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Mecanica dos Solos, tijpçp eco

Por:   •  5/9/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.373 Palavras (14 Páginas)  •  99 Visualizações

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INCENTIVO AO USO DE PRODUTOS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL ATRAVÉS DA DISCIPLINA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Fernando Souza da Silva – fer.souzaz@hotmail.com

CEUNSP - Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio.

Largo da Matriz, 73, Centro.

CEP 13320-149 - Salto – SP

Adriana Petito de Almeida Silva Castro – dripasc@uol.com.br

CEUNSP - Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio.

Largo da Matriz, 73, Centro.

CEP 13320-149 - Salto – SP

Resumo: Visando a formação de profissionais preocupados e conscientes com o meio ambiente, este trabalho busca salientar a necessidade de incentivo por parte da disciplina de Materiais de Construção Civil ao uso de materiais de baixo impacto ambiental. Como exemplo, descreve o processo de fabricação dos tijolos de solo-cimento, assim como as suas principais utilizações e importância como material de construção civil diante do cenário brasileiro atual.

Palavras-chaves: Tijolo ecológico, Solo-cimento, Baixo impacto ambiental.

1        INTRODUÇÃO

        Preocupados com os recursos naturais finitos, profissionais a cada dia buscam novos produtos e técnicas construtivas que causem menos impactos ambientais, visando também minimizar os problemas causados pela extração descontrolada de matéria prima e emissão de gases poluentes na fabricação de determinados materiais para a construção.

        Diante desse cenário, o tijolo de solo-cimento ganhou uma grande participação no mercado, principalmente pelo seu método de fabricação ecologicamente correto.

        Sistemas de construção de solo-cimento podem minimizar danos ambientais, baratear a fabricação e dar mais agilidade às obras. A técnica é o resultado da mistura homogênea de solo, cimento e água em proporções previamente determinadas, depois compactadas na forma de tijolos, blocos ou paredes monolíticas. Desde que bem executado, o componente apresenta boa durabilidade e resistência à compressão (FIQUEROLA, 2004).

      As primeiras pesquisas registradas sobre a utilização desse material são datadas de 1935, feitas junto a PCA (Portland Cement Association), entretanto, nos Estados Unidos, desde o início do século XX, o solo-cimento apresenta grande utilização no ramo de construção civil, sem uma pesquisa mais detalhada sobre a utilização deste material, até então.

      No Brasil, a partir de 1960, o solo-cimento passa a ser estudado com mais abrangência, iniciando uma grande quantidade de pesquisas e estudos científicos. Como  principais instituições responsáveis pelo incentivo e divulgação dessas pesquisas, podemos citar: IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e a ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland.

     No entanto, o solo-cimento só foi amplamente aplicado em moradias por volta de 1978, quando o antigo BNH (Banco Nacional de Habitação) aprovou a técnica para construções de habitações populares. Na época, estudos feitos pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) e pelo Ceped (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento) comprovaram que, além do bom desempenho termoacústico, o solo-cimento aplicado em construções levava a uma redução de custos de 20% a 40%, se comparado com as alvenarias tradicionais de tijolos de barro ou cerâmicos (FIQUEROLA, 2004).

2        OBJETIVO

Esse trabalho visa elucidar de forma simples os processos de fabricação de tijolo de solo-cimento, também conhecido como tijolo ecológico ou modular, assim como listar a importância do estudo desses materiais por meio da disciplina de Materiais de Construção Civil.

3        MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Seleção dos materiais

Solo-cimento é o material obtido pela mistura íntima de solo, cimento Portland e água.

A escolha do solo tem grande importância porque é o componente de maior quantidade na mistura, influenciando diretamente na qualidade e no custo final do tijolo produzido.

        Os solos arenosos são os mais adequados, desde que contenham um teor mínimo de silte e argila. Os solos com as seguintes especificações são apropriados para o emprego no solo-cimento:

  • teor de areia: superior a 50%;
  • teor de silte: 10 a 20%;
  • teor de argila: 20 a 30%;
  • LL (Limite de Liquidez) £ 45%;
  • IP (Índice de Plasticidade) £ 18%.

Assim, para verificar se um determinado solo atende a esses requisitos, é necessária a realização em laboratório dos ensaios de granulometria por peneiramento e sedimentação e dos limites de plasticidade e de liquidez.

Cabe lembrar que, no caso de solos argilosos, é sempre possível corrigir a granulometria e a plasticidade por meio de adição de areia.

Solos com teores altos de mica não devem ser empregados em solo-cimento porque não resistirão às expansões da argila durante os ciclos de secagem e molhagem. Os solos orgânicos e turfosos são inadequados e não devem ser empregados.

        Blucher (1951) ressalta que, dentre esses fatores, o solo exerce maior influência e, se este for inadequado, pouco se poderá fazer para obter um produto satisfatório. Mercado (1990) acrescenta que o solo, além de ser o elemento de carga, pode determinar, de acordo com a sua composição, se a estabilização com cimento é economicamente viável, ou ainda indicar facilidades no manuseio e procedimentos de mistura (peneiramento, homogeneização, moldagem e desmoldagem).

Pode-se utilizar qualquer tipo de cimento para a produção de tijolos, sendo que os mais usados são o cimento Portland comum (CPI), e o cimento Portland comum com adição (CPI-S). A água a ser utilizada no preparo da mistura do solo com o cimento deve ser potável.

  1. Métodos de dosagem

        Uma vez colhidas amostras qualitativas do solo, essas deverão ser encaminhadas para um laboratório de mecânica dos solos, que determinará a proporção de argila, areia e silte existentes. Depois da análise, é feita a dosagem para solo-cimento, procedimento que determinará a quantidade de água, cimento e solo para estabilizar a mistura. "Por demorarem 40 dias para serem concluídos, os procedimentos de análise e dosagem feitos por laboratórios são um dos fatores que desestimulam o uso em construções" (FIQUEROLA, 2004).

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