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A origem, a definição e o conceito de palavra empreendedorismo

Relatório de pesquisa: A origem, a definição e o conceito de palavra empreendedorismo. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/11/2013  •  Relatório de pesquisa  •  1.885 Palavras (8 Páginas)  •  1.058 Visualizações

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1. Origem, definição e conceito

Conforme Ângelo (p.1), a origem da palavra empreendedorismo remete-nos ao século XIX, com a definição do Francês e economista J.B. Say. , como aquele que “transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento”.

O primeiro uso do termo empreendedorismo surgiu quando Marco Pólo, tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente a fim de vender as mercadorias de um homem (capitalista). Com isso, Marco Pólo ficou conhecido como “o aventureiro empreendedor”. Correndo riscos físicos e emocionais a fim de vender as mercadorias (DORNELAS, 2008, p.14).

Nos séculos XIX e XX empreendedores foram confundidos com administradores, o que ainda hoje ocorre com frequência, eles eram analisados como aqueles que organizavam a empresa, planejavam, dirigiam, e controlavam, mas sempre visando a ideia de que o “capitalista” que mandava o que deveria ou não ser feito (DORNELAS, 2008, p.15).

Para Fernando Dolabela, é um neologismo derivado da livre tradução da palavra entrepreneurship e utilizado para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação.

Apesar de popularização através da importação do inglês, o empreendedorismo vem “entrepreneur”, palavra francesa que era usada no século XII que traz o significado de intermediário, originalmente relacionada como atravessador entre a fonte fornecedora e o mercado consumidor facilitando todo o processo de troca e assumindo riscos.

O Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio (1999) o define como: que empreende; ativo, arrojado, cometedor. 2. Aquele que empreende. Já o Grande Dicionário Enciclopédico Larousse (1983) traz como: Chefe de uma empresa. Chefe de uma empresa especializada na construção, nos trabalhos públicos, nos trabalhos de habitação. Pessoa que, perante contrato de uma empresa, recebe remuneração para executar determinado trabalho ou aufere lucros de outra pessoa, chamada mestre-de-obras. E o Dicionário de Ciências Sociais (1964) define: “termo empreendedor denota a pessoa que exercita total ou parcialmente as funções de: iniciar, coordenar, controlar e instituir maiores mudanças no negócio da empresa; e/ou assumir os riscos nessa operação, que decorrem da natureza dinâmica da sociedade e do conhecimento imperfeito do futuro, e que não pode ser convertido em certos custos através de transferência, cálculo ou eliminação”. Segundo o relatório da Accenture (2001), empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar ideias por meio da aplicação da criatividade, capacidade de transformação e o desejo de tornar aquilo que comumente chamarias de risco.

O conceito mais aceito de "Empreendedorismo" foi popularizado pelo economista Joseph Schumpeter em 1945 como sendo uma peça central à sua teoria da Destruição criativa. Segundo Schumpeter o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para saber produzir, e capitalistas ao reunir recursos financeiros organizam as operações internas e realiza as vendas de sua empresa. De fato, Schumpeter chegou a escrever que a medida para uma sociedade ser considerada capitalista é saber se ela confia seu processo econômico ao homem de negócios privado.

Mais tarde, em 1967 com Kenneth E. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum negócio. E em 1985 com Gifford Pinchot foi introduzido o conceito de Intra-empreendedor, uma pessoa empreendedora, mas dentro de uma organização.

Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso de empreendedorismo, Robert D. Hisrich, em seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele, empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal.

A satisfação econômica é resultado de um objetivo alcançado (um novo produto ou empresa, por exemplo) e não um fim em si mesmo.

2. No Brasil e no mundo

No Brasil, o empreendedorismo se popularizou a partir da década de 90, o que contribuiu para a crescente participação desse tipo de empresa na economia do país. O papel de destaque da modalidade ganhou ainda mais força com a entrada em vigor da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em 2007, e da Lei do Micro empreendedor Individual, em 2008. Nos últimos cinco anos, em média, mais de 600 mil novos negócios, anualmente, foram registrados no Brasil. E os Micro empreendedores Individuais (MEI), não computados naqueles números, já somam mais de 1,5 milhão de registros. Os números demonstram que o empreendedorismo está consolidado no país – e crescendo.

Segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil possui a maior Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) em 2010 (17,5%), quando comparado aos 59 países que participaram da pesquisa. A TEA média brasileira de 2002 a 2010 é de 13,38%. TEA é a proporção de pessoas na faixa etária entre 18 e 64 anos na condição de empreendedores de negócios nascentes, ou seja, com menos de 42 (quarenta e dois) meses de existência. Os dados demonstram a vocação empreendedora dos brasileiros, que já somam 21,1 milhões de empreendedores – número que só fica atrás da China, em indicadores absolutos.

Principais taxas e evolução do empreendedorismo no Brasil segundo pesquisa GEM:

Mulher: Gênero

A questão da participação dos gêneros na atividade empreendedora, abordada no relatório do GEM global 2010, destaca a situação do empreendedorismo feminino.

A mulher brasileira é historicamente uma das que mais empreende no mundo. Atualmente entre os empreendedores iniciais, 50,7% são homens e 49,3% mulheres. Veja as taxas de empreendedorismo feminino e masculino nos últimos anos:

Renda:

Ao analisar-se a renda familiar dos empreendedores brasileiros, a TEA brasileira indica que entre os brasileiros de renda mais baixa, 6,1% são empreendedores. Entre os de renda média, o mesmo índice é de 15,1% e, entre os de renda mais alta, 16%. O Brasil segue a mesma tendência da maior parte dos países analisados, onde na medida em que a renda cresce,

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