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Titus Livius

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Por:   •  24/11/2014  •  Tese  •  828 Palavras (4 Páginas)  •  283 Visualizações

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1) Tito Lívio menciona sobre a criação do tribunato da plebe, que teria acontecido depois que Menênio Agripa fez os revoltados mudarem de opinião. A criação do tribunato foi uma liberalidade do Senado após a plebe reaparecer a Roma e não consequência das negociações ocorridas no Monte Sacro durante a revolta. O tribunato nasceu das lutas entre patrícios e plebeus, duas ordens sociais, dois componentes da sociedade romana no início da república. Das resistências entre essas duas ordens surgiu a necessidade de criar líderes que fossem capazes de, em qualquer circunstância, levantar a voz protetora contra os desprotegidos, os humilhados e ofendidos daquela época.

A dinâmica da aparência/estrutura, que sempre comandou a cena política de uma Roma dividida entre patrícios e plebeus, acabou sendo orientada para a narrativa histórica. Nas relações entre patriciado e plebe havia direitos e interesses em conflito. Direitos, alguns derivados da própria legislatura; interesses patrimoniais e financeiros provenientes do uso da terra ou de empréstimos roubados. Interesses nascidos também da vida social, da família, do trabalho. Uma massa considerável de pequenos operários e artesãos devia preencher a plebe. A sociedade romana não podia ser, toda ela, integrada apenas de patrícios, de grandes proprietários e homens de finanças. O seu poder devia exercer-se sobre a grande massa populacional, que se convencionou chamar plebe. Essa seria a razão na qual por que a secessão ou a sua ameaça, provocava intranquilidade no patriciado. Contudo, a magistratura inviolável, que somente podia ser ocupada por plebeus e tinha caráter respeitável, conferia ao tribuno o poder de intermediar contra os cônsules e todos os outros magistrados, com exceção do soberano eventualmente nomeado, que ajudaria a balancear as disputas entre patrícios e plebeus.

Na prática, entretanto, o próprio tribunato da plebe acabou se transformando num componente a mais no jogo político de aparência/essência, pois não foram poucos os tribunos incorporados pelos patrícios. Entretanto, os patrícios nem sempre foram tão bondosos, pois os tribunos menos obedientes à persuasão foram simplesmente justiçados.

Roma era uma sociedade rigorosamente patriarcal e a cidade de Roma sempre foi frágil. Muitas vezes a unidade política foi alcancada por meio do início de uma guerra externa. Pois: “...Em um só ponto discordavam patrícios e plebeus. Enquanto o Senado e os cônsules julgavam que a guerra seria a única solução, por sua vez a plebe julgava que qualquer solução seria preferível a guerra” (Lívio, página 159). A guerra desviava a atenção dos plebeus de suas próprias reivindicações e consentia aos patrícios exercitarem seu poder de mando com mais calmaria e harmonia. Foi o que ocorreu durante a nova campanha contra os équos e volscos pois a “...crescente exaltação da plebe levou as perturbações internas a serem causa de uma guerra no exterior, e por sua vez esta concorreu para fazer cessar as discórdias civis” (Lívio, página 164).

A secessão foi utilizada como arma inteligente para pressionar soluções. A secessão gerou o tribunato, portanto, ela nasceu da intranquilidade, do desejo de justiça, do desequilíbrio social. O tribunato foi efeito e não causa. Se não transcorresse razões profundas que provocaram a saída de toda aquela quantidade humana de Roma, não

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