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Homo Sapiens Homo Faber

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Por:   •  15/8/2014  •  474 Palavras (2 Páginas)  •  1.045 Visualizações

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Homo sapiens, homo faber

Quando nos referimos ao

homo sapiens

, enfatizamos a característica humana de conhecer arealidade, de ter consciência do mundo e de si mesmo. A denominação

homo faber

é usada quando nosreferimos à capacidade de fabricar utensílios, com os quais o homem só torna capaz de transformar anatureza.

Homo sapiens

e

homo faber

são dois aspectos da mesma realidade humana. Pensar e agir sãoinseparáveis, isto é, o homem é um ser técnico porque tem consciência, e tem consciência porque é capaz deagir e transformar a realidade.Em decorrência, a maneira como os homens agem para adequar a natureza aos seus interesses desobrevivência influi de modo decisivo na construção das representações mentais por meio das quaisexplicam essa realidade. Da mesma forma, tais construções mentais tornam possíveis as alteraçõesnecessárias para adaptar as técnicas à solução dos problemas que desafiam a inteligência humana.

Técnica e ciência

Um esforço imenso é despendido pelo homem no domínio da natureza. Na medida do possível,alguns reservam para si as funções leves e encarregam outros do trabalho mais penoso. A predominância deescravos e servos no exercício das atividades manuais sempre levou à desvalorização desse tipo de trabalho,enquanto apenas as atividades intelectuais eram consideradas verdadeiramente dignas do homem.Os romanos, retomando a tradição da Grécia, chamavam de ócio (

otium

) não propriamente aausência de ação, mas o ocupar-se com as ciências, as artes, o trato social, o governo, o lazer produtivo. Aoócio opunham o negócio (o

nec otium

, ou seja, a negação do

otium

), enquanto atividade que tem por funçãosatisfazer as necessidades elementares. Evidentemente é o ócio que constitui para eles o ser próprio dohomem, e alcançá-lo era privilégio reservado a poucos.Tal maneira de pensar supõe a existência da divisão social com a manutenção do sistema escravistaou da servidão. Mesmo Aristóteles sabia disso, e diz, em sua Política, que haveria escravidão enquanto aslançadeiras não trabalhassem sozinhas.A partir do final da Idade Média surge uma nova concepção a respeito da importância da técnica.Antes desvalorizada, ela torna-se o instrumento adequado para transformar o homem em "mestre e senhor danatureza".Averiguando as circunstâncias sociais e econômicas que possibilitaram uma mudança tão decisiva para a história da humanidade, encontramos no surgimento da burguesia os elementos que tomaramnecessária a nova maneira de pensar e agir. Os burgueses, ligados ao artesanato e comércio, valorizavam otrabalho e tinham espírito empreendedor. Ora, o sucesso e enriquecimento desse novo segmento social passam a exigir cada vez mais o concurso da técnica para a ampliação dos negócios: construção de naviosmais ágeis, utilização da bússola para a orientação nos mares em busca de novos portos, aperfeiçoamento

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