A Dissolução Contemporânea do Lugar

A dissolução contemporânea do lugar: Espaços midiáticos, não lugares e ciberespaço.

O lugar e o espaço do lugar passam a ser encarados como uma massa tangível, fundamental na composição de uma arquitetura.

Os acontecimentos fazem parte da forma de vida humana e se realizam em um espaço ou lugar.

Novas realidades espaciais podem ser classificados em 3 fenômenos:

1:: Espaços midiáticos

Arquitetura contemporânea utiliza luz natural e espaços fluídos. A conceitualização midiática brinca com espaços pequenos e utiliza variadas tecnologias como luzes artificiais e formas de interações pessoais, isso traz aproximação.

Os limites espaciais físicos tornam-se imperceptíveis e de nenhuma importância. O que passa a valer é a vivência e experimentação de novas sensações.

Espaços domésticos e lugares de trabalho também podem ter sensações de espaços midiáticos.

2:: Fenômenos não lugares

Todo e qualquer lugar ou falso lugar onde o ser humano transita mais por obrigação e necessidade do que por interesse.

O não lugar não proporciona sensações agradáveis ao ser humano, por isso as pessoas passam o mais rápido possível do espaço não lugar.

O não lugar é um local que não representa um lugar.

Rodovias, aviões, aeroportos, corredores, etc.

O não lugar torna-se relevante apenas devido a alguma avaria ou acidente.

Um parque temático como exemplo também é um não lugar, pois mesmo sendo um momento de diversão, o espaço não cria inter-relação pessoal.

3:: Espaço virtual ou ciberespaço

Mesmo intangível, fictício e ilusório, torna-se um lugar o ciberespaço devido a sua inumera capacidade quase infinita de possibilidades.

Profissionais podem projetar num espaço virtual, pessoas podem interagir mesmo a longas distâncias, a imaginação e a ficção atingiram lugares sem precedentes.

Mas nem tudo é sedutor, há também aspectos ocultos e negativos no âmbito virtual.

 - A interação pessoal e experiências tangíveis e reais perdem espaço para o mundo virtual.

 - Individualismo e consumo em excesso

Mesmo que a virtualidade simboliza uma democracia e o rompimento de classes, é indiscutível apontar que a tecnologia necessária para “acessar” o mundo virtual é elitista e inacessível para importantes classes sociais.

Existe o receio que o mundo real, a importância da arte tangível e o original perca espaço para o mundo virtual .

   

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