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Elementos De Economia

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Por:   •  2/9/2012  •  2.783 Palavras (12 Páginas)  •  1.729 Visualizações

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

O pensamento económico passou por diversas fases, que se diferenciam amplamente, com muitas discrepâncias e contradições. No entanto a evolução deste pensamento pode ser dividida em dois grandes períodos, a fase Pré-Científica e a fase Científica Económica.

A fase Pré-Científica é composta por três períodos, a Antiguidade Grega, que se caracteriza por um forte desenvolvimento nos estudos político-filosóficos, a Idade Média, repleta de doutrinas teológico-filosóficas e tentativas de moralização das atividades económicas e o Mercantilismo, onde houve uma expansão dos mercados consumidores e consequentemente, do comércio. Como iremos tratar do pensamento económico que nos influência atualmente, só abordaremos a fase científica.

A fase científica pode ser dividida em Fisiocracia, Escola Clássica e Pensamento Marxista. A primeira relatava a existência de uma “ordem natural”, onde o estado não deveria intervir nas relações económicas. Os pensadores clássicos acreditavam que o estado deveria intervir para equilibrar o mercado (oferta e procura) através do ajuste de preços. Já o marxismo criticava a “ordem natural” e a “harmonia de interesses”, defendida pelos clássicos, afirmando que, tanto um como outro, resultava na concentração de lucros e na exploração dos operários.

Apesar de fazer parte da fase científica, convém realçar que a Escola Neoclássica e o Keynesianismo diferenciavam-se dos outros períodos, por elaborar princípios teóricos fundamentais e revolucionar o pensamento económico. É na Escola Neoclássica, que o pensamento liberal se consolida, surgindo depois a teoria de valor. Na Teoria Keynesiana procura-se explicar as flutuações de mercado e o desemprego.

2. PRECURSORES DA TEORIA DA ANTIGUIDADE

2.1. ANTIGUIDADE

Na Grécia antiga, as primeiras referências conhecidas a Economia aparecem no trabalho de Aristóteles (384-322 a.C) que aparentemente foi quem cunhou o termo Economia, em seus estudos sobre aspectos de administração privada e sobre finanças públicas. Também encontramos algumas considerações de ordem econômica nos escritos de Platão (427-347 a.C).

2.2. MERCANTILISMO

A partir do século XVI observa-se o nascimento da primeira escola econômica: o mercantilismo. O mercantilismo tinha algumas preocupações explicitas sobre a acumulação de riquezas de uma nação.

2.3. ESCOLA FISIOCRATA (Séc. XVIII)

A palavra fisiocrata significa governo da natureza, isto é, de acordo com o pensamento fisiocrático as atividades económicas não deveriam ser reguladas de modo excessivo, nem orientadas por forças "antinaturais". Dever-se-ia conceder uma maior liberdade a essas atividades, pois "uma ordem imposta pela natureza e regida por leis naturais" governaria o mercado.

Na escola fisiocrata a base económica é a produção agrícola, ou seja, um liberalismo agrário, onde a sociedade estava dividida em três classes: a classe produtiva, formada por agricultores, a classe estéril, que engloba todos os que trabalham fora da agricultura (indústria, comércio e profissões liberais) e a classe dos proprietários de terrenos agrícolas, soberanos e feudais. A classe produtiva garantia a produção de meios de subsistência e matérias primas. Com o dinheiro obtido, pagavam a renda dos terrenos, os impostos ao estado, os dízimos e compravam ainda produtos da classe estéril, obtidos na indústria. Como as outras classes tinham necessidade de comprar meios de subsistência e matérias-primas, esse dinheiro voltava à classe produtiva, ou seja, voltava ao seu ponto de partida e o produto ter-se-ia dividido entre todas as classes, assegurando o consumo de todos.

Para os fisiocratas, a classe dos lavradores era a classe produtiva, porque o trabalho agrícola era o único que produzia um excedente, isto é, produzia além das suas necessidades. Este excedente era comercializado, o que garantia um rendimento para toda a sociedade. Pelo contrário, na indústria, o valor produzido era gasto pelos operários e industriais, não criando portanto, um excedente e consequentemente não garantia rendimentos.

O Estado limitava-se a garantir a propriedade e a liberdade económica, não devendo intervir no mercado. Era o "laissez-faire, laissez-passer", (deixar fazer, deixar passar), pois existia uma "ordem natural" que regia as atividades económicas. Esta expressão refere-se a uma ideologia económica que surgiu no século XVIII, período do Iluminismo, através de Montesquieu que defendia a existência de mercado livre nas trocas comerciais internacionais, ao contrário do forte proteccionismo baseado em elevadas tarifas alfandegárias, típicas do período do mercantilismo.

A possibilidade de afirmar uma ordem natural para a sociedade era sugerida pela difusão da economia mercantil. O conjunto dos homens é uma sociedade, uma unidade regida por leis necessárias apenas na medida em que as atividades econômicas dos homens sejam reduzidas e integradas à unidade por um processo que somente a troca pode realizar

2.3.11 François Quesnay

François Quesnay (1694-1774), foi o fundador da escola fisiocrata e da primeira fase científica da economia, autor de livros como “Tableau Économique” que ainda hoje são inspiração para os economistas. Quesnay foi também autor de alguns princípios como o da filosofia social utilitarista, em que se deveria obter a máxima satisfação com o mínimo de esforço; o do harmonismo, não impedindo a existência do antagonismo das classes sociais, pois acreditava na compatibilidade ou complementaridade dos interesses pessoais numa sociedade competitiva; e o da teoria do capital, onde os empresários só poderiam começar o seu empreendimento possuindo já um certo capital acumulado, bem como os devidos equipamentos.

No seu livro “Tableau Économique”, Quesnay representou um esquema do fluxo de bens e despesas entre as diferentes classes sociais que, para além de evidenciar a interdependência entre as atividades económicas, mostrou como a agricultura fornece um "produto líquido" que é repartido pela sociedade.

Com o aparecimento da escola fisiocrata, surgiram duas ideias de grande relevância

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