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Homiléitca

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Por:   •  6/3/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.808 Palavras (8 Páginas)  •  634 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Pregação é o ato pelo qual se expõe uma ideia. Mensagem é a ideia ou a filosofia de uma pregação. Sermão é um discurso de caráter religioso;

A homilética é ciência quando considerada sob o ponto de vista de seus fundamentos teóricos, históricos, psicológicos e sociais; Arte quando considerada nos seus aspectos estéticos, a beleza do conteúdo e da forma; Técnica quando considerada pelo modo especifico de sua execução ou ensino e, Religiosa quando considerada por sua função espiritual, ou seja, adoração, poder, transformações, manifestações espirituais, etc.

Homilética é a disciplina teológica que estuda a ciência, a arte e a técnica de analisar, estruturar e entregar a mensagem do evangelho, a palavra de Deus ao seu povo

2 NATUREZA, FORMAÇÃO E A HISTÓRIA DO HOMILÉTICA

O termo homilética surgiu durante o iluminismo, entre os séculos XVlI e XVlII, quando as principais disciplinas teológicas receberam nomes gregos. Na Alemanha, Stier propôs o nome "Kerictica", derivado de Kerix, que significa "arauto". Sikel sugeriu "Halieutica", derivado de Haloeos, que significa "pescador". Para uma perfeita compreensão da matéria, é necessário que se conheça bem as definições e significados das palavras e sua etimologia.

Mais especificamente falando, a homilética é entendida como a disciplina que se ocupa da ciência e da arte da pregação de sermões religiosos — ciência, porque estuda criteriosamente os processos do discurso religioso e arte porque aplica-se ao estudo das suas técnicas. A palavra tem origem no termo grego homiletikos que, por sua vez deriva de homilos que significa “multidão”, “assembléia do povo”. Pelo que se sabe, os primeiros cristãos empregavam o termo para designar a “assembléia do culto”. O verbo grego, homileo, que se traduz por “conversar”, passou a ser empregado para indicar os discursos em tom familiar que eram feitos nessas reuniões ou assembléias. Do verbo homileo deriva-se o substantivo homilia, que passou a designar as exposições instrutivas (exortativas) que se fazia das escrituras no contexto litúrgico das primeiras comunidades cristãs.

A homilia se constituiria, assim, em uma das formas da pregação cristã.

Embora o produto homilético receba, com frequência, diferentes designações, tais como pregação, prédica, parênese, homilia e sermão, em sentido restrito, tais expressões referem-se àquela peça oratória, discursiva que se dá no contexto celebrativo da comunidade de fé. O caráter específico da homilética se dá em virtude de sua vinculação litúrgica. É esse o diferencial que distingue o “sermão” de outros discursos: o contexto litúrgico.

Para que haja uma boa comunicação, é necessário que os pastores estejam atentos á necessidade de concisão no púlpito. “ entender na homilia é índice de pouca comunicação de ruptura de harmonia na celebração.” Ney Ladeia declara:

“ Um sermão rico em conteúdo atingirá de forma mis completa seus ouvintes, num período médio de 20 minutos. Esse é o tempo em que o auditório concentra melhor sua atenção e recebe muito mais do conteúdo que está sendo apresentado. Passando esse tempo se torna cansativo e os ouvintes dispensação a atenção, não filtrando a ideia apresentada”.

A brevidade, entretanto, tem sido um assunto quase velado; tanto que, nos livros de Homilética, pouco se encontra sobre seu lugar e importância. O problema é que, falar sobre a necessidade as síntese no púlpito pode parecer profanação, para alguns pregadores, uma vez que é o Espirito Santo quem inspira.

Pode-se estabelecer o seguinte roteiro histórico da práxis homilética: os antecedentes da homilética cristã no período do Primeiro Testamento (Bíblia Hebraica); a homilética no período do cristianismo primitivo; durante os quatro primeiros séculos da era cristã; durante a Idade Média; no período da Reforma Protestante; a partir da Reforma Protestante; durante o período dos movimentos evangelísticos e missionários; e a pregação recente e contemporânea.

A homilética cristã é historicamente herdeira da tríplice hierarquia judaica: rei—sacerdote—profeta.

Pode-se dizer dos Sacerdotes que praticavam uma homilética da celebração do cotidiano. O sermão sacerdotal atua, em geral, como recapitulação da memória fundante de Israel e convocação à prática dos preceitos dados por Deus e registrados nos escritos sagrados — Torá (Lei), dos Nebiim (Profetas) e dos Ketubim (Escritos).

Quanto aos Reis-pregadores, tratava-se de uma homilética da sabedoria familiar. Na Bíblia Hebraica, constata-se a responsabilidade homilética de chefes de família, de clãs e de reis. Quanto aos Profetas, sua homilética é a da contestação e da esperança. A homilética profética judaica se manifestava de duas maneiras: no anúncio das promessas divinas e nas denúncias de eventuais desvirtuamentos em relação à vontade divina.

Deve-se acrescentar, a respeito dos profetas, que sua pregação não se restringia ao discurso oral. Muito de sua pregação se efetivava por meio de atos simbólicos, do gestual, do vestuário (ou ausência dele) e do seu próprio estilo de vida. Os profetas se comunicavam verbalmente (alguns chegavam a gritar, cf. Is 40.6), alguns poucos escreviam suas mensagens, mas, “falado ou escrito, o seu discurso, feito de palavras e de frases, se desdobrava em outra linguagem, a dos sinais, dos gestos”.

Portanto “a palavra dos profetas era também ‘gestual’; as suas proclamações oratórias eram pontilhadas de atos significativos: rasgando mantos (1Rs 11.30-32), brandindo chifres de ferro (1Rs 20.35-43), casando com prostitutas (Oséias), dando nomes-mensagens aos filhos (Is 7.3; 8.3; 7.14; 8.3s), andando nus e descalços (Is 20), lavando cintos no Eufrates (Jr 13.1-11), quebrando jarros (Is 19), carregando cangas no pescoço (Jr 27), trancando-se em casa, mudos e atados (Ez 3.24-64), cortando fios da barba e do cabelo (Ez 5.1-3), comendo alimento de miséria (Ez 12.17-20), para citarmos uns poucos exemplos.

Da profecia bíblica, a práxis homilética herdou a solidariedade para com o povo oprimido e o engajamento no serviço de uma Palavra que transcende o orador o discurso verbal, chegando mesmo a expressar-se espetacularmente por meio de atos simbólicos significativos, com vistas à transformação da realidade.

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