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As figuras de linguagem ou de estilo

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Por:   •  14/8/2014  •  Relatório de pesquisa  •  3.740 Palavras (15 Páginas)  •  450 Visualizações

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FIGURAS DE LINGUAGEM

As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tomando a linguagem mais expressiva. É um recurso linguístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.

As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada em sentido figurado, não-denotativo, passa a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.

As figuras de linguagem classificam-se em:

a) Figuras de Palavra;

b) Figuras de Harmonia;

c) Figuras de Pensamento;

d) Figuras de Construção ou Sintaxe.

FIGURAS DE PALAVRA

As figuras de palavra são figuras de linguagem que consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.

São figuras de palavra:

a) Comparação

b) Metáfora

c) Metonímia

d) Sinédoque

e) Catacrese

f) Sinestesia

g) Antonomásia

h) Alegoria

Comparação

Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam ligados por conectivos comparativos explícitos – feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem – e alguns verbos – parecer, assemelhar-se e outros.

Comparação (também conhecida como Analogia) é uma figura de linguagem semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos. A relação entre esses elementos pode formar uma comparação simples ou uma comparação por símile.

É mais facilmente entendida como a aproximação de dois termos que se assemelham.

“O Amor queima como fogo.” - Luís de Camões

Os dois termos, Amor e fogo, mantém, cada um, sua própria significação.

• Comparação Simples

É a aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de semelhança, como na metáfora. A comparação, porém, é feita por meio de um conectivo (com, tal, qual, assim, quanto etc.) exemplo: “O mar canta como um canário”, “Acidade, adormecida, parecia um cemitério sem fim”.

• Comparação ou símile

É utilizada para comparar dois elementos que não pertencem à mesma categoria, dependendo do contexto.

Algumas vezes chama-se-a, por simplicidade – e quando não há possibilidade de confusão ideológica – símile, tão-só. Entretanto, trata-se apenas de uso em forma reduzida por sinonímia, não se referindo propriamente a uma nova, distinta, figura de linguagem.

Por outro lado, contudo, o termo “símile” pode ser utilizado com significado autônomo:

• “Para empregar um símile musical, não será [o verso alexandrino] tão melódico, como outros mais genuinamente nossos, mas é harmonioso como poucos.” (Machado de Asis, Critica, p.111)

Exemplos:

Qual branca vela n’ amplidão dos mares

- Castro Alves

É que teu sorriso penetra n’ alma

Como um jorro de lágrimas ardentes

- Olavo Bilac

De sua formosura

Deixai-me que diga:

É tão belo como um sim

Numa sala negativa.

-João Cabral de Melo Neto

Bateram-lhe como nunca tinham visto.

Você é tão bonita quanto o Rio de Janeiro em maio

E quase tão bonita

Quanto a Revolução Cubana s

-Ferreira Gullar

• Comparação vs. Metáfora

A comparação assemelha-se à metáfora, que não é mais que uma comparação não assumida, para acentuar a identidade poética entre as duas entidades comparadas.

Lendo a expressão “Os teus olhos são como lagos gélidos” existe uma comparação explícita denotada pelo conectivo “como”. Contudo, se dissermos, “Os teus olhos são lagos gélidos”, passamos a ter uma metáfora que passa a estabelecer uma relação de identidade poética em vez da mais prosaica comparação que mantém os dois objetos em universos distintos.

Metáfora

Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.

É a palavra ou expressão que produz sentidos figurados por meio de comparações implícitas. Ela pode dar um duplo sentido a frase. Com a ausência de uma conjunção comparativa.

“Amor é fogo que arde sem se ver” – Luís de Camões

“Vi sorrir o amor que tu me deste” – Cesário Verde

O termo fogo mantém seu sentido próprio – desenvolvimento simultâneo de calor e luz que é produto da combustão de matérias inflamáveis como, por exemplo, o carvão – e possui sentidos figurados – fervor, paixão, excitação, sofrimento etc.

Didaticamente, pode-se considera-la uma comparação que não usa conectivo (por exemplo, “como”), mas que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada.

“Meu coração é um balde despejado” – Fernando Pessoa

• Relação com outras figuras de

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