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Por:   •  14/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.009 Palavras (5 Páginas)  •  187 Visualizações

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Resumo: As cidades de Fernand Braudel

Segundo Braudel, as cidades não nasceram de uma divisão do trabalho, entre as atividades do campo e as urbanas. Está oposição de atividades se inicia com a passagem da barbárie para a civilização, das tribos ao Estado. O autor também retrata que a cidade é uma corte, e com o surgimento da escrita, aparece em cena o que hoje denominamos de história.

Todos os grandes momentos da história que conhecemos, estão ligados a uma explosão urbana. E com essa afirmação que nos levamos à questão: será que as cidades são a causa do crescimento? Contudo conseguimos compreender que a cidade é uma via de mão dupla, onde se cria o crescimento, e onde a própria é criada por ele.

Uma cidade sempre possuiu realidades e processos. Pois ela não existe sem uma divisão de trabalho, como também não existe divisão avançada do mesmo sem a interferência da própria cidade. Não há cidade sem mercado, como também não existe comércio regional e nacional sem a própria cidade.

O autor critica a posição de Fhillios Abrams de que “uma cidade é sempre uma cidade”, Braudel acredita que as cidades não são todas parecidas, porém que a maioria fala uma mesma linguagem, que seria: o diálogo com o campo, a existência de pessoas, o orgulho da própria cidade e a sua articulação com outras cidades.

 Uma cidade sempre está acompanha de outras, e utiliza um sistema de hierarquia onde uma manda e as outras são submissas. Pois para garantir a subsistência da cidade é extremamente necessário que ela possua aldeias, e poções de vida rural anexa, que são responsáveis pelo abastecimento da mesma.

Uma cidade é a concentração de pessoas e de casas próximas, porém ela nem sempre está cheia de gente. Para os franceses é necessário no mínimo 2 mil habitantes para que haja uma cidade, já para os ingleses esse número é maior 5 mil pessoas aglomeradas. Supõe-se que destes habitantes a metade more na cidade e outra metade no campo, porém é quase impossível classificar o grau de urbanização das diversas regiões da Europa.

Desde a origem e também com o passar dos anos, o problema principal das cidades foi sempre o mesmo, uma divisão do trabalho mal definida entre o campo e os centros urbanos. A cidade é claramente o mais forte dos lados deste impasse, porém nem sempre ganha essas lutas de classes. O meio rural é detentor do processo de produção, que progride constantemente, e que de certa forma autoriza a cidade a se sobressair sobre o mesmo. Em relação ao povoamento acredita-se que tanto nas cidades quanto no meio rural ocorreu no mesmo momento, e o rural até mesmo antes.

Uma vez que existe a cidade, à agricultura propaga-se rapidamente em seus arredores. Cidade e campos obedecem a certos conceitos de convivência: “eu te crio, tu me crias; eu te domino, tu me dominas; eu te exploro, tu me exploras” (BRAUDEL, 2005, p. 444 e 445).

No século XVII, abandona-se a busca por lucros nos mares e investe-se cada vez mais nos campos. Portanto o campo e a cidade se tornaram simultaneamente a mesma esfera, com aproximações e separações. Contudo, o campo possuiu uma grande responsabilidade que é a de abastecer a cidade e seu comércio, pois quanto maior for o número de habitantes maior deve ser a produção de recursos.

Havia diversas pequenas cidades, onde a atividade rural predominava. Porém no período da colheita toda a população (homens), abandonava seus trabalhos cotidianos e partiam para ajudar nas atividades do campo. O que é certo é que a cidade nunca abandonou completamente o campo, e que o campo nunca deixou de certa forma as atividades industriais.

Uma cidade não pode existir sem que haja o fornecimento adequado de pessoas. Indivíduos que em sua maioria são atraídos até as cidades pelos melhores salários e pela suposta liberdade, entre outras coisas. Neste momento os estrangeiros são responsáveis pelos trabalhos pesados e sofridos, porém, estas cidades não recebem somente os miseráveis, existiam recrutas que traziam de outras cidades pessoas de alto escalão.

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