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Por:   •  12/11/2013  •  Seminário  •  1.215 Palavras (5 Páginas)  •  154 Visualizações

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A ciência está presente há séculos nas sociedades humanas. O senso comum tem o costume de associá-la às grandes descobertas tecnológicas e aos estudos dos fenômenos da natureza. Porém, ao contrário do que o conhecimento do senso comum acredita, os profissionais da área da comunicação também integram um campo científico, denominado ciência da comunicação social. O principal objetivo desta ciência é analisar os hábitos e costumes dos seres humanos.

O homem possui uma qualidade especial que o diferencia de todos os outros seres vivos, a razão. Sem a razão, a ciência não existiria. A ciência, tanto a tradicional como a da comunicação social, tem como foco a tentativa de compreender os fenômenos. Além do método científico, existem outras formas de justificar os fenômenos que ocorrem no mundo, como, por exemplo, o pensamento religioso.

Para receber o título de teoria cíentifica, a teoria passa por um longo processo de contestação, no qual todo o conteúdo desenvolvido será analisado e avaliado detalhadamente. As teorias científicas são predominantemente provisórias, ou seja, estão sempre sujeitas a testes que irão julgar a sua veracidade. Nesta aula, apresentaremos dois tipos diferentes de ciência: as ciências naturais e a ciência da comunicação social.

Um dos princípios fundamentais da ciência como conhecimento dos fenômenos naturais é o princípio da uniformidade da natureza, desenvolvido pelo filósofo medieval Roberto Grossetes. Ele dizia que os fenômenos do mundo respondiam a leis específicas e ocorriam a partir de determinados padrões que se repetiam. Sem esses fatores recorrentes, seria impossível desenvolver as teorias científicas. Sabe-se também que os fenômenos ocorrem independentemente dos desejos do ser humano, ou seja, a natureza não muda o rumo de suas ações por escolha própria.

Por todo conhecimento que produz, a ciência torna-se um poderoso instrumento de poder, cujas armas nem sempre são explícitas. As armas da ciência são o conhecimento abstrato, suas teorias, técnicas e todo o aparato tecnológico por ela desenvolvido. Desta maneira, os cientistas podem dominar indivíduos e grupos sociais e até mesmo a natureza, através do poder do conhecimento. O poder sobre o homem e o poder sobre a natureza estão diretamente relacionados.

A grande diferença entre os objetos de estudo dos cientistas da natureza e dos cientistas da comunicação social é que a natureza, diferente do ser humano, não é dotada de razão. A ausência da necessidade de se trabalhar com a razão, no caso dos cientistas naturais, é um fator determinante na distinção das ciências, pois o homem, enquanto ser racional, está o tempo todo adquirindo conhecimento e transformando o seu modo de agir e pensar. Assim, quando se sente ameaçado, pode facilmente alterar suas leis.

O maior desafio do cientista da comunicação social é ter como objeto de estudo o ser humano, seus hábitos e costumes, pois seu adversário não é neutro e imparcial, mas sim ativo e em contante trasformação.

Em 1970, o pesquisador Kuhn publicou em seu livro Revoluções Científicas o termo paradigma. A utilização desse conceito cresceu rapidamente na área científica. O conceito desenvolvido por Kuhn era ambíguo; portanto, passou a ser investigado por outros pesquisadores que discutiram e propuseram novas definições para o termo. A pesquisadora Masterman desenvolveu uma das pesquisas mais relevantes a esse respeito. Ela criou 21 sentidos diferentes para paradigma e os dividiu em 3 grandes grupos: paradigmas metafísicos ou metaparadigmas, paradigmas sociológicos e paradigmas artefatos. Os paradigmas metafísicos ou metaparadigmas referem-se às dimensões epistemológicas do saber; os paradigmas sociológicos, como o próprio nome já diz, equivalem à dimensão sociológica, finalmente o paradigma artefato, equivale à dimensão metodológica.

Após alguns anos, o próprio criador do termo revisa sua obra e propõe um novo conceito para a definição de paradigma, sugerindo uma terminologia intermediária: matriz disciplinar. De toda maneira, Khun nunca chegou a utilizar o termo paradigma nas ciências sociais, pois ele afirmava que este método científico encontrava-se em um período pré-paradigmático. Nos últimos anos, a utlização da terminologia invade a área das ciências sociais, e o termo paradigma passa a ser utilizado como um meio de diferenciar as diversas orientações epistêmicas e metodológicas. Os pesquisadores Guba e Lincoln consideraram e analisaram quatro paradigmas em dimensões distintas: o positivismo, o pós-positivismo, a teoria crítica e o construcionismo. Mesmo com todas as pesquisas desenvolvidas, o termo paradigma continua sendo fruto de grandes contradições, por isso será substituído pelo termo orientações espistêmicas.

Em nossos estudos, distinguiremos três orientações epistêmicas possíveis: (1) a pesquisa tradicional, que origina-se no positivismo e empirismo lógico; (2) a teoria crítica e suas variações, em especial a teoria da ação comunicativa de Habermas, e (3) a orientação agonística.

A pesquisa tradicional, herdada do positivismo, busca o conhecimento pelo conhecimento, não possui um interesse específico. Esta linha científica lida com objetos de pesquisa que não alteram intencionalmente

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