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Por:   •  30/9/2015  •  Relatório de pesquisa  •  856 Palavras (4 Páginas)  •  141 Visualizações

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Conforme podemos perceber ao longo da leitura proposta, privilegiando a referência analisada em forma de verbetes de autoria de Norberto Bobbio, um escritor político, historiador e defensor da democracia socialista liberal e do chamado positivismo legal marxista, além de leituras complementares e de apoio, fazem-nos entender o grau de complexidade do termo populismo e os múltiplos significados que ele assume sob tudo nas chamadas ciências sociais. Na grande maioria das vezes, em análises políticas e sociológicas populismo assume um significado de forma de governo sem dispor a priori de uma formulação teórica mais densa e concisa.

Conforme apresentado no Dicionário de Política organizado por Bobbio, juntamente com, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino, o populismo enquanto termo empírico e positivo de difícil de caracterização assume diferentes conotações em conjunturas políticas. Para elucidar essa exposição, Bobbio faz menção ao termo em estudo da seguinte forma:

"O Populismo não consta efetivamente com uma elaboração teórica orgânica e sistemática. Muitas vezes ele está mais latente do que teoricamente explícito. Como denominação se amolda facilmente, de resto, a doutrinas e fórmulas diversamente articuladas e aparentemente divergentes, mas unidas no mesmo núcleo essencial, da referência recorrente ao tema central, da oposição encarniçada a doutrinas e fórmulas de diversa derivação." (Norberto, Bobbio. 2000 p. 981-982).

No populismo englobando o povo como indivíduo intrínseco da história, dentro de um determinado território de forma qualitativa, as chamadas massas populares geralmente não possuem uma estrutura cristalina, uma ordenação, pois na grande maioria das vezes os elementos nela inseridos ainda não adquiriram a consciência de classe, estando suscetíveis a dominações retóricas ou sendo engendradas em ideologias políticas arbitrárias.

A verdade é que hoje o populismo apresenta-se como um meio utilitário sobre tudo nas democracias liberais capitalistas, além de terem fomentado ditaduras militares no passado. Populismo e militarismo apresentam-se de forma elementar no capitalismo e é menos uma alternativa do que uma forma de equilíbrio ao governo burguês. Uma gama de eventos, governos e regimes de cunho populista são enfatizadas no dicionário de Bobbio, com tudo, fica mais facilmente observável o uso popular das massas nos regimes totalitário nazista e fascista além das diversas formas de autoritarismo latino americanos fazendo evidenciar a problemática representacional do termo populismo.

Evidencia-se dessa forma, os desafios de se formular uma linha de análise precisa do populismo, segundo o autor italiano:

"Com o militarismo e o fascismo, o Populismo partilha, fundamentalmente, da mesma falta de organização ideológica, do ecletismo e, até certo ponto, do desprezo pela ordem constituída e pelas formulações ideológicas; por isso, ele também se apresenta como contestação do sistema e como uma anti-ideologia. Constitui uma resposta à abordagem ideológica e à problemática política: a estruturação ideológica é considerada, seja qual for a sua origem, como mistificante e ilusória. A ideologia populista se reduz, portanto, a um núcleo suscetível de variações mesmo radicais, por motivos pragmáticos." (Norberto, Bobbio. 2000 p. 984).

Talvez seja mais prático em linhas gerais, explicar o populismo em suas características enquanto integrante de um fenômeno político e social. Para tal análise, será considerado aqui nesta resenha baseado nas interpretações de Bobbio e de forma concisa os acontecimentos que influenciam predispõe o aparecimento do populismo.

Segundo esse modelo de levantamento sucinto com vistas a um entendimento mais cabal e realístico do termo em estudo, temos de compreender que o populismo é observado em inúmeras sociedades em processo de modernização. A modernidade social principalmente no que tange a sociedades agrárias gerou um processo de transição destas para sociedades industriais. As grandes massas camponesas migram para os meios urbanos e num processo gradual se tornam membros de uma nova classe: a operária.

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