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Coberturas

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Por:   •  28/9/2014  •  Tese  •  2.975 Palavras (12 Páginas)  •  403 Visualizações

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Coberturas

As coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as características de função e estilo arquitetônico das edificações. As coberturas têm como função principal a proteção das edificações, contra a ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias, estéticas e econômicas. Em síntese, as coberturas devem preencher as seguintes condições:

Funções utilitárias: impermeabilidade, leveza, isolamento térmico e acústico;

Funções estéticas: forma e aspecto harmônico com a linha arquitetônica, dimensão dos elementos, textura e coloração;

Funções econômicas: custo da solução adotada, durabilidade e fácil conservação dos elementos.

Para a especificação técnica de uma cobertura ideal, o profissional deve observar os fatores do clima (calor, frio, vento, chuva, granizo, neve etc.), que determinam os detalhes das coberturas, conforme as necessidades de cada situação.

Entre os detalhes a serem definidos em uma cobertura, deverá ser sempre especificado, o sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de elementos de proteção, captação e escoamento, tais como:

detalhes inerentes ao projeto arquitetônico: rufos, contra-rufos, calhas, coletores e canaletas e

detalhes inerentes ao projeto hidráulico: tubos de queda, caixas de derivação e redes pluviais.

Coberturas Naturais

As coberturas naturais são uma ótima forma de integrar as construções à natureza, usufruindo da sua capacidade imbatível de gerar conforto e bem-estar. Nada apresenta melhor resultado em termos de conforto térmico do que a sombra de uma árvore, por exemplo. Além disso, as coberturas naturais apresentam menor impacto no meio ambiente do que as telhas convencionais, já que não precisam passar pelo processo de industrialização e queima da cerâmica, podendo inclusive ser extraídas de maneira renovável.

Coberturas minerais: são materiais de origem mineral, tais como pedras em lousas (placas), muito utilizadas na antiguidade (castelos medievais) e mais recentemente apenas com finalidade estética em superfícies cobertas com acentuada declividade (50% < d >100 %). Atualmente, vem sendo substituída por materiais similares mais leves e com mesmo efeito arquitetônico (placasde cimento amianto);

(Exemplo de cobertura mineral)

Coberturas de origem vegetal - beneficiadas

Coberturas vegetais rústicas (sapé, piaçava, palha de Santa Fé): de uso restrito a construções provisórias ou com finalidade decorativa, são caracterizadas pelo uso de folhas de árvores, depositadas e amarradas sobre estruturas de madeiras rústicas ou beneficiadas.

Antigamente o sapê era utilizado na cobertura de casas de povos muito pobres, que não podiam adquirir telhas. Isso o deixou com estigma de cobertura de menor valor ou qualidade. Entretanto, mesmo naquela época, quando havia chuva de granizo, esse tipo de cobertura apresentava maior impermeabilidade do que as próprias telhas cerâmicas, não deixando o gelo cair dentro da casa. Conclui-se, portanto, que trata-se de uma questão apenas de status, e não de qualidade. E mesmo este aspecto vem mudando com o tempo, com a valorização da natureza em todos os seus aspectos. É apenas necessário que a cobertura tenha pelo menos 30° de inclinação para garantir um bom escoamento da água.

É possível instalar a cobertura natural sobre telhados existentes, contanto que a inclinação seja de no mínimo 30°. Essa é uma alternativa apenas para construções já existentes, em que se queira gerar maior conforto, pois não apresenta vantagens em relação a construir apenas com a cobertura natural. O uso de forros internos é opcional e tem efeito apenas estético, sendo inclusive mais comum e agradável deixar a estrutura do telhado aparente, priorizando e valorizando a rusticidade do ambiente.

Piaçava

A piaçava é uma fibra natural da região do Nordeste, muito resistente e flexível. Sua fibra é colhida quando amadurece, sendo a parte mais grossa utilizada na produção de vassouras e as demais destinadas a artesanatos e confecção de coberturas. Vida útil: De 6 a 12 anos.

Sapé

Encontrado em grandes quantidades no solo do interior de São Paulo, possui uma tonalidade um pouco mais clara e textura mais rígida quando comparado à piaçava, porém aspecto muito similar. Vida útil: De 3 a 6 anos.

Palha de Santa Fé

O Santa Fé é uma tipo de capim nativo da região Sul do Brasil, mais especificamente Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sua espessura final é de 25 cm e tem aspecto de uma massa compacta. Possui a maior durabilidade dentre as fibras naturais. Vida útil: De 10 a 20 anos.

Precauções necessárias:

Existem alguns fatores a serem observados para impedir que o material se torne um problema ao invés de uma solução:

- Qualidade da mão-de-obra de instalação: Deve ser bem qualificada e com referências, pois este é um tipo de trabalho que requer especialização.

- Durabilidade: Principal desvantagem deste tipo de cobertura, que precisa ter suas fibras trocadas periodicamente, sendo que o prazo varia de 3 a 20 anos, de acordo com o material utilizado e com as condições do local, como o nível de poluição.

- Proliferação de insetos: Por ser um material natural, deve receber a proteção adequada para não ser foco de baratas, aranhas e cupins.

- Risco de incêndios: As fibras são materiais combustíveis, devendo portanto ser tratadas através de um procedimento anti-chamas, especialmente quando expostas a situações de risco, como em regiões muito quentes ou em churrasqueiras, por exemplo. Esse tratamento costuma custar cerca de 10 a 20% do valor investido na cobertura. Outra alternativa é um dispositivo de irrigação que mantém a umidade do material, opção questionável devido ao gasto constante

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