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A Etnocentria

Por:   •  20/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.163 Palavras (9 Páginas)  •  261 Visualizações

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A etnocentria, assim nomeado pelos antropólogos, consiste em observar, analisar e descrever um determinado grupo. Para tal ação, o antropólogo precisa estar em contato direto com o grupo, para assim poder vivenciar de perto os costumes e tradições dessas pessoas. E claro, o antropólogo precisa sempre ter uma visão imparcial e sem interferência da sua própria cultura em suas analises e descrições.

Essa análise possibilita uma nova perspectiva sobre algum grupo. Podendo assim levar à sociedade, baseado em fontes reais e confiáveis, outra ideia de como de fato essas pessoas são, se organizam e convivem entre si.

O texto a seguir será um relato sobre o povo judeu, porém de uma forma fora do senso comum. Mostrando que eles são um povo com uma cultura riquíssima, de ligações fortes e comprometimento com seus deveres perante a sociedade.

Por começar por sua língua, ou melhor, dizendo, suas várias línguas. Por terem sido um povo nômade por vários anos, isso implicou na criação e agregação de vários idiomas de onde eles se localizavam. A mais conhecida é o Hebraico (que originou a denominação ‘hebreus’, um possível nome para referir-se ao povo judeu). Esse idioma possui um alfabeto próprio e uma peculiaridade, se escreve da direita para esquerda e suas vogais não são representadas por outras letras, mas sim pontos.

Outra é o aramaico, de origem semítica pertencente à família afro-asiática e que tem seu nome baseado em Aram, nome de uma região Síria. Essa foi uma língua de bastante importância, pois foi a o idioma de vários impérios da antiguidade, além de ser o idioma de várias partes do Talmude (uma coletânea de livros sagrados para os judeus).

O Dzhidi ou judeu-persa, é um conjunto de idiomas falado por judeus que têm origem no atual território do Irã. Já o Iídiche vem do indo-europeu e falado por judeus em geral da Europa Central e Oriental. Esse, após algum tempo, passou a usar as letras do hebraico. Ele, apesar de um idioma antigo usado principalmente pelos judeus mais ortodoxos, é falado em diversos países como em Israel, Canadá, Alemanha, Brasil, Rússia e Estados Unidos, por exemplo. Além disse, é o idioma oficial de países como Polônia, Suécia e Ucrânia.

Textos escritos em Hebraico, Aramaico e em Dzhidi, respectivamente.

Pelos diferentes idiomas que ligam os judeus, é possível perceber que até eles conseguirem se estabelecer no atual Estado de Israel, eles passaram por diversas situações, envolvendo guerras territoriais (que se estendem até hoje) e dominações. Isso influenciou pesadamente na propagação e integração de sua cultura em outros povos e vice-versa.

Mesmo depois de inúmeros ataques, saques e sacrifício do povo judeu, eles permanecem hoje como um dos grupos de pessoas mais antigas da história. Isso se deve à base de seu povo estar constituída na cultura e história deles, e não no simples fato de terem um território nacional. Graças a sua cultura e sua fé forte, eles conseguiram sobreviver milênios de anos, mesmo sendo escravizado por muito tempo.

Apesar de ser um povo com uma história de sofrimento e humilhação constante, os judeus são por natureza, bem festivos, alegres e seguem várias tradições e costumes de seus ancestrais e instruções dadas pelo Deus deles, o Deus de Israel.

Sendo um grupo de pessoas diferente, seu calendário segue a mesma regra. Enquanto escrevo isso em setembro de 2017, eles, por sua vez, se preparam para entrar no ano de 5778. Só pela contagem dos anos pode-se perceber que eles se formaram há bastante tempo.

O ano novo não é uma simples festa de passagem de um ano para outro. Os judeus deram toda uma simbologia e uma importância para essa data festiva. Intitulada de “Rosh Hashaná” (em hebraico ראש השנה , literalmente "cabeça do ano"). Essa festa, além de ser o Ano Novo Judaico, ele também é o que os judeus chamam de “Dia do Julgamento”, quando Deus, individualmente, julga todos os judeus com base em suas ações no ano que se passou. Com esse julgamento se estabelece um decreto para o próximo ano.

Esse festival é caracterizado pela ‘mitzvah’, que em português seria ‘mandamento’. Também se toca o shofar, um instrumento tipicamente judeu que é um chifre de algum animal, muito comumente chifre de carneiro. Além do toque, eles comem maçã com mel, para simbolizar e desejar que todos tenham um ano doce e bom. Um fruto típico dessa comemoração é a romã, que significa que a pessoa tenha um ano muito próspero com muita fartura (representada pelas várias sementes que possui uma romã)

Considerado pela Mishná como o novo ano para calcular os anos do calendário, leis de shmita (ano sabático) e o Jubileu, dízimos de vegetais, e plantação de árvores (para determinar a idade de uma árvore).

De acordo com uma opinião da Torah Oral (a tradição oral judaica), a criação do Mundo foi completada no Rosh Hashaná. A recitação de Tashlikh ocorre durante a tarde do primeiro dia. O Judaísmo ortodoxo celebra dois dias de Rosh Hashaná, tanto em Israel como na Diáspora. Os dois dias juntos são considerados um yoma arichta, um "dia longo" único. Um número significativo de comunidades judaicas reformistas celebra apenas um dia de Rosh Hashaná.

O “Aseret Yemei Teshuva” (do hebraico עשרת ימי תשובה, dez dias de arrependimento), são os dez primeiros dias do ano judaico, que vai desde o primeiro dia de Rosh Hashaná e vai até o úlitmo dia de Yom Kipur. Esse período é bom que os judeus se sintam arrependidos e que reflitam sobre suas ações e se arrependam se seus erros e pecados cometidos no ano anterior, senod direcionados à alguém ou à Deus.

Eis então que chega o já mencionado “Yom Kippur”, que a tradução seria ‘Dia do Perdão’ e em hebraico é יום כפור. Esse dia é o mais sagradoe solene dia do ano. Como já dito, esse dia é destinado ao perdão e também à reconciliação. Além do arrependimento, eles também estão proibidos comer, beber, tomar banho, untar-se com óleo e terem relações íntimas. O jejum começa ao pôr-do-sol e termina no início da noite do dia seguinte.

Os serviços religiosos de Yom Kippur começam com a reza conhecida como Kol Nidrei, que tem de ser recitada antes do pôr-do-sol. Kol Nidrei, que em Aramaico significa "todos os votos", é a anulação pública de votos ou juramentos religiosos feitos por judeus durante o ano anterior. Apenas diz respeito a votos não cumpridos, feitos entre a pessoa e Deus, e não cancela ou anula os votos feitos entre pessoas.

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