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Metodo Custeio

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Por:   •  3/5/2014  •  5.630 Palavras (23 Páginas)  •  501 Visualizações

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MÉTODOS DE CUSTEIO: UMA FERRAMENTA PARA PRECIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO.

Palavras-chave: sistemas – gestão – custos – custeio-decisão

Tema do trabalho: El Costo y la toma de decisiones

Resumo

O presente estudo foi idealizado com o objetivo de apresentar uma síntese dos conceitos dos métodos de custeio existentes na literatura, bem como mostrar quão importante são cada um deles, pois todos possuem vantagens e desvantagens, cabendo ao contador de custos apenas fazer a análise e apresentar a informação adequada para cada tipo de decisão a ser tomada.

Para a consecução desse opúsculo, em nenhum momento os autores tiveram a intenção de esgotar o assunto, ou mesmo, afirmar qual o melhor método para essa ou aquela atividade empresarial, simplesmente foi objetivado fazer uma coletânia do referencial bibliográfico existente, trazendo a contribuição dos diversos autores que estão publicando nessa área para, num mesmo material, agrupar as principais idéias desses pensadores, mostrando que tipo de decisão pode ser tomada com cada tipo de informação gerada por cada tipo de método de custeio.

MÉTODOS DE CUSTEIO: UMA FERRAMENTA PARA PRECIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO.

O patrimônio em ação gera produção, renda, oferecimento de bens e serviços. Tal ação tem seu preço, ou melhor, aglomera custos e despesas.

O custo é a base para que haja produção, produção esta que pode ter como finalidade a criação de bens ou serviços a serem ofertados para um mercado. Em muitos casos, o controle de custos está intimamente relacionado com a excelência na administração dos estoques e na produtividade de máquinas e da mão de obra. Em outros casos, principalmente em empresas de prestação de serviços, outros fatores se tornam mais vistosos, como por exemplo, a excelência no desenvolvimento e aplicação de critérios de rateio.

Pode-se afirmar que a contabilidade de custos baseia-se na mensuração de estoques e produtividade e na utilização de critérios de rateio.

Alguns autores afirmam que o ramo de custos é o maior esforço para tornar a contabilidade uma ferramenta gerencial. A pretensão é trazer para o sistema contábil a incumbência de controlar, determinar e fornecer dados para a alteração dos custos de produção, para o conhecimento do real valor de cada produto ou serviço gerado e dar maior tranqüilidade aos administradores.

1 . BREVE HISTÓRICO SOBRE A CONTABILIDADE DE CUSTOS

Para se entender os métodos de custeio faz-se necessário um comentário sobre sua origem, ou seja, sua história para que se possa compreender a sua utilização e depois adapta-los para os tempos modernos.

Não há como falar em contabilidade de custos sem referir-se à gerencial, pois, esta se utiliza daquela para gerar informações. Logo, estão interligadas e seu surgimento é o mesmo, É unânime entre os autores que o ápice da contabilidade de custos e/ou gerencial se deu com a revolução industrial (séc. XVIII). O cenário da época imediatamente anterior a revolução consistia em transações comerciais entre o proprietário da empresa e o consumidor final, ou seja, geralmente quem fabricava também comercializava, a empresa da época não possuía nível hierárquico, tampouco funcionários com salários. Os bens de consumo eram fabricados na maioria das vezes artesanalmente.

Com o advento da revolução industrial, as empresas que até então fabricavam quase por encomenda se viram diante da necessidade da fabricação em escala e, para tanto, passou-se a contratar funcionários assalariados e comprar matéria prima em maior quantidade, gerando estoques. Esta fabricação em escala levou a uma nova realidade, pois, de meros donos-vendedores do seu próprio trabalho, os empresários tiveram que organizar suas empresas em níveis hierárquicos.

Como até então os empresários formavam seu preço de venda com base no valor pago ao seu fornecedor, visto que seus insumos eram basicamente mão de obra, na maioria das vezes própria, e matéria prima, a partir da produção em escala criou-se uma demanda por informações contábeis para se chegar ao preço de venda. Segundo JOHNSON (1996 p. 6): “Na falta de informações de preços dos processos de transformação ocorrido dentro de suas organizações, os proprietários criaram indicadores que sintetizassem a eficiência com a qual a mão de obra e matéria prima eram convertidos em produtos acabados, indicadores servindo também para motivar e avaliar os gerentes que supervisionavam o processo de transformação”. Neste cenário que se começa a perceber os primeiros indícios da contabilidade gerencial que ao que consta eram bastante simples, porém, atendia às necessidades da época.

Com o progresso da indústria e com as grandes invenções como as ferrovias e o telégrafo, as empresas agora podiam expandir seu mercado para outras localidades, porém, nota-se que não houve grandes mudanças no setor da contabilidade gerencial, as grandes empresas começaram a necessitar de maior número de informações e com qualidade para administrar seus negócios, verificar o desempenho de cada setor da empresa. Criou-se então, a demanda por indicadores diversos e distintos conforme a área de atuação da empresa para planejamento e controle, no que diz respeito à eficiência de suas atividades de compra, formação de preço de venda enfim, surgiram a partir desta demanda novos índices, tais como margem bruta por departamento e giro de estoque.

Portanto observa-se que a contabilidade gerencial não teve a finalidade primeira de medir lucros, mas sim a eficiência departamental que não se percebia um grande interesse em saber o lucro, mas se o sistema operacional era eficaz. Pode-se dizer que a escrituração era feita à parte por outro setor, e os sistemas gerenciais e financeiros eram independentes.

Uma grande evolução das contabilidades gerencial e de custos observa-se já no final do século XIX, quando as empresas começaram a diversificar seus negócios, passaram a fabricar e comercializar os produtos, ou seja, as empresas que antes apenas precisavam de indicadores para medir a eficiência ou eficácia de seu centro de produção, agora se vê diante de uma realidade na qual torna-se importante saber se é mais importante fabricar outro produto ou vender seu próprio produto.

Com a diversificação, a gerência precisa cada vez mais de números

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