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A Nova Cedae

Por:   •  5/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  7.002 Palavras (29 Páginas)  •  184 Visualizações

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A Nova CEDAE

Áreas Funcionais

LIDERANÇA

Conforme análise do case pôde-se notar que antes mesmo de assumir a presidência da Estatal o Engenheiro Wagner Victer, já se colocou como um grande líder ao pedir total independência de suas escolhas, bem como a não interferência política dentro da sua gestão. E isso foi determinante para a reestruturação da empresa que vinha passando por uma imagem desgastada, aliada a dados que indicavam sua precária situação gerencial e financeira, qualificavam-na como um desafio aparentemente intransponível para qualquer gestor.

Wagner diz que na administração pública não se pode servir a dois senhores. Não dá para atender o cliente, o interesse da empresa e, ao mesmo tempo, atender o interesse político. O político é importante na integração à empresa pública, trazendo informações, e não cogerenciando com a empresa.

Wagner deu total liberdade aos seus diretores a escolherem seus gerentes. Na administração  pública qualquer demora em desenvolver o processo de mudança começa a gerar uma sedimentação extremamente grande, o que dificulta o trabalho do administrador. Foi extinto muitos órgãos, quebrada relações antigas de interesses políticos.

Outra tomada de decisão foi fazer uma parceria com a Fundação Getulio Vargas para se criar um planejamento estratégico. A empresa vivia um momento extremamente critico, do ponto de vista não só econômico, mas, principalmente, financeiro. Uma situação catastrófica que envolvia uma posição extremamente negativa da empresa. Não tínhamos controle de números das gestões anteriores.

O processo de planejamento estratégico da CEDAE teve inicio com a percepção por seus novos dirigentes da necessidade de reformular profundamente toda a estrutura da empresa e estabelecer, a curtos e médios prazos, um direcionamento no sentido do seu resgate, fortalecimento e crescimento.

O planejamento estratégico foi fundamental para definir um conjunto de ações de impacto. E com o auxilio da FGV e com uma ação bastante rápida e articulada com toda a diretoria, modelamos mais de 80 ações estratégicas diferenciadas, que foram conduzidas simultaneamente. Cada um com seu responsável, mas todos sob o total acompanhamento do Presidente Wagner Victer.

Foram definidas 4 Direções Estratégicas e para cada uma foram identificadas linhas de ações sugeridas pelos participantes.

As 4 Direções Estratégicas definidas foram: Gestão Corporativa, Eficiência Financeira, Planejamento e Inovação e Relações Institucionais.

Os principais objetivos da empresa consistem na prestação de um serviço exemplar, na qualidade da entrega do produto e cobrança de tarifas dentro do princípio de modicidade.

Para alcançar este nível de excelência em sua gestão a CEDAE desenvolveu algumas ações: no que diz respeito a governança corporativa, desenvolveu, por exemplo, trabalhos de aperfeiçoamento dos normativos internos; no âmbito administrativo, investiu na melhoria de seus processos; e na área operacional, investiu em modernização do parque de hidrômetros. Esses aperfeiçoamentos tiveram impactos diretos na melhoria do resultado da companhia.

A recuperação da CEDAE foi possível, porque foi apoiada em bases técnicas e administrativas, de gestão, baseadas na pura e simples matemática de uma forte redução de custeio seguida por uma incessante busca pelo aumento de arrecadação.

A REFORMA ADMINISTRATIVA

O ponto de partida para o estabelecimento do novo modelo de gestão foi blindar a CEDAE de interferências políticas. A estrutura regionalizada, na qual cada município tinha seus superintendentes indicados, majoritariamente, por políticos locais que desconheciam a atividade da companhia foi substituída. As mais de 30 superintendências deram lugar a pouco mais de dez regionais. Cada uma foi formada como unidade de negócios, onde o gerente ou chefe de departamento acumulava as atividades técnicas e comerciais, sob o monitoramento direto da recém-criada Diretoria de Projetos Estratégicos e Sustentabilidade, que substituiu a vice-presidência. O novo órgão executivo congregou atividades como planejamento comercial, participação normativa e auditoria das atividades comerciais. A revisão da composição regional da empresa foi acompanhada pela redução de 30% dos cargos gerenciais.

GESTÃO E GOVERNANÇA CORPORATIVA

De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), a definição de governança corporativa diz respeito à forma como uma companhia é gestada em termos de seus sistemas institucionais. Ela abrange desde a estrutura e as relações que determinam direção e performance de uma organização até os processos, políticas, regulamentos e instituições que regulam como uma empresa é administrada. Isso inclui as regras que determinam a interação entre os agentes envolvidos, como proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle.

Transparência: Mais do que a obrigação de informar é o desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. A adequada transparência resulta em um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações da empresa com terceiros. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à criação de valor.

Equidade: Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders). Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis. Prestação de Contas (accountability):  Os agentes de Governança devem prestar contas de sua atuação, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões.

Responsabilidade Corporativa:  Os agentes de Governança devem zelar pela sustentabilidade das organizações, visando à sua longevidade, incorporando considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações.

Os conceitos da governança corporativa servem tanto às organizações privadas quanto públicas, principalmente, com a ampliação da complexidade das relações entre Estado e sociedade, que tem pressionado cada vez mais por resultados e pelo uso eficiente de recursos que, em última instância, pertencem a ela. O mesmo parâmetro deve orientar também o compromisso com a responsabilidade corporativa, focada na sustentabilidade de longo prazo, de modo a tornar a empresa um legado aos cidadãos.

A IMPORTÂNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NA GOVERNANÇA CORPORATIVA

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