Relatorio Fluidos
Por: Guilherme Mendes • 3/5/2016 • Relatório de pesquisa • 1.012 Palavras (5 Páginas) • 425 Visualizações
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Antes de iniciar o experimento, foi necessário mensurar qual era a pressão atmosférica referente ao laboratório, uma vez que futuramente seria necessário utilizar a pressão absoluta para construção dos gráficos. O valor mensurado foi de 695,5 mmHG, que com o auxílio da tabela de conversão fornecida foi transformando, obtendo-se um valor igual a 92,71015kN/m².
Uma vez preparado o equipamento e em posse do valor da pressão atmosférica, pode-se dar continuidade ao experimento, realizando três processos de medição. As medições de pressão foram realizadas cada vez que o êmbolo da seringa avançava 10 ml, indo do volume inicial determinado até a marca de 0 ml; os volumes iniciais foram definidos em 100, 50 e 20 ml respectivamente para cada processo de tomada de dados.
Coletados os dados de pressão relativa, é preciso somar o valor de pressão atmosférica aferido a fim de obter a pressão absoluta em cada caso. Por fim, para a futura plotagem dos gráficos, foram calculados os valores inversos de pressão. Todos esses dados são apresentados nas tabelas 1, 2 e 3, referindo-se a cada uma das medições citadas anteriormente.
Tabela 1. Valores de pressão obtidos com um volume inicial de 100 ml.
Volume (ml)  | Pressão do medidor (kN/m²)  | Pressão absoluta (kN/m²)  | 1/Pressão absoluta  | 
100  | 0  | 92,71015  | 0,10786  | 
90  | 6  | 98,71015  | 0,010130  | 
80  | 13  | 105,71015  | 0,009459  | 
70  | 21  | 113,71015  | 0,008794  | 
60  | 30  | 122,71015  | 0,008149  | 
50  | 41  | 133,71015  | 0,007478  | 
40  | 53  | 145,71015  | 0,006862  | 
30  | 69  | 161,7115  | 0,006183  | 
20  | 87  | 179,71015  | 0,005564  | 
10  | 110  | 202,71015  | 0,004933  | 
0  | 142  | 234,71015  | 0,004260  | 
Tabela 2. Valores de pressão obtidos com um volume inicial de 50 ml.
Volume (ml)  | Pressão do medidor (kN/m²)  | Pressão absoluta (kN/m²)  | 1/Pressão absoluta  | 
50  | 0  | 92,71015  | 0,010786  | 
40  | 9  | 101,71015  | 0,009831  | 
30  | 20  | 112,71015  | 0,008872  | 
20  | 34  | 126,71015  | 0,007892  | 
10  | 51  | 143,71015  | 0,006958  | 
0  | 76  | 168,71015  | 0,005927  | 
Tabela 3. Valores de pressão obtidos com um volume inicial de 20 ml.
Volume (ml)  | Pressão do medidor (kN/m²)  | Pressão absoluta (kN/m²)  | 1/Pressão absoluta  | 
20  | 0  | 92,71015  | 0,10786  | 
10  | 13  | 105,71015  | 0,009459  | 
0  | 32  | 124,71015  | 0,008018  | 
Utilizando estes dados, foi possível construir o gráfico que relaciona o volume e o inverso da pressão em cada uma das medições, como apresentado na figura 1.
Figura 1. Relação entre o volume e o inverso da pressão
[pic 1]
Ao analisarmos o gráfico, é possível notar uma compensação de volume com relação ao zero. Para podermos esclarecer o motivo, plotamos um novo gráfico, agora de pressão absoluta por volume. O gráfico pode ser avaliado na figura 2.
Figura 2. Gráfico de pressão absoluta por volume
[pic 2]
De acordo com a Lei de Boyle-Mariotte, dadas as corretas condições, o produto entre o volume e a pressão de um sistema isolado pode ser definido como uma constante para qualquer ponto ao longo da curva, assim como apresentado na equação 1.
P.V = K (1)
Através da análise da equação acima, podemos notar que:
[pic 3] [pic 4]
Porém, com relação à (2), os dados de pressão coletados resulta em um número finito, ou seja, a pressão tem uma inclinação menor do que deveria. A equação (1) sugere que os volumes anotados são apenas parte do volume real do sistema isolado. Tal compensação poderia existir à partir de um compartimento volumétrico além da seringa. Desse modo, apenas o êmbolo da seringa atinge a marca de 0 ml e não o sistema como um todo.
Assim, com base na tentativa e erro, adicionamos um valor volumétrico V0 em V na equação (1), isolamos e recalculamos o valor de k para os três experimentos. Os dados e o valor aproximado de V0 são mostrados na Tabela 4.
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