raízes são importantes para a vida dos vegetais e para os seres humanos também. Com este trabalho aprendemos que elas são essencialmente mecânicas e fisiológicas, promovem a fixação da planta, absorvem do solo a água e os minerais nele contidos, podem ainda assumir funções de reserva.

Desenvolve-se a partir da radícula do embrião, é destituída de clorofila (na maioria dos casos) e nunca possui folhas o que, juntamente com a estrutura interna, nos permite distinguir em caso de dúvida, como no de certos tubérculos, uma raiz de um caule.

Por fim, podemos concluir que esse órgão vegetal é de grande importância seja debaixo da terra, da água, por cima de plantas, como remédios ou nos nossos pratos.

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