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Bem E O Mal

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Por:   •  5/11/2014  •  1.510 Palavras (7 Páginas)  •  438 Visualizações

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Deus criou o mal?

À primeira vista pode parecer que, se Deus criou todas as coisas, então deve também ter criado o mal. Entretanto, há aqui um pressuposto que deve ser esclarecido. O mal não é uma “coisa”, como uma pedra ou a eletricidade. Você não pode ter um pote de mal! Mas o mal é algo que acontece como o ato de correr. O mal não tem uma existência própria, mas na verdade, é a ausência do bem. Por exemplo, os buracos são reais, mas somente existem em outra coisa. À ausência de terra, damos o nome de buraco, mas o buraco não pode ser separado da terra. Quando Deus criou todas as coisas, é verdade que tudo o que existia era bom. Uma das boas coisas criadas por Deus foram criaturas que tinham a liberdade em escolher o bem. Para que tivessem uma real escolha, Deus deveria permitir a existência de algo além do bem para escolher. Então Deus permitiu que esses anjos livres e humanos escolhessem o bem ou o não-bem (mal). Quando um mau relacionamento existe entre duas coisas boas, a isso chamamos de mal, mas não se torna uma “coisa” que exige ter sido criada por Deus.

Outra ilustração talvez possa ajudar. Se eu fosse perguntar a uma pessoa comum “o frio existe?”, sua resposta provavelmente seria sim. Entretanto, isto não é correto. O frio não existe. O frio é a ausência de calor. Da mesma forma, o escuro não existe. O escuro é a ausência de luz. E ainda da mesma forma, o mal é a ausência do bem, ou melhor, o mal é a ausência de Deus. Deus não teve que criar o mal, mas ao invés disso, apenas permitir que haja a ausência do bem.

Examine o exemplo de Jó em Jó capítulos 1 e 2. Satanás quis destruir Jó, e Deus permitiu que Satanás fizesse tudo, exceto matá-lo. Deus permitiu que isto acontecesse para provar a Satanás que Jó era reto porque amava a Deus, e não porque Deus o tinha tão ricamente abençoado. Deus é soberano, e no controle máximo de tudo o que acontece. Satanás nada pode fazer a não ser que tenha a “permissão” de Deus. Deus não criou o mal, mas Ele permite o mal. Se Deus não houvesse permitido a possibilidade do mal, tanto a espécie humana quanto os anjos estariam servindo a Deus por obrigação, não por escolha. Ele não quis “robôs” que simplesmente fizessem o que Ele gostaria que fizessem por causa de sua “programação”. Deus permitiu a possibilidade do mal para que nós pudéssemos verdadeiramente ter livre arbítrio e escolher se gostaríamos ou não de servi-Lo.

Basicamente, não há uma resposta a estas perguntas que possamos compreender totalmente. Como seres humanos limitados jamais podem compreender inteiramente um Deus infinito (Romanos 11:33-34). Às vezes pensamos que compreendemos por que Deus faz determinada coisa, e mais tarde descobrimos que era para um propósito diferente daquele que havíamos pensado. Deus vê as coisas sob uma perspectiva eterna. Nós vemos as coisas sob uma perspectiva terrena. Por que Deus colocou o homem na terra, se sabia que Adão e Eva pecariam e conseqüentemente trariam o mal, a morte e o sofrimento para toda a humanidade? Por que Ele simplesmente não nos criou e não nos deixou no Céu onde seríamos perfeitos e sem sofrimentos? A melhor resposta que posso pensar é esta: Deus não queria uma raça de robôs sem livre arbítrio. Deus tinha que permitir a possibilidade do mal para que nós tivéssemos a verdadeira escolha de adorar ou não a Deus. Se nunca tivéssemos que sofrer a experiência do mal, saberíamos verdadeiramente quão maravilhoso é o céu?

Deus não criou o mal, mas Ele permitiu o mal. Se não o tivesse permitido, nós estaríamos adorando a Deus por obrigação, não por escolha de nosso próprio livre arbítrio.

Como um Deus bom pode permitir o mal e o sofrimento?

Pode haver várias razões para o sofrimento. Como mortais, não podemos conhecer todas as razões de Deus. Mas, Deus nos ama o bastante para nos dar livre-arbítrio. Nós não somos robôs. Como resultado, as pessoas cometem erros. As pessoas se afastam da bondade perfeita de Deus pelo pecado.

Assim, nossas próprias escolhas às vezes produzem o mal sobre o bem. É impossível para Deus ter criado o homem com livre-arbítrio e o mal não ser uma conseqüência. As escolhas dos outros (incluindo de gerações anteriores) podem produzir o sofrimento. As conseqüências de escolhas ruins às vezes afetam não só a pessoa que faz a escolha errada, mas também sua família, amigos, e às vezes sociedade inteira.

O VT e o NT mostram que o sofrimento pode ser um resultado da disciplina de Deus em nossas vidas -- semelhante à disciplina que um pai amoroso tem para o filho. Um pai amoroso não deixa seu filho pôr a mão no fogo. A criança "sofre" no momento por não poder fazer o que quer e pela dor temporária de uma surra. Mas o pai vê o "quadro" inteiro e disciplina a criança. Assim Deus nos disciplina. Hb. 12:10-11 ilustra este ponto: "...Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça".

O sofrimento é o megafone de Deus para um mundo surdo. O sofrimento pode produzir maior benefício que o próprio sofrimento. Pode fortalecer

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