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Oligopsonio

Por:   •  12/4/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.218 Palavras (5 Páginas)  •  2.404 Visualizações

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Oligopsônio

Introdução:

Procuramos desmembrar a estrutura do mercado oligopsônico,  relacionando-o com os conceitos básicos da elasticidade, e também definindo como e por que pode sofrer interferência do governo. Em cada definição, expomos exemplos de situações que existem atualmente nesse tipo de mercado para um maior entendimento.

1.Oligopsônio

1.1 Conceito:

É um mercado de concorrência imperfeita existente na microeconomia, caracterizado pela existência de um pequeno grupo de compradores, ou mesmo que haja um grande número, uma pequena parte domina uma parcela muito significativa das compras ocorridas no mercado de determinados produtos. Há duas formas de oligopsônio:

Quando indústrias vendem para indústrias, temos o oligopsônio bilateral. Um exemplo é quando siderúrgicas vendem aço para as automobilísticas; estas poucas grandes empresas têm poder oligopsônista em relação às siderúrgicas, uma vez que compram a maior parte da sua produção.

Quando poucas e grandes empresas negociam com muitas pequenas empresas produtoras. É comum encontrar esta forma de oligopsônio entre indústrias alimentícias e seus fornecedores, como por exemplo, os fabricantes de massa de tomate, que compram tomates de muitos pequenos produtores.

É Justamente por serem poucos em relação aos fornecedores, que os compradores oligopsonistas dominam o mercado, determinando os preços, e variando apenas a quantidade comprada dependendo da elasticidade da oferta dos bens.

No oligopsônio, o produtor terá que controlar os preços não só da quantidade que ele próprio demanda como também da quantidade demandada pelos outros fornecedores, pois, não acompanhando o mercado, prejudicará a sua demanda individualmente, ou seja, se o seu preço estiver maior do que o determinado no mercado, a sua demanda cairá.

 

2. O mercado oligopsônico em relação à elasticidade da demanda e da oferta:

Elasticidade é quando falamos que o consumo de determinado bem é elástico em relação ao preço, ou seja, que os consumidores de um determinado bem são sensíveis à alteração de seus preços. No entanto, se o preço subir, os consumidores diminuirão de forma significativa à quantidade procurada do bem.

No mercado oligopsônico, não haverá esta perda significativa na procura, pois são os compradores que influenciarão no preço, podendo, então, determinar um preço menor no mercado, sem variar o consumo.

Um exemplo é o mercado de cacau, dominado pelas empresas: Cargill, Archer Daniels Midland e Callebaut que são responsáveis pela compra de maior parte da produção dos produtores de cacau. Se nesse mercado, por exemplo, for determinado que o preço do kg do cacau caísse de R$ 1,00 para R$ 0,50, não havendo variação na quantidade demandada que era de 2000 kg por dia, a elasticidade do preço da demanda será igual a “zero”, pois:

(Q2-Q1)/[(Q2+Q1)/2] / (P2-P1)/[(P2+P1)/2]

(2000-200)/[(2000+2000)/2] / (1-0,5)/[(1+0,5)/2]

0/0,7 = 0

Portanto, é perfeitamente inelástica, onde, por mais que o preço mude, a quantidade demandada continuará a mesma.

3. A influência do governo no oligopsônio

3.1 O AUMENTO DO CIGARRO

3.2 Ministério adia reajuste sobre cigarro para 2012 

Brasília - O governo adiou para o início de 2012 o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre cigarros. A informação foi dada em curta nota do Ministério da Fazenda, que não informou a data exata do reajuste e nem o motivo do adiamento. Em agosto, a Receita Federal informou que o preço do cigarro subiria 20% a partir de dezembro. O reajuste chegará a 55% em 2015. Também foi anunciada uma política de preços mínimos para a comercialização de cigarros, que passa a ser de R$ 3 a partir de dezembro. Até 2015, sobe para R$ 4,50. Atualmente não existe preço mínimo para a venda do produto.


A decisão de elevar o tributo sobre o cigarro foi tomada para compensar parte da perda de receita provocada pelos novos benefícios concedidos à indústria. O impacto final nas contas públicas com as desonerações será de R$ 24,5 bilhões em 2011 e 2012 com a nova política industrial.

 
Segundo a Receita Federal, essa elevação no IPI irá fazer com que a arrecadação desse tributo sobre cigarro passe dos R$ 3,6 bilhões para R$ 7,7 bilhões em 2015, um aumento de 105%. No ano passado, o cigarro gerou uma arrecadação de R$ 6 bilhões para a Receita Federal.


Atualmente, existe apenas um regime fiscal para a tributação dos cigarros e a carga total incidente sobre o preço do produto é de 60%. A alíquota do IPI por maço varia de R$ 0,76 a R$ 1,30. No inicio de agosto, no entanto, o governo publicou uma medida provisória que cria duas novas formas de tributação para os fabricantes de cigarros: o regime geral e o regime especial.


Até o fim de novembro, as empresas terão de escolher por um dos dois sistemas. No primeiro caso, cada maço de cigarro terá recolhimento de 45% de IPI. Com isso, a carga tributária sobre o produto, incluindo PIS/Cofins e ICMS, sobe para 81%. Já no regime especial, o IPI começa em 6% e sobe para 9% até 2015. Além disso, será cobrado um valor fixo que também será reajustado nesse período.
Nesse sistema, a tributação será regressiva, ou seja, quanto maior for o preço do maço de cigarro, menor será a carga tributária sobre ele. Se o preço no varejo for de R$ 3, por exemplo, a carga será de 72%. No produto de R$ 5, o peso dos tributos cai para 60%. A expectativa da Receita Federal é que todas as empresas fabricantes façam a adesão ao regime especial, no qual a tributação será menor
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