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Laudo Estrutural Ponte Pedestres Imbé -Tramandai

Por:   •  23/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  1.033 Visualizações

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LAUDO TÉCNICO

PONTE DE PEDESTRES SOBRE O RIO TRAMANDAÍ – Ponte da Sardinha

Data das vistorias e fotografias: 06 e 07 de abril de 2000.

Local: sobre o Rio Tramandaí, interligando os municípios balneários de Imbé e Tramandaí, sendo o acesso por Imbé feito pela Av. Rio Grande, em frente ao nº 892, município de Imbé, RS.

Por solicitação do Exmo Sr. DARCY LUCIANO DIAS, Prefeito Municipal de Imbé, nas datas mencionadas, executamos vistoria “in loco” na ponte acima referida, com o objetivo de verificar o estado geral da estrutura e partes acessórias, mediante exame circunstanciado, diagnosticar e sugerir soluções para os problemas encontrados, o que descrevemos a seguir.

I - ​DESCRIÇÃO SUCINTA DA PONTE

A Ponte de Pedestres sobre o Rio Tramandaí, objeto deste Laudo, consiste em uma ponte construída totalmente em concreto armado, num vão de aproximadamente 140,00 m, dividido em 14 vãos biapoiados de 10,00 m cada um, não engastados, tendo pilares como apoios. Esses pilares vão até o fundo do rio.

Cada vão consiste nas estruturas de concreto armado abaixo descritas:

• Laje maciça de dimensões 10,00 m x 1,50 m ( vão livre ), apoiada, na forma de engaste, em suas bordas de maior extensão, por duas vigas laterais.

• Vigas longitudinais de apoio da laje, dispostas no sentido longitudinal da ponte, de dimensões aproximadas de 20 x 40 cm, simplesmente apoiadas em viga disposta no sentido transversal da ponte.

• Vigas sobre pilares, a eles engastadas, com a função de apoiar as vigas longitudinais acima referidas e propiciar amarração (maior rigidez) aos pilares, localizam-se nas transições dos vãos e tem dimensões aproximadas de 30 x 45 cm.

• Pilares, de seção quadrada igual a 30 x 30 cm, transferem as cargas para o solo (leito do rio), estando parcialmente submersos.

• Vigas de suporte do guarda-corpo, de dimensões 18 x 25 cm, estão engastadas nas extremidades laterais da laje, acima das vigas longitudinais, fazendo a fixação e ligação entre os pilaretes do guarda-corpo.

• Guarda-corpo, formado por pilaretes de seção retangular igual a 15 x 20 cm e altura 90 cm, espaçados a cada 2,00 m, ligados uns aos outros por meio de uma viga que passa na extremidade superior dos mesmos, estas de seção 15 x 10 cm. O espaço central do guarda-corpo é preenchido com uma peça plana, retangular, tipo laje, de dimensões 5 cm x 40 cm x 2,00 m, disposta de forma encaixada nos pilaretes, na vertical.

A ponte já sofreu várias alterações e reforços em sua estrutura.

Há alguns anos, substitui-se um dos vãos, especificamente aquele que está sobre o canal, adaptando-se um novo vão, com maior altura, através do prolongamento dos pilares, afim de possibilitar a passagem de embarcações mais altas. Criou-se, assim, dois lances de escada.

Posteriormente, devido à forte ação de cloretos, existentes na atmosfera e na água salgada, notadamente sobre as vigas longitudinais, manifestaram-se processos acentuados de corrosão que provocaram danos à armadura e concreto das estruturas.

Tanto a Prefeitura de Tramandaí, quanto a de Imbé, promoveram reparos e reforços em tais estruturas. Particularmente, no lado da ponte que está dentro do município de Imbé, foram feitas duas vigas em concreto armado e uma nova laje, pelo lado interno aos guarda-corpos, sobre a laje original, fixando-se a armadura da viga nova na estrutura antiga, de forma a ancorá-la.

Também foram recuperados alguns guarda-corpos destruídos ou danificados.

II -​DESCRIÇÃO GERAL DO ESTADO DA ESTRUTURA

Hoje, a estrutura apresenta-se na seguinte situação:

➢ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS IMPORTANTES

Todas as partes que compõem a estrutura apresentam manifestações patológicas externas, lesões, em sua maioria provocadas por corrosão das armaduras e, em menor quantidade, por perda da resistência à flexão, que são problemas cujas correções tem os custos mais significativos dentre as manifestações patológicas conhecidas.

➢ LARGURA ÚTIL INSUFICIENTE

Os últimos reparos e reforços promovidos na estrutura mantiveram durante certo tempo a estabilidade estrutural, porém, comprometeram de forma muito significativa a funcionalidade, no que se refere ao espaço para o trânsito e para a pesca. Houve uma redução na largura útil, em dez vãos da ponte, de 1,50 m para 1,10 m, aproximadamente 27%, o que impede a pesca naqueles trechos, pois é constante a passagem de pedestres e o espaço resultante não permite as duas atividades simultaneamente.

➢ SOBRECARGA EM PILARES E FUNDAÇÕES

As estruturas acrescentadas, o acréscimo de dimensões às estruturas originais e modificações quando da execução de reforços, elevaram o peso próprio da ponte, aumentaram a carga sobre vigas, pilares e fundação, o que impede que novos acréscimos

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