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Movimento Moraviano

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Por:   •  13/5/2014  •  Tese  •  4.749 Palavras (19 Páginas)  •  288 Visualizações

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1.Quando, como e onde começou o movimento MORAVIANA

Começou no século XV ( consolidando –se 1722)

na Boemia - Morávia,( A Morávia e a Boêmia eram duas províncias situadas a noroeste do império austríaco e faziam fronteira com a Saxônia. A Morávia do século XVIII localizava-se na Europa Central, no centro da antiga Tchecoslováquia, hoje dividida em República Tcheca e Eslováquia.) no centro da Europa, hoje República Checa,

Depois de muita perseguição no seu país de origem um pequeno grupo escapou para a Alemanha oriental, estes começou a preparar-se para missões após o dia de trabalho árduo de colono, estudando a Bíblia, línguas, geografia e medicina. Mas cinco anos depois, o Conde Zinzendorf estava em Copenhagen na festa de coroação de um rei dinamarquês. Ali ele recebeu duas chamadas, uma para trabalhar entre os escravos numa ilha dinamarquesa no Caribe, outra para ajudar na evangelização entre os esquimós na Groenlândia. Voltando para casa, a sua igreja aceitou o desafio, iniciando o imenso trabalho missionário moraviano.( detalharei em seguida)

Mais antes é preciso entender o que estava acontecendo com a igreja bem antes:

A IGREJA MORAVIANA

Nos séculos VII e VIII, a Morávia conheceu o Evangelho primeiro através da Igreja Católica Romana. Com isso, a Igreja Romana assumiu a posição de liderança do país sobre a Igreja Grega.

Segundo o historiador Justo Gonzalez, no século IX foram enviados dois missionários à Morávia (Constantino e Metódio), a pedido do príncipe da "Moraviano Ratislao" ao Imperador de Bizâncio, Miguel III.

"É difícil saber as verdadeiras razões desse pedido. Talvez Ratislao quisesse se opor à influência ocidental que era sentida mediante a união entre o Cristianismo e o imperialismo político, característica de seus vizinhos ocidentais. Talvez se tenha deixado levar, sinceramente, pelo prestígio do patriarca focio, um dos homens mais sábios que já ocupou a sede Constantinopla".

A Igreja Protestante moraviana "nasceu" bem antes de eclodir a Reforma Protestante no século XVI. Ainda no começo do século anterior (XV) apareceu na Morávia o versado teólogo e sacerdote chamado João Huss, influenciado pelas idéias do grande mestre Dr. John Wycliff, professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra, sobre pontos de vista dos quais discordava da Igreja Católica Romana.

Ele não conseguiu levar avante os seus ideais, pois foi tolhido pela morte na fogueira em 1415, em Constança. A pena foi aplicada pela inquisição romana. A partir daí a Morávia tornou-se um cenário de terríveis perseguições, o que levou os moravianos a se refugiarem num povoado ao noroeste no vale de Kunwald. Ali conseguiram viver por algum tempo em relativa paz.

Em 1457 os remanescentes e defensores do pensamento de John Huss se estabeleceram como organização, ou Igreja, chamada "Unitas Fratrum" (Unidade de Irmãos). Tornaram-se conhecidos como "Os Irmãos da Lei de Cristo", descendentes espirituais de Huss e possivelmente de Pedro Valdo.

(Huss conseguiu deixar sementes reformadas na consciência desse povo que conservou as tradições de seus pais. Apesar de perseguido pela Igreja oficial, continuou com princípios pré-reformados na esperança do triunfo final, que felizmente veio a ocorrer três séculos depois, quando encontraram apoio na pessoa do Conde Zinzendorf.)

Durante aproximadamente meio século, viveram em Kunwald sem serem molestados. Contudo, na virada do século, quando se iniciava a Reforma Protestante, quase foram exterminados pela violenta perseguição papal e governamental. Mas a partir de 1548 refugiaram-se na Polônia, onde firmaram uma próspera Igreja. Na medida em que houve maior tolerância, espalharam-se pela Morávia, Boêmia e Polônia. Ao longo de mais ou menos 150 anos sobreviveram às deprimentes oscilações da tolerância religiosa na Europa.

A última e mais sangrenta perseguição deu-se exatamente um século antes do nascimento da nova Igreja Moraviana, na propriedade de Zinzendorf, quando Frederico II subiu ao trono e tudo mudou repentinamente. A igreja foi destruída e dispersa. A Boêmia tornou-se um campo de sangue e 36 mil famílias deixaram o país em busca de refúgio. Um dos mais influentes líderes, John Amos Comenius, em 1660 escreveu o seguinte:

"A experiência ensina claramente que algumas igrejas são, às vezes, destruídas pela mão de Deus estendida em ira. Mas, em certas ocasiões, outras Igrejas são plantadas em seu lugar ou a mesma Igreja se levanta em outros lugares".

Palavras semelhantes foram ditas em 1707 por um ancião, George Jaeschke, no leito de morte, aos 83 anos: "Pode parecer que o fim da Igreja dos Irmãos tenha chegado. Mas, filhos amados, vocês verão um grande livramento. O remanescente será salvo. Não sei se esta libertação acontecerá também aqui na Morávia, ou se vocês terão de sair da Babilônia, mas sei que isso não vai demorar a acontecer. Estou inclinado a crer que haverá um êxodo, e que um refúgio será oferecido num lugar onde vocês poderão servir ao Senhor sem medo, segundo a Sua Santa Palavra".

Estas palavras, acima de qualquer coisa, foram uma profecia da parte de Deus para o seu amado povo na Morávia. Os filhos espirituais deste profeta de Deus desfrutaram destas bençãos e foram os primeiros habitantes de Herrnhut "O Abrigo" ou "Refúgio de Senhor".

Após a morte de Huss, seus seguidores, que foram muitas vezes conhecidos como Hussitas, ou como os Irmãos Boêmicos, experimentaram um verdadeiro ressurgimento. Eles se reorganizaram no ano de 1457, e no tempo da Reforma havia entre 150 a 200 mil membros em quatrocentas igrejas por toda a Europa Central. Mas, no levante das guerras dos 1600, a Boêmia e Morávia (República Checa) foram dominadas por um rei católico romano, o qual desencadeou uma terrível perseguição contra os Moravianos. Quinze de seus líderes foram decapitados. Os membros da igreja foram mandados para os calabouços e para as minas para trabalhos forçados. As escolas deles foram fechadas. Bíblias, hinários, catecismos e escritos históricos foram totalmente queimados. Foram todos espalhados. De fato, 16 mil famílias, repentinamente, se tornaram refugiadas. Por quase cem anos procuravam fugir da perseguição. Por causa disso formaram uma poderosa rede de cristãos “clandestinos” através de pequenas células.

Anos mais tarde, em 1722, um pequeno grupo desses refugiados estava à procura de algum lugar onde pudesse se sentir seguro. Quando cruzaram a divisa da Alemanha, ouviram de um lugar conhecido como

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