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O Friedrich Gilly

Por:   •  25/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.445 Palavras (6 Páginas)  •  284 Visualizações

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 FRIEDRICH GILLY

Este trabalho diz respeito ao estudo sobre o arquiteto Friedrich Gilly, segundo duas perspetivas: a de Barry Bergdoll e Harry Francis Mallgrave.

Começando pela perspetiva de Harry Francis Mallgrave, este, antes de falar, propriamente, em Gilly faz uma contextualização daquilo que se passa antes deste ganhar importância. Assim, ele defende que o evento mais importante para a teoria da arquitetura foi a criação da Academia de Arquitetura, em Berlim, em 1799 – a Bauakademie. Em 1780, Friedrich Wilhelm II favoreceu o classicismo, fascinando-se, assim, em desenvolver o gosto alemão com o grego. Em 1787, autorizou Erdmannsdorff a melhorar a Berlin Schloss num estilo clássico severo e entre os anos de 1789 e 1791, Carl Gotthard Langhans arquitetou o Brandenburg Gate.

Este autor refere, ainda, que outro arquiteto a ser convidado a ir a Berlim por Friedrich Wilhelm II, em 1780, foi David Gilly, que nasceu a 1748 e morreu em 1808. A experiência de David Gilly era, essencialmente, rural, mas em 1783, em Stettin, projetou uma escola de pequenas dimensões de arquitetura, onde se induziu os métodos do ensino francês. E em 1793, David Gilly voltou a abrir a sua escola como um instituto – Lehranstlt -, mas foi sancionada pela realeza, em 1799, tal como aconteceu com a Bauakademie. Mas é por esta altura, que David Gilly foi superado pelo seu filho Friedrich Gilly que nasceu a 1772 e morreu em 1800 com tuberculose.

É, assim, a partir deste ponto que este autor começa a fazer o seu estudo sobre Friedrich Gilly, propriamente dito. Inicia, então, por dizer que foi em volta deste que muitos arquitetos que seguiam o romantismo, se formaram. “Para os seus amigos e colegas, Friedrich Gilly, que morreu tragicamente por consumo em 1800, simbolizava o ideal romântico de génio”[1]. Depois de ter ganho experiência com o seu pai, David Gilly, muda-se para Berlim e inscreve-se na “Academy of Fine Arts”, em Berlim. Foi chamado para servir o estado como inspetor de construções, onde trabalhou, por pouco tempo, para Erdmannsdorff e Langhans. Em 1794, numa viagem à Pomerânia, Gilly realizou um conjunto de desenhos do Schloss, do século XIII, em Marienburg, onde “ganhou uma bolsa de viagem de quatro anos”[2]. Mas adiou a sua partida por causa de uma confusão política em França e Itália.

No Verão de 1796, Gilly, entra numa competição para elaborar um projeto em homenagem a Frederick, o Grande. É aqui neste ponto que surge a perspetiva de Barry Bergdoll, onde descreve, tal como, Harry Francis Mallgrave o projeto proposto por Gilly nessa competição, apesar de cada um deles referir aspetos diferentes desse mesmo projeto.

Assim, Harry Francis Mallgrave, começa por descrever alguns projetos de outros concorrentes como: o de Langhans que foi quem ganhou essa competição com o projeto de um templo circular de pequenas dimensões com variantes dóricas e jónicas; o de Hirt, que propôs um templo grego simples; e o de Gentz que exibiu um projeto de um templo circular apoiado sobre um pódio. De seguida, refere que o projeto e os desenhos de Gilly é que chamaram atenção. Em semelhança ao projeto apresentado por Gentz, Gilly posicionou o seu templo grego no cimo de uma subestrutura onde se encontrava o sarcófago do Rei. Mas, devido à sua escala ele teve de o assentar num local que não estava previsto pelo programa da competição, ou seja, colocou-o dentro de um espaço do templo na Leipziger Platz, a sul das portas de Brandemburgo. Descreve, ainda, algumas caraterísticas deste santuário da nova praça como: o arco triunfal maciço com quadriga, “que servia como porta de entrada para a cidade”[3]; as colunatas dóricas; e, por fim, um conjunto de obeliscos e leões. E ainda, uns esboços dos locais da cripta da subestrutura mostram uma espetacular interpretação de um mausoléu, que foi realizado de modo dramático através de um jogo de contraste de luz/sombra.

Já, Barry Bergdoll diz que Gilly desenvolveu a proposta de transformar a entrada para Berlim na Leipziger Platz num monumento de grandes dimensões dominado por uma “acrópole requintada”. Ele destaca que a praça pública era para se concentrar num “retrato do Rei”[4], mas foi apenas para ser encontrado por um “itinerário dramaticamente encenado”[5] que transportava quem a visitava para a entrada da cidade. Começa, aqui a descrever essa entrada: “…por uma nova e poderosa porta da cidade, por meio de túneis escuros, e amplas escadas para o céu aberto, um processo de esclarecimento individual, que também reforçou o sentimento de cidadania, para a ascensão final para as celas do templo dórico, erguido sobre os arredores, oferecendo uma descoberta do seu lugar na grande paisagem da capital da Prússia.” No fim disto, ele diz que os arquitetos de Berlim estariam a observar um futuro em que os cidadãos iriam homenagear o monarca como um “grande homme”[6].

De seguida, passando novamente ao que Harry Francis Mallgrave diz sobre Friedrich Gilly, este continua a descrever a vida deste até à sua morte.

Desta forma, Harry Francis Mallgrave refere a opinião do escritor Wackenroder, numa carta dirigida a Tieck, em 1793, onde julga Friedrich Gilly por ser um prodígio: “Este é um artista! Tal entusiasmo consumido para a antiga simplicidade grega! Eu passei várias horas, muito felizes, em conservação estética com ele! Um homem divino”[7].

Harry defende que o carisma de Friedrich Gilly se deve à sua personalidade artística e de contemplação e, também, ao seu “círculo de amigos, que incluía os arquitetos Hirt, Martin Friedrich Rabe, e Carl Haller von Hallerstein (que mais tarde se juntou com Cockerell, na Grécia); o escultor Schadow, e o linguista Wilhelm von Humboldt”[8]. Outro arquiteto que fazia parte do seu círculo de amigos era Gentz, que era também seu cunhado.

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