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A PROVA DE ECONOMIA

Por:   •  19/7/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.835 Palavras (8 Páginas)  •  101 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIENCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL DE CAMPOS

ECONOMIA POLÍTICA

Prof. Dr. Luiz Gustavo Antonio de Souza

PROVA 2 – 01/07/2022

Discente: Karolayne Silva dos Santos Pontes

Questão 1:

Podemos iniciar a visão do capitalismo por Karl Marx, entendendo a sua teoria do materialismo dialético que veio a partir do conceito de dialética sendo de grande significado para a compreensão dos processos sociais que os cercaram. No materialismo dialético em que a matéria explica os fenômenos naturais e sociais através da interação humana, o ser humano é formado a partir das relações sociais que podem ser construídas através da arte do diálogo. Com isso, o que está no mundo pode se modificar devido as relações sociais que são carregadas de contradição e conflitos, assim como a luta de classes que se divide entre a burguesia e o proletário, em que respectivamente um tem poder sobre o outro.

Então através desses conflitos e contradições dentro do capitalismo é o que resulta nas mudanças entre as posições das classes sociais, formando a divisão de classes entre o burguês e o proletariado. De forma que, a burguesia é o opressor do proletariado, com o objetivo de continuar sendo a classe dominante para manter seus interesses em vigor e ter o controle dos proletários para que os mesmos cumpram suas ordens de serviço em que o principal objetivo é gerar lucro, deixando de lado o bem-estar físico e social de seus trabalhadores.

Outro fator característico de Marx dentro do capitalismo, é a visão de troca, na qual as mercadorias possuem o seu valor de uso sendo a sua forma original e depois a sua utilidade que é a forma de valor, dessa maneira, o valor de troca de uma mercadoria pode ser mudado como desejar a partir das relações sociais manifestadas entre as mercadorias. Contudo, devemos observar também o fetichismo da mercadoria que consiste em, dentro do seu modo de produção esconder as relações sociais de exploração do trabalho na qual se pode criar um valor de troca de forma sútil favorecendo de forma lucrativa ao proprietário.

Seguindo a visão de Marx, é necessário também analisar o seu conceito para o processo de troca, que corresponde à Mercadoria-Dinheiro-Mercadoria (M-D-M) para Dinheiro-Mercadoria-Dinheiro (D-M-D). Inicialmente a forma de circulação era mantida na transformação da mercadoria em dinheiro para a conversão desse dinheiro em mercadoria novamente, ou seja, vender para adquirir. No entanto, a mudança para a forma D-M-D consistiu na transformação de dinheiro em mercadoria que resultava novamente em dinheiro, isto é, comprar para vender. Desse modo, este último método de circulação demonstra a forma de como no modo de produção capitalista se adquire o capital.

Para finalizar essa análise Marxista, Marx desenvolveu o conceito da Mais-Valia, que determina a exploração do trabalhador para o desenvolvimento do modo de produção capitalista. De forma que, a força de trabalho é transformada em mercadoria para a obtenção de lucro, que não condiz com o salário dos trabalhadores, em que o trabalhador recebe um valor inferior comparado ao trabalho que gerou aquele produto.  O que nos mostra o afastamento do trabalhador com o final do produto, que possibilita a divisão do trabalho, na qual o salário vai representar somente as horas trabalhadas necessárias que resulta na produção do excedente, em que o capital vai obter o lucro.

Questão 2:

O paradoxo da água e do diamante consiste basicamente em representar que, apesar da água ser essencial para o nosso consumo, o seu valor não condiz com a sua necessidade, já o diamante que é um produto para fins estéticos, possui um valor muito maior do que a água. Na visão da teoria da utilidade marginal decrescente, isso se dá, pois, a quantidade de água que possuímos para consumir é maior do que a do diamante, dessa forma, quanto menos se pode obter algo, maior será o seu valor.

Sendo assim, nessa visão de utilidade, o valor de um produto é determinado pela sua fonte de produção, quanto mais matéria e necessidade um determinado produto possuir, o seu valor será inferior à sua quantidade. Já no outro modo, o que torna um produto valioso é a sua necessidade, que deve ser quase nula, algo que podemos considerar elitista, que somente a classe alta pode adquirir, como também é um produto que não possui uma grande quantidade de matéria para ser comercializado em massa.

Questão 3:

Para explicar o paradigma econômico que antecede a crise de 1929, inicialmente podemos destacar o período histórico em que o Estados Unidos se encontrava, após a sua participação na primeira guerra mundial o país teve um crescimento significativo em sua economia, se tornando a maior potência capitalista do mundo, vivenciando a era “American Way of Life”, traduzida como o jeito americano de viver. Dessa forma, surge um modelo de vida na busca por felicidade em que a estrutura familiar da classe média se tornou uma fonte de almejo, assim também o aumento no consumo de eletrodomésticos.

Após a guerra, a Europa estava sofrendo sem conseguir se reerguer devido as consequências deixadas pela guerra, com isso, o Estados Unidos empresta para a Europa uma grande quantia que criaria uma dívida com o país. Assim também, o EUA estava se desenvolvendo muito pelo fato do aumento da importação de produtos, todos esses fatores fizeram com que os norte-americanos começassem a investir na bolsa de valores comprando ações, essa ação não teve distinções, nesse período todos os grupos sociais fizeram parte desses investimentos.

O modo de economia presente nesta época no país, era o liberalismo econômico, ou seja, o Estado não poderia intervir na economia, dessa forma, os acionistas na bolsa de valores se conduziam sozinhos para a realização de suas atividades financeiras. Foi então que o dia 24 de outubro de 1929 foi marcado na história com a quebra da bolsa de valores, gerando o pânico no mercado financeiro, iniciando a crise de 1929 que se alastrou por todo o mundo.

Apesar da Europa estar recuperando novamente a sua economia, o Estados Unidos não diminuiu a sua produção, com isso, muitos produtos acabaram sendo estocados sem o poder de compra dos mesmo que o produziram, assim também os investimentos sem a garantia de retorno influenciado pela bolsa, com a falta da fiscalização fez com que muitas pessoas perdessem os seus investimentos. Outro fator, foi a distribuição de crédito para gerar o consumo sem a segurança de pagamento e os mecanismos de manipulação de falsa esperança que escondiam as verdadeiras facetas da real situação financeira do país, foram os motivos que levaram à queda da economia liberal e por seguinte a grande depressão.

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