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O Que É O Halaká

Por:   •  20/6/2018  •  Abstract  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  244 Visualizações

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  Resumo sobre o  HALAKÁ

        Jesus é um servidor: anuncia o Reino de Deus, instaura novas relações com ele e desmascara as deturpações idolátricas. Ele não se contentou em só anunciar a chegada do reino de Deus, mais dá sinais de sua atuação com a cura dos doentes, o perdão e a reconciliação, a opção pelos pobres e marginalizados, a denúncia da mentira farisaica.

        A “Halaká” (comportamento), era o conjunto de interpretações da “Torá”, feitas pelos mestres, bem como as normas do direito consuetudinário (relativo aos costumes de uma sociedade).

        A Torá é a lei escrita mosaica, compreende não só o Pentateuco, mas também os escritos do Antigo Testamento que compõem a Bíblia hebraica.

        Jesus rejeita a Halaká, na medida que esta deturpa a vontade de Deus, substituindo-a por normas humanas, mais respeitava e vivia o sentido profundo da Torá, expressão da vontade de Deus. Jesus vivia com liberdade, mais a lei para ele deve estar a serviço do ser humano e não ao contrário. Assim assume e supera a Torá, levando-a à sua plenitude, sempre em função da novidade da chegada do reino.

        Os paradoxos do Sermão da Montanha não constituem novas leis, com eles Jesus mostra um novo modo de ser, torna possível pagar o mal com o bem, amar o próximo com um pouco de gratuidade. Se Deus me ama e me perdoa com tanta generosidade e gratuidade, não serei eu interpelado para tratar o irmão devedor ao menos com um pouco dessa generosidade e gratuidade? Jesus afirma que não é a lei que salva, mais o novo ser, próprio da vivência do Reino.

        A atitude livre de Jesus diante da lei, libera o ser humano da imagem opressora de Deus, um Deus que escraviza com o jugo pesado da multiplicidade de normas, proibições e leis. Nessa atitude livre de Jesus ocorre a revelação viva de que a libertação profunda do ser humano não se encontra na mera observância da lei, mas na vivência do dom do Reino. A verdade do ser humano encontra-se, pois, na vivência do dom do Reino, traduzida no amor-serviço.

        Conforme o quarto evangelho, Jesus deu aos discípulos um “novo mandamento”: Jo 13,34. Trata-se do amor-serviço, o amor vivido por Jesus na fidelidade ao messianismo de serviço. O novo consiste na vivência do amor-serviço, que está no lugar de qualquer mandamento. A observância da lei, sem o amor-serviço, é somente uma obra própria da atitude farisaica.

         Se pode concluir que o novo ser, a vida da graça, dispensa exigências éticas, normas de convivência e leis? Nesta etapa do Reino, a lei, os mandamentos e as normas ainda são necessários. O amor-serviço e a gratuidade ainda são realidades precárias: a tendência para o mal, para o “velho”, ainda está fortemente presente na vida das pessoas.

        Entre os beneficiários do Reino, estão os pobres, não é devido a algum mérito especial, mais a situação de injustiça em que se encontram faz com que o Deus do reino intervenha, mediante Jesus, em seu favor, se tratando de uma opção preferencial e não exclusiva.

        A dura condenação de Jesus aos ricos, se faz por dois motivos básicos: a riqueza leva facilmente a uma falsa segurança, e com igual facilidade a idolatria, não dá para servir ao Deus do Reino e ao dinheiro. Devido à falsa segurança proporcionada e ao tremendo perigo da idolatria, a riqueza é vista por Jesus como um formidável obstáculo a salvação.

        Jesus foi pobre durante toda a sua vida em Nazaré, viveu a pobreza, não com agressividade ou ressentimento, mas simplesmente como expressão de sua liberdade e de sua opção pelo serviço do Reino.

        Zaqueu, o jovem rico, Nicodemos, José de Arimatéia são alguns exemplos, de que Jesus chama os ricos à conversão. Qual a situação do rico que se abre à proposta do reino de Deus e vai aprendendo a colocar sua riqueza a serviço dos empobrecidos e marginalizados? A resposta é dada em Mt 5,3 “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus”. A expressão “pobres de espirito”, são designadas as pessoas que vão se esvaziando do orgulho e da auto justificação para viver a confiança no amor e na misericórdia de Deus.

        O desapego em relação aos bens e riquezas deve ser parte fundamental dessa atitude, mas só é verdadeiro quando condicionado e corporificado na partilha, no serviço aos empobrecidos e no compromisso de luta contra as injustiças. O rico pode participar do Reino, mas a conversão do rico implica o compromisso com os pobres.

        O que fazer com a riqueza injusta? A resposta de Jesus é clara e libertadora: Fazei amigos com essa riqueza. Pouco adianta lamentar-se, angustiar-se, discutir a situação do país. Fazei amigos já e colocai essa riqueza a serviço dos empobrecidos. O serviço prestado às pessoas concretas e do serviço vivido no compromisso com as mudanças das estruturas injustas.

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