Ser e TER

         Quando pensamos nos termos SER e TER nos dias atuais, podemos relatar que vivemos numa sociedade capitalista na qual quase ninguém mais se preocupada com o próximo.

Nosso modo de pensar, agir, de se comunicar, muitas vezes por seguir as influencias das outras pessoas, chegamos nesse resultado que somos sem seguir nossas próprias vontades.

Deixamos muitas vezes de respeitar nossa natureza biológica, apenas para estarmos equiparados aos outros, por querermos aparecer e não por querermos SER uma pessoa melhor.

Essas duas realidades nos levam a viver numa sociedade que o que mais importa é o que temos e não o que somos. Podemos verificar no trecho do texto que nos diz: “... Ainda que me pareça ter tudo, eu não tenho – na realidade – nada, dado que as minhas posses e o meu controlo sobre um objeto não passam de um momento transitório durante o processo de viver...”.

Temos que aprendem que tudo é passageiro, e que muitas vezes a realidade que queremos mostrar através de redes sociais, roda de amigos, no trabalho, não é o que realmente vivenciamos e que mais dia menos dia, será desmascarado pelos os que estão ao nosso redor.

Também verificamos no texto: “... Somos uma sociedade de gente visivelmente infeliz: sós, ansiosos, deprimidos, destrutivos, dependentes – gente que se alegra quando matou o tempo que tão desesperadamente tentamos poupar. Nunca poderei estar satisfeito, porque não existe fim para os meus desejos...”, nesse trecho podemos dizer que nós passamos a querer possuir as coisas, as pessoas, de qualquer modo e quando isso não acontece acabamos por descartar, isolar, pois não irá nos trazer satisfação nenhuma e esquecemos qualquer momento que foi vivido.

Estamos deixando de ser e estamos adquirindo coisas, carregando o tempo todo o que não somos, o que não temos e queríamos ter, apenas para não sentirmos isolados em relação ao grupo de pessoas que convivemos.

O termo SER deveria prevalecer, sermos reconhecidos pelo que somos pelo que pensamos, pelo nosso caráter e não pelo TER algo a mais que o outro ou por pensarmos que somos superiores aos outros.

A ideia do aparecer ter toma conta dos dias de hoje, acaba que as pessoas não se importam de como foi o modo que você conseguiu TER suas coisas, isso não interessa, o que apenas interessa são os lucros, as vantagens que temos sobre isso.

O grande problema é querer viver de aparências e acabar esquecendo o seu SER, que é uma dádiva pelo simples fato de estarmos vivos. Isso está se esgotando e cada vez mais as pessoas estão deixando de ajudar o próximo se não obter algum lucro ou beneficio para si próprio.

Por fim, deveríamos começar a refletir, a pensar em que mundo nossos filhos, netos, irão encontrar mais adiante. Queremos um mundo de paz, solidariedade, igualdade, ou se queremos um mundo egoísta, que para se conseguir o que quer não importa o modo, nem quem teremos que derrubar para conseguir. Tenho certeza que o mundo seria melhor e com mais igualdade se deixássemos um pouco o nosso querer TER e vivêssemos mais o nosso querer SER.