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Por:   •  12/9/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.390 Palavras (6 Páginas)  •  187 Visualizações

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OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

A indústria da construção civil desenvolve uma economia muito forte, e apesar da sua grandeza é reconhecido nacionalmente como um setor de elevados índices de acidente do trabalho. Esses acidentes têm sido freqüentemente associados a negligências que oferecem condições de trabalho aliadas a atos inseguros.

O número de acidentes vem aumentando nos últimos anos, acompanhado proporcionalmente o crescimento acentuado da construção civil, gerando a preocupação de profissionais da área. DE acordo com o desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira, representante do Tribunal de Trabalho (TST), saíram do mercado de trabalho em 2011 por morte ou invalidez permanente a cada dia, 50 trabalhadores, vítimas de acidentes de trabalho.

Os motivos pelo qual os acidentes seguem acontecendo, pela falta de cultura, prevenção e um ritmo de trabalho cada vez mais denso, tenso e intenso, pois a pressão com a redução do tempo para construção de um metro quadrado, que em 1995 era de 42 horas, hoje foi reduzido para 36 horas.

Existem outros fatores que contribuem para os acidentes:

. Elevada rotatividade de pessoal

. Maior contato individual dos trabalhadores com itens da construção civil

. Falta de treinamentos e procedimentos

. Falta de orientação que estimulem o uso correto dos IPIs

No ramo da construção civil é composto por vários profissionais, que estão expostos aos acidentes do trabalho, vamos destacar o profissional da área de alvenaria.

Esses profissionais se expõem diariamente em ambientes com grande potencial de riscos de acidentes, químicos, físicos e ergonômicos.

Além dos acidentes em constante crescimento, também estão desencadeando doenças relacionadas na função, acometendo aos trabalhadores os sintomas músculo esqueléticas, dermatites, intoxicação por chumbo, exposição a asbestos, através do manejo de maquinas, equipamentos e ferramentas perfuro cortantes, instalações elétricas, trabalho em altura, posturas anti ergonômicas, além de estresse devido a transitoriedade e alta rotatividade.

Segundo uma pesquisa em enfermagem da OMS/OPS, realizadas em prontuários hospitalares, objetivando investigar números de trabalhadores acidentados em construção civil, foram analisados 6.122 prontuários, buscou-se a relação entre as características pessoais e dos acidentes, como as causas e partes do corpo atingidas. A faixa predominante foi compreendida entre os 31 e 40 anos em (34,7%), todos eram do sexo masculino, as causas predominantes foram quedas, (37,7%), foram às partes do corpo mais lesadas membros superiores (30,7%). E nenhum prontuário encontrou-se o comunicado de acidente de trabalho (CAT).

Segundo a pesquisa a indústria da construção civil (ICC) é uma das que apresenta as piores condições de segurança em nível mundial, isso tem encarecido os cofres públicos, considerando o pagamento de indenizações ou benefício ao trabalhador feito pela previdência social.

O PAPEL DO ENFERMEIRO NA SAÚDE DO TRABALHADOR

Após a constituição federal de 1998, a saúde do trabalhador passou a se abordada por meio de um novo olhar institucional e novas definições, com a implementação do sistema único de saúde (SUS) e sua área de competência perante a saúde da população, veio contemplar uma área que até então não era motivo de preocupação, com a participação de movimentos sociais e sindicais os estatutos jurídicos, tiveram que se adequar a nova realidade e reforçar o seu campo de atuação na saúde, e especialmente na saúde do trabalhador.

Diante dessa nova realidade ressalta-se que o enfermeiro possui um papel preponderante na promoção da saúde da população geral, especialmente na vida dos profissionais envolvidos no setor da construção civil. O Enfermeiro desenvolve funções importantes na saúde e segurança ocupacional, bem como assistência de cunho na saúde pública e intervenções precoces mediante a identificação de problemáticas.

O objetivo dos programas de saúde do trabalhador é implementar condutas que visam a prevenção, promoção, assistência médica e reabilitação da saúde dos trabalhadores, e esta pode ser entendida como estabelecimentos de medidas, para desenvolver um nível mais amplo e elevado de bem estar, que se concretiza por influências comportamentais de cada individuo no ambiente laboral.

A técnica adotada pelo Enfermeiro tem que por objetivo a redução ou evitar que os problemas de saúde ocorram, as ações são divididas em três fases: prevenção primária, secundária e terciária.

. Prevenção primária: estabelece condutas que visam evitar a introdução de qualquer agressão.

. Prevenção secundaria: evidencia precocemente um agravo a saúde, portanto, devem ser tomadas medidas com o objetivo de acelerar o processo de recuperação.

. Prevenção terciária: deve ser prontamente estabelecida para minimizar os efeitos e complicações das agressões expostas.

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NORMA QUE REGULAMENTA O TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

NORMA REGULAMENTADORA (NR-18), condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

A Norma Regulamentadora NR estabelece diretrizes de ordem administrativa de planejamento e de organização que objetivam a implementação de medidas de controle e sistema preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na construção.

Para efeito desta NR, consideram se atividades da indústria da construção, serviços e demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral de qualquer número de pavimentos aos tipos de construção, inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo.

É velado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas nessa NR.

O cumprimento das Normas Regulamentadoras (NR) é o primeiro passo para mudar a atual realidade encontrada no ramo da construção civil, para que o trabalho de prevenção se concretize é preciso reconhecer os riscos existentes no meio ambiente, através do mapa de risco e implementação do programa de prevenção de riscos ambientais NR-9.

Utilizando todas as ferramentas como a comissão interna de prevenção de acidentes NR-5, ergonomia NR-17, equipamentos de proteção individual (IPI) NR-6, somados ao comprometimento dos profissionais envolvidos, focando em treinamentos, orientações, fiscalização, é uma forma de antecipar as surpresas negativas e mudar os altos índices de acidentes que seguem vitimando os operários inseridos nos ambientes da indústria da construção civil.

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