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A Departamentalização

Por:   •  25/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  5.100 Palavras (21 Páginas)  •  523 Visualizações

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2.1.3 Departamentalização

        A departamentalização é um processo de institucionalização de unidades organizacionais que pode reorganizar trabalhos e criar novas atividades, através de suas funções componentes com a divisão do trabalho geral. Ao criar um órgão, consequentemente, é departamentalizado com divisões, seções e entre outros, dividindo cada trabalho em determinados cargos e agrupando-os. (CURY, 2009)

        Cury (2009) relata a teoria de Gulick que há critérios básicos de departamentalização, o propósito dominante e o processo dominante.

O propósito dominante é o agrupamento de estrutura única, dirigido por uma só pessoa de todos os órgãos atividades e pessoas envolvidas, comprometidas no crescimento de um determinado objetivo, Gulick cita dois exemplos:

  1. Ministério ou órgão afins do governo confusões de controlar o crime educação e etc. que são subordinados diretamente ao chefe do governo;
  2. Empresas de grande porte dão oportunidade para elaborar departamentos que são subordinados a Cúpula da organização.

        Diante disso, Gulick (s/d apud CURY, 2010) descreve que a departamentalização por propósito dominante possui vantagens e desvantagens, citadas a seguir:

Vantagens

  1. Proporciona a melhor execução de um propósito amplo ou função principal, porque inclui, sob o domínio de um único dirigente, o conjunto de atividades indispensáveis à realização desse propósito ou função;
  2. O dirigente não depende dos outros órgãos para atingir os produtos finais do órgão que dirige;
  3. O público (interno ou externo) sente os resultados finais, compreendendo melhor os objetivos centrais.

Desvantagens

  1. Há uma tendência à supercentralização, o que pode prejudicar a eficiência de seus serviços;
  2. Por possuir tudo o que precisa, para atingir seus produtos, não necessitando da assistência de nenhum órgão, o departamento à base de propósito dominante pode assumir uma atitude e uma posição de completa independência em relação a todas as outras atividades;
  3. Há o perigo da não-utilização de especialistas ou de que não se adotem os padrões técnicos mais modernos, pelo certo obscurecimento na manipulação dos processos e técnicas na montagem das estruturas.

                Em virtude disso, as vantagens e desvantagens são apresentadas para um objetivo amplo, função principal ou até mesmo um propósito dominante que em seguida ditada por Cury (2010) ocorre o processo dominante.

O processo dominante, de acordo com Cury (2009) através da teoria de Gulick é o agrupamento de estrutura única dirigido por uma só pessoa de todos os órgãos, atividades e pessoas no qual os trabalhos envolvem a utilização de uma tecnologia, a utilização de certas habilidades ou no exercício de uma certa profissão e profissões afins. Diante disso a departamentalização poderá ser classificada em (2° nível) setorial, (3° nível) funcional e em nível de supervisão (4° nível).

        Segundo Gulick (s/d apud CURY, 2010), a departamentalização por processo dominante possui vantagens e desvantagens, citadas a seguir:

Vantagens

  1. Permite a utilização das técnicas e habilidades mais modernas, facilitando uma eficiente divisão do trabalho, incentivando, assim, a especialização;
  2. Em se adotando a estrutura do tipo funcional, torna-se possível realizar economias de escala oriundas da produção mecânica ou em massa;
  3. Facilita a coordenação dos trabalhos técnicos, pois os empregados que se dedicam a um determinado tipo de função são reunidos numa única estrutura, sob uma única supervisão, o que favorece também o controle central.

Desvantagens

  1. Existe um certo perigo em a organização tardar na execução de seu objetivo central, porque os órgãos podem estar mais interessados em “como fazer as coisas” do que em “o que devem fazer”;
  2. Os órgãos departamentalizado em torno de uma especialidade ou profissão tendem a desenvolver nos profissionais um certo grau de arrogância e de má vontade para aceitar o controle democrático;
  3. Há necessidade de uma coordenação mais efetiva dos trabalhos, não somente par evitar conflitos, mas também para garantir sua positiva cooperação.

                Neste caso, de acordo com Gulick (s/d apud CURY, 2010), o propósito dominante e o processo dominante possuem departamentos que são considerados verticais ou horizontais.

        Os departamentos verticais se encontram no propósito dominante, explica-se que além das atividades necessárias para o departamento é preciso exercer atividades auxiliares para que seja solicitado a cooperação de profissionais. Já os departamentos horizontais, se apresentam no processo dominante, justifica-se que aos serviços comuns de dois departamentos poderão ser constituídos por setores em que as atividades centralizadas servirão um a outro. Portanto, cada departamento pode agrupar trabalhadores eficientes a tais espécies de trabalho profissional.

        Diante disso, Gulick (s/d apud CURY, 2010) relata que a departamentalização definida como material é frequente às empresas privadas e lojas grandes, chamadas como lojas de departamentos, dedicando-se a certos tipos de artigos com os próprios clientes e equipes de vendedores capacitados. Ainda para Gulick (s/d apud Cury, 2010), esse tipo de departamentalização possui as seguintes vantagens:

  1.  Uma pessoa que opera sempre com o mesmo tipo de material torna-se capaz em relaciona-lo, ou seja, a lida permanente com o material ou um grupo de clientes facilita obter o conhecimento profundo de se relacionar com as partes;
  2.  Demonstra uma simplicidade a relacionar-se em público, possuindo melhor coordenação;
  3.  Os clientes se submetem a um único órgão, omitindo as visitas dobradas.

        Gulick (s/d apud CURY, 2010) também cita as desvantagens que uma organização pode ter através da departamentalização por clientes ou material, são elas:

  1. Não se pode observar a especialização;
  2. Impossibilidade de dividir todos os trabalhos por clientela, sem que ocorram conflitos e duplicidade de funções;
  3. O perigo de que certos grupos consigam privilégios por meio de pressão.

        Analisa-se que a departamentalização por clientes ou material apresenta vantagens e desvantagens para que as organizações possam melhorar a capacidade em todos os órgãos, atividades e pessoas que trabalham com certo grupo de empregados ou com determinada espécie de coisa ou material.

        Em seguida, Gulick (s/d, apud CURY, 2010) explica-se a departamentalização da área geográfica como uma reunião de estrutura única dirigida por uma só pessoa de todos os órgãos, pessoas e atividades que desempenham determinadas áreas, o serviço prestado e a técnica utilizada não é levada em consideração. A departamentalização ocorre em quaisquer dos três níveis gerenciais, são eles setorial, funcional e supervisão. Por exemplo, as forças armadas dividem o país em regiões militares, comandos aéreos, distritos navais etc. Ainda para Gulick (s/d apud CURY, 2010), a departamentalização por área geográfica manifesta as seguintes vantagens:

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