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Movimentos Sociais

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Por:   •  7/11/2014  •  2.640 Palavras (11 Páginas)  •  555 Visualizações

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Universidade Anhanguera - UNIDERP

Centro de Educação a Distância

Cínthia Afonso da Silva RA – 303970

Débora dos Santos Pinto RA– 303969

Geane Soares de Sousa Santos RA – 304035

Vaneilde Borges de Melo RA – 304064

Movimentos Sociais

Professora: Ma. Edilene Xavier Rocha Garcia

Grajaú – MA

13/05/2014

Introdução

Movimento social é uma expressão usada para denominar tecnicamente a organização e movimentos feitos por pessoas e pela sociedade ( SANTOS, 2004: 17 ). A categoria é ampla e pode congregar, dependendo dos critérios de análise empregados, organizações voltadas para a promoção de interesses morais, éticos, políticos, ideológicos, entre outros. A realidade dos movimentos sociais é bastante dinâmica e nem sempre as teorizações têm acompanhado esse dinamismo dos diversos movimentos sociais: associação de demoradores, movimentos em defesa da vida, em defesa dos direitos e humanos e no caso da República do Pequeno Vendedor, em defesa dos direitos das crianças e adolescentes.

Apesar dos movimentos sociais serem frutos de determinados contextos históricos e sociais, duas definições conceituais clássicas são as mais comumente aceitas. A primeira delas (1974 ) é a de controle de ação histórica de Alain Touraine, ou seja, para ele, os movimentos sociais são as ações conflitantes dos agentes das classes sociais ou da luta de classes. A segunda, de Manuel Castells(1977), diz que movimentos sociais são sistemas de práticas sociais contraditórios de acordo com a ordem social urbana/rural, cuja natureza é a de transformar a estrutura do sistema, seja através de ações revolucionárias ou não.

Na primeira parte do Livro-Texto de Maria da Graça Gohn são destacados cinco pontos de diferenciação dos movimentos sociais atuais em relação aos do passado, quais sejam:

• Houve redefinição na sua própria identidade e na qualificação do tipo de suas ações. Esta mudança está menos focada em pressupostos ideológicos, como no passado, e mais nos vínculos de integração com esferas da sociedade, organizadas segundo critérios de cor, raça, gênero, habilidades e capacidades, bem como de conscientização e geração de saberes. Além disso, os movimentos sociais da atualidade, ao atuarem num cenário contraditório, em que políticas, programas e projetos podem engessá-los, discutem e problematizam a esfera pública com vista à construção de novos modelos organizativos;

• Os movimentos do passado possuíam papel essencialmente universalizante, uma vez que lutavam pelo “direito a ter direitos” (p. 17). Mas, hoje, o que se busca é o reconhecimento e o respeito às diferenças e às demandas e características particulares, representados pelos movimentos identitários. Atualmente existe grande variedade de organizações, articulações, projetos e experiências, refletindo a ampliação do leque dos movimentos sociais;

• O próprio Estado está reconfigurando as suas relações com a sociedade e gradualmente reconhecendo a existência desses novos sujeitos coletivos. No entanto, conforme Gohn aponta, disso decorre uma inversão de papéis: ao estabelecer relações com os movimentos sociais, o Estado passa a exercer uma influência política “de cima para baixo”, retirando deles o seu caráter político e de pressão. Em outras palavras, os movimentos sociais passam a sofrer forte influência e até mesmo controle das estruturas políticas do Estado, que transformam as identidades políticas dos movimentos, e fazem com que a demanda coletiva seja suplantada por uma série de outras demandas específicas, isoladas e débeis. E, em decorrência, o Estado torna-se o único ponto de integração e convergência.

• Com a alteração do formato das mobilizações neste milênio e a ampliação dos sujeitos coletivos, os movimentos sociais estão agora dispostos em redes associativas, graças à profusão de novas tecnologias de comunicação. Isso decorre também do alargamento das fronteiras dos conflitos, como a questão migratória e imigratória e de acesso a recursos estratégicos, como água, energia, terra, etc. Esses conflitos, por sua vez, deixam de ter somente como eixo os Movimentos Sociais x Estado, e referenciam-se em novos eixos, incluindo corporações e outros agentes econômicos interessados em tais recursos.

• Continuam prevalecendo grandes lacunas na produção teórica e acadêmica acerca dos movimentos sociais, apesar de sua recorrente presença na literatura das Ciências Sociais. Tais lacunas dizem respeito ao próprio conceito de movimento social e englobam: a sua qualificação como novos; a sua distinção de outras ações coletivas ou organizações sociais, como as ONGs; as conseqüências de sua institucionalização; e o seu papel no atual momento histórico. Estas lacunas têm dificultado o entendimento e o mapeamento corretos da categoria movimentos sociais, a qual se vê suplantada pela categoria mobilização social, que pode ser entendida como simples participação e cooperação muitas vezes induzidas por estruturas políticas externas a ela.

Permanências e mudanças dos movimentos sociais na atualidade

Vive-se hoje no mundo um acelerado processo de transformações na estrutura econômica. A crescente integração dos mercados mundiais em rede, viabilizado em grande parte pelo avanço tecnológico, ao mesmo tempo que oferece novas oportunidades de negócios, tem, igualmente, aumentado as tensões estruturais principalmente nos países periféricos. Observa-se uma pressão em direção às mudanças, o que tem gerado, desse modo, um reforço das contradições entre ricos e pobres.

A proximidade com esse processo de transformações, entretanto, tem demonstrado que o quadro conceitual existente não vem sendo capaz de oferecer, de maneira satisfatória, explicações sobre esse novo cenário pautado na velocidade das comunicações. Tal incapacidade leva à utilização de metáforas como pós-modernidade, sociedade pós-industrial, aldeia global, fábrica global, globalização etc., cujas limitações interpretativas decorrem, dentre outros fatores, das dificuldades de apreensão das diversas facetas do processo

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