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A Adminsitração

Por:   •  16/5/2016  •  Artigo  •  1.869 Palavras (8 Páginas)  •  287 Visualizações

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Medicina do Trabalho no Brasil e sua evolução

Aline Hedlund Bandeira

Resumo

O artigo a seguir está direcionado a história da Medicina do Trabalho, como iniciou e porque, o seu conceito, áreas de atuação, tanto dentro da empresa como para a saúde pública e como vem sendo aplicado nas organizações, principalmente em nosso país.

Palavras-chave: medicina do trabalho, saúde ocupacional, revolução industrial.

  1. Introdução

A revolução industrial foi um dos grandes feitos da história nas organizações. Acontecimento que deu inicia aos pensamentos dos grandes administradores, filósofos, que mudaram o cenário da “administração”, aonde começa se rever conceitos e focar mais nas pessoas, deixando de classifica-las como parte das máquinas e sim como um indivíduo que faz parte de um todo para se alcançar os objetivos das empresas. Com o passar do tempo às organizações perceberam a importância do trabalhador, do individuo que ali passava horas em sua jornada, e que ele era tão imprescindível para a sobrevivência da organização. Com isso, passa se a pensar na saúde e bem estar do trabalhador. Criando Normas, focadas na Higiene e Segurança. Nesse trabalho iremos abordar a Medicina do Trabalho nas organizações, como ela vem sendo aplicada e sua evolução em nosso País, através de pesquisa bibliográfica em dados secundários (revistas, internet, texto, documentos, livros, etc) o que nos trará benefícios e rapidez por se tratar de fontes que estão facilmente disponíveis e de livre acesso.

  1. Desenvolvimento

Na antiguidade a importância da saúde do trabalhador e suas moléstias eram mínimas, pois quem realizava os trabalhos em sua grande maioria eram escravos ou servos, por obrigação e sem nenhuma condição. Com o passar dos anos e a evolução da sociedade, a historia do “homem x trabalho” também vai se modificando chegando à era da Revolução Industrial, aonde temos o ponto de partida da mudança de visão dos “donos” ao trabalhador e sua saúde.

A Revolução Industrial desencadeia transformações radicais na forma de produzir e de viver das pessoas, fazendo com que a MT seja impulsionada dentro das organizações. O preço pago pelos trabalhadores em permanecer nas indústrias durante os anos da II Guerra Mundial, em condições extremamente adversas e em intensidade de trabalho foi tão pesado e doloroso quanto à própria guerra. O custo provocado pela perda de vidas – principalmente por acidentes de trabalho, ou ocasionadas por doenças do trabalho, começaram a serem sentidas pelos empregadores, que necessitavam de mão-de-obra produtiva quantas pelas companhias de seguro que tinham que desembolsar valores altos de indenizações pela incapacidade provocada pelo trabalho.

A tecnologia evoluía rapidamente, embalada pelo desenvolvimento de novos processos industriais, novos equipamentos, novos produtos química, simultaneamente ao rearranjo de uma nova divisão internacional do trabalho.

Com todos esses acontecimentos e mudanças, começa se a pensar e se preocupar em promover serviços médicos aos trabalhadores pensando na proteção à saúde, motivando a criação de duas grandes organizações: Organização Internacional do Trabalho (OIT), criada em 1919 após a assinatura do Tratado de Versalhes que deu fim à segunda guerra, especializada nas questões do trabalho, especialmente as normas internacionais do trabalho e o trabalho decente e a Organização Mundial da Saúde (OMS), criada em 1948 com o objetivo de desenvolver ao máximo possível o nível de saúde de todos os povos. Juntos, esses dois órgãos estabeleceram o objetivo da Saúde Ocupacional: adaptar o trabalho ao homem e cada homem à sua atividade.

A Medicina do Trabalho é definida como a especialidade Médica que lida com as relações entre a saúde dos homens e mulheres que são trabalhadores e o seu trabalho (local, atividade), visando à prevenção das doenças e dos acidentes do trabalho, mas também promovendo saúde e qualidade de vida, através de ações focadas nas dimensões físicas e mentais, criando uma saudável inter-relação das pessoas com seu ambiente social, particular, no trabalho. O campo de atuação é amplo, por exemplo: nos espaços de trabalho ou da produção – as empresas – como empregado no SESMT (serviços especializados de engenharia de segurança e de medicina do trabalho), como prestador de serviços, elaboração do PCMSO, ou de consultoria, na normalização e fiscalização das condições de saúde e segurança no trabalho desenvolvido pelo Ministério do Trabalho, no desenvolvimento das ações de saúde do trabalhador, acessória sindical em saúde do trabalhador, em Perícia Médica da Previdência Social, entre outros vários campos. Ela está basicamente construída sobre dois pilares: a Clínica e a Saúde Pública. Sua ação está orientada para a prevenção e a assistência do trabalhador vítima de acidente, doença ou de incapacidade relacionada ao trabalho e, também, para a promoção da saúde, do bem estar e da produtividade dos trabalhadores, suas famílias e a comunidade.

No Brasil, as doenças do trabalho foram marcadas no início do sec. XX pela grande incidência dos acidentes de trabalho nas tecelarias e indústrias de tabaco dos grandes centros: São Paulo e Rio de Janeiro. O crescimento das indústrias e a migração do homem do campo para cidades resultou no aumento do número de trabalhadores urbanos, o que, consequentemente, trouxe novas preocupações para o governo brasileiro. É nesse cenário que surge no país, em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, com ela, as primeiras referências à higiene e segurança no trabalho. Os médicos passaram a se dedicar mais às doenças específicas dos trabalhadores, principalmente àquelas que atingiam um grupo maior na época, como era o caso da intoxicação por chumbo. Tal preocupação obrigou os médicos a aprimorar seus estudos e as empresas a investir na Saúde Ocupacional.

No fim da década de 1960, a MT já contava com uma legislação específica, o que melhorou. O setor estava se ampliando, e os médicos brasileiros relacionados à área que compareciam aos congressos internacionais sentiram a necessidade de uma associação onde pudessem se reunir para atualizar e trocar conhecimentos. É nesse cenário que surge, em 26 de março de 1968, por iniciativa do médico Oswaldo Paulino, a Associação Nacional de Medicina do Trabalho – ANAMT.

A emergência da saúde do trabalhador pode ser identificada no início dos anos'80, no contexto da transição democrática, em sintonia com o que ocorre no mundo ocidental.

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