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Macroscopia

Por:   •  13/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.428 Palavras (22 Páginas)  •  365 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CENTRO DAS ENGENHARIAS

CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL MADEIREIRA

DISCIPLINA DE MACROSCOPIA DA MADEIRA

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Relatório

ANÁLISE MACROSCÓPICA DAS MADEIRAS DE CONÍFERAS E FOLHOSAS.

Darci Alberto Gatto1

Kelly de Fátima Belmiro2 

Julho,2012.

1- Engenheiro Florestal, Dr., Professor do Curso de Engenharia Industrial Madeireira, Universidade Federal de Pelotas – UFPel.

2- Acadêmica do Curso de Graduação em Engenharia Industrial Madeireira – UFPel.

1.INTRODUÇÃO

Nos dias atuais torna-se muito importante a avaliação de qualquer material que se use no desenvolvimento tecnológico. Um desses materiais é a madeira, cujo uso hoje é muito amplo em diversos setores, principalmente setores industriais.

A avaliação desse tipo de material nos fornece informações necessárias para que possamos desenvolver métodos que determinem a qualidade e a utilidade do mesmo. Uma das formas de avaliação é a descrição macroscópica da espécie de madeira a qual se deseja saber suas propriedades físicas e mecânicas.

Tal necessidade de identificação torna-se mais evidente e necessária, como medida preventiva, no caso de substituição, às vezes fraudulenta, de madeira de boa qualidade por outras aparentemente idênticas, mas de qualidade inferior (MAINIERI et. al., 1983).

O estudo macroscópico das madeiras efetua-se, geralmente, sobre dois grupos distintos de caracteres: o primeiro constituído por aspectos resultantes do seu arranjo estrutural; o segundo formado por um conjunto de características físicas com interesse na descrição: cor, cheiro, brilho, gosto, densidade e dureza (BODIG & JAYNE, 1993). O processo mais seguro de identificação da madeira se faz com base na comparação entre suas características anatômicas e organolépticas.

        Algumas características organolépticas, importantes para a descrição dos caracteres gerais, que podem ser citadas:

a) Cor da madeira:

Segundo Burger & Richter, 1991. , a cor natural da madeira é uma propriedade que possui variação devida à impregnação de diversas substâncias orgânicas nas células e nas paredes celulares, depositadas de forma mais acentuada no cerne. Alguns destes produtos são tóxicos para fungos, insetos e agentes marinhos xilófagos, razão por que frequentemente madeiras de cores escuras apresentam grande durabilidade. De forma geral madeiras mais leves e macias são sempre mais claras que madeiras pesadas e duras (MORESCHI, 2005).

A cor da madeira altera-se também com o teor de umidade, normalmente escurecendo quando exposta ao ar, em virtude da oxidação de componentes orgânicos contidos no lenho; quando exposta ao sol; quando em contato com determinados metais ou quando atacada por certos fungos e bactérias (BURGER & RICHTER, 1991).

b) Cheiro:

Já o cheiro é uma característica difícil de ser definida. O odor típico que algumas madeiras apresentam deve-se à presença de certas substâncias voláteis que se concentram principalmente no cerne. Devido à volatilidade destes materiais, o cheiro tende a diminuir mediante a exposição, mas pode ser realçado raspando-se, cortando-se ou umedecendo-se a madeira seca. O odor natural da madeira pode ser agradável ou desagradável, valorizando-a ou limitando-a quanto sua utilização. Contudo, ela também pode ser inodora, característica que a qualifica para inúmeras finalidades, em especial na produção de embalagens para chás e produtos alimentícios (MORESCHI, 2005).

c) Gosto:

O gosto e o cheiro são propriedades intimamente relacionadas por se originarem das mesmas substâncias. Na prática, só excepcionalmente o sabor contribui para a identificação e distinção de espécies. De um modo geral, madeiras com elevado teor de tanino apresentam sabor amargo. O gosto pode excluir a utilização da madeira para determinados fins, como embalagens para alimentos, palitos de dente, de picolé e pirulitos, brinquedos para bebês e etc. (BURGER & RICHTER, 1991).

d) Grã:

O termo grã refere-se à orientação geral dos elementos verticais constituintes do lenho em relação ao eixo da árvore ou de uma peça de madeira. Esta orientação é decorrente das mais diversas influencias em que a árvore é submetida durante o seu processo de crescimento, culminando em grande variação natural no arranjo e na direção dos tecidos axiais, originando vários tipos de grãs (MORESCHI, 2005).

e) Brilho:

Outro elemento é o brilho, causado pelo reflexo da luz incidida sobre a superfície da madeira. Porém, como este material é constituído de forma heterogênea, ocorre variação do brilho entre as três faces anatômicas. Dentre elas a face longitudinal-radial é sempre a mais reluzente, por efeito de faixas horizontais dos raios da madeira. A importância do brilho é principalmente de ordem estética, e sob o ponto de vista de identificação e distinção de madeiras esta propriedade e considerada irrelevante (MORESCHI, 2005).

f) Textura:

Outra propriedade organoléptica importante é a textura. A textura é o efeito produzido na madeira pelas dimensões, distribuição e percentagem dos diversos elementos estruturais constituintes do lenho no seu conjunto. Nas angiospermas é determinada, sobretudo, pelo diâmetro dos vasos e largura dos raios. As texturas se diferenciam entre grossa, média e fina. (BURGER & RICHTER, 1991).

A análise das propriedades organolépticas tem grande importância, porém, não mais do que as propriedades físicas da madeira, que, em geral, auxiliam de forma mais eficaz a identificação das espécies de madeira.

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