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Por:   •  27/3/2015  •  1.579 Palavras (7 Páginas)  •  272 Visualizações

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RESUMO

O presente trabalho, visa classificar e descreve os sistemas de produção, traçando um panorama da evolução da pecuária de corte brasileira nas últimas décadas, parte financeira relativa ao sistema de produção escolhido, bem como a estrutura e os aspectos gerais dos abates de bovinos no País. Os sistemas de produção de gado de corte no País são fundamentalmente alicerçados na utilização de pastagens, entretanto sistemas mais intensivos, sejam por meio de suplementação alimentar em regime de pasto ou pelo uso de confinamento, têm se tornado cada vez mais importantes na região Centro-Oeste.

INTRODUÇÃO

Desenvolvida em todos os Estados e ecossistemas do País, a pecuária de corte brasileira apresenta uma ampla gama de sistemas de produção. Estes variam desde uma pecuária extensiva, suportada por pastagens nativas e cultivadas de baixa produtividade e pouco uso de insumos, até uma pecuária dita intensiva, com pastagens de alta produtividade, suplementação alimentar em pasto e confinamento. Entretanto, qualquer que seja o sistema de produção, a atividade caracteriza-se pela predominância de uso de pastagens.

Independente do grau de intensidade dos sistemas, os rebanhos apresentam uma predominância dos genótipos zebuínos, em especial da raça Nelore, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, e os taurinos predominam na região Sul, destacando-se as raças Hereford, Aberdeen Angus, Simental e Charolês.

A bovinocultura de corte e leite engloba cerca de 225 milhões de hectares e um rebanho da ordem de 195,5 milhões de cabeças, distribuído em 2,7 milhões de propriedades. (EMBRAPA)

A bovinocultura de corte e leite engloba cerca de 225 milhões de hectares e um rebanho da ordem de 195,5 milhões de cabeças, distribuído em 2,7 milhões de propriedades. (EMBRAPA)

Distribuição regional do efetivo bovino

O Brasil está subdivido em cinco grandes regiões geográficas com vinte seis Estados e um Distrito Federal (Fig. 1; Tabela 1). Os Estados estão subdivididos em microrregiões, as quais totalizam 568 e que serão tomadas como base de agregação de alguns dados neste trabalho. A região Norte, embora ocupando 45% do território do país, é a menos desenvolvida.

Caracterização das atividades e dos sistemas de produção

As atividades econômicas da pecuária de corte são caracterizadas pelas fases de cria, recria e engorda, as quais são desenvolvidas como atividades isoladas ou combinadas de forma a se complementarem, a saber:

• Cria – compõe-se do rebanho de fêmeas em reprodução, podendo estar incluída a recria de fêmeas para reposição, para crescimento do rebanho e para venda. Todos os machos são vendidos imediatamente após a desmama, em geral com 7 a 9 meses de idade. Além dos machos desmamados, são comercializados bezerras desmamadas, novilhas, vacas e touros. Em geral, as bezerras desmamadas e as novilhas jovens (1 a 2 anos) são vendidas para reprodução, enquanto as novilhas de 2 a 3 anos, as vacas e os touros descartados se destinam ao abate.

• Cria e recria – difere da anterior pelo fato de os machos serem retidos até 15 a 18 meses de idade, quando então são comercializados. Estes são comumente denominados garrotes.

• Cria, recria e engorda – considerada como atividade de ciclo completo, assemelha-se às anteriores, porém os machos são vendidos como bois gordos para abate, com idade de 15 a 42 meses, dependendo do sistema de produção em uso.

• Recria e engorda – essa atividade tem início com o bezerro desmamado e termina com o boi gordo. Entretanto, em função da oferta de garrotes de melhor qualidade, também pode começar com esse tipo de animal, o que, associado a uma boa alimentação, reduz o período de recria/engorda. O mesmo ocorre com bezerros desmamados de alta qualidade. Embora essa atividade tenha predominância de machos, verifica-se também a utilização de fêmeas.

• Engorda (terminação) – nas décadas passadas foi exercida pelos chamados “invernistas”. Estes se localizavam em regiões de boas pastagens e aproveitavam a grande oferta de boi magro (24 a 36 meses de idade) da época. Atualmente, encontra-se bastante restrita como atividade isolada,

sendo desenvolvida por um número reduzido de pecuaristas que também fazem a terminação de fêmeas. Essa mudança de cenário deve-se à expansão das áreas de pastagens cultivadas em regiões onde tradicionalmente não existiam e, por conseqüência, à redução da oferta de boi magro.

Descrição geral dos sistemas de produção, segundo o

regime alimentar

A dimensão continental do País, a variedade de ecossistemas e a diversidade socioeconômica das regiões e do universo de produtores fazem com que a pecuária de corte brasileira apresente uma gama considerável de sistemas de produção de carne bovina. Tipificar e descrever toda essa variabilidade, além de extremamente trabalhoso, não faz sentido no contexto deste trabalho, tendo em vista que a transmissibilidade da encefalopatia espongiforme bovina se dá, eminentemente, por meio da alimentação. Por isso, optou-se por classificar e agrupar os sistemas de produção segundo os “regimes alimentares” dos rebanhos predominantes no País. Neste sentido, as seguintes categorias foram consideradas como “pontos de corte”: a) sistema extensivo - regime exclusivo de pastagem; b) sistema semi-intensivo - pastagem mais suplementação em pasto; e c) sistema intensivo - pastagem mais suplementação e confinamento.

Essa abordagem permite, de forma abrangente, diferenciar os sistemas de produção em uso no País, descrevendo os principais componentes de cada grupo. Para facilitar o entendimento, a apresentação inicia-se por uma caracterização geral, seguida de uma descrição detalhada dos alimentos suplementares, seus consumos por categoria animal, épocas de utilização, origem/fonte e formas

de produção e aquisição. Por último, expõe-se a distribuição espacial desses sistemas.

Ressalta-se que, independente do grau de intensificação dos sistemas, todos estão sob o controle da defesa e da vigilância sanitária oficial, sob a coordenação nacional do Mapa, e operacionalizada, nos Estados, diretamente, pela Superintendência Federal da Agricultura – SFA – ou pelas Agências Estaduais de Defesa e Vigilância Sanitária, sob a coordenação das SFAs locais. Além disso, à medida

que

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