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Sermões

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Por:   •  20/6/2013  •  Tese  •  4.006 Palavras (17 Páginas)  •  248 Visualizações

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ESTE Sermão foi pregado em Londres, cerca de um mês antes de o ser em Oxford. O tipo de caráter ai

descrito não se limita a tempos ou a lugares. Os primitivos metodistas de Oxford viviam a melhor fase da

vida “quase cristã”. Sinceridade, zelo, observância escrupulosa das ordenanças, invariável diligência no

cumprimento de todos os deveres, combinavam-se para constituir o caráter que, por zombaria, recebeu o

qualificativo de “Metodista”. Não obstante tudo isso, neste sermão o pregador declara que aquelas

qualidades pertencem somente aos “quase cristãos”. Sem a essência da verdadeira piedade, essa forma

exterior de devoção se toma destituída de valor. Que Wesley não acreditava que os elementos da genuína

religião se encontrassem no caráter aí descrito, é evidente do Sermão 9, no qual ele faz o contraste entre o

mesmo legalismo e a inimizade natural, ou indiferença. Nada poderia marcar mais decididamente o sentido

da suprema importância da crise conhecida como conversão, do que o fato de ele reduzir toda a graça

precedente a nenhum valor, desde que lhe falte o coroamento da experiência que transforma o quase em

perfeitamente cristão.

Seu apelo aos ouvintes, evocando sua própria, experiência, é característica do pregador. Ele mostra-se

profundamente destituído do orgulho de opinião, da falsa coerência, que leva o homem a aderir ao erro,

simplesmente por ter tido uma vez a desventura de incorrer nesse erro. Wesley pode falar de si mesmo como

se fosse outro homem, e usa seu próprio exemplo para prevenir os ouvintes contra o erro. Há casos de

autocondenação muito diferentes deste. Alguns recém-convertidos têm posto em relevo sua carreira má e em

outras ocasiões a têm mesmo denegrido, para tornar mais vivo e frisante o contraste com o estado atual. Tal

prática é perigosa, senão censurável. Os grandes pecados desta vida se há grande necessidade de serem

mencionados por um homem convertido, devem-se lembrar com profunda tristeza e temor de rebaixamento

próprio que deixem muito longe qualquer vestígio de gabolice. Proceder de outro modo é correr o risco de

criar uma impressão que muito se distancia da que pretendesse causar. O ouvinte pode não nutrir sentimento

de gratidão em face do reerguimento de um tão grande pecador, mas, ao contrário, certa dúvida no tocante à

genuinidade do propósito e à realidade da mudança.

No caso de Wesley, as alusões à sua própria experiência são pertinentes e são feitas num espírito de

verdadeira humildade, visto que as acusações que ele faz a si próprio representam um esforço para servir a

Deus, de modo muito mais elevado do que as profissões mais solenes de muitos que lhe ouviam o discurse.

Este contraste é frisante. Se seu zelo e consciência foram além da medida, qual poderia ser a condenação por

parte daqueles, que nenhum apreço davam às coisas que constituem a verdadeira, vida cristã?

Este sermão nos dá um esboço das “Regras Gerais das Sociedades Unidas”, que foram publicadas primeiro

em 1743, aproximadamente dois anos depois da prolação deste discurso.

ESBOÇO DO SERMÃO 2

I. O que, implica ser quase cristão?

1. Honestidade pagã, incluindo justiça, verdade e amor.

2. A forma da piedade; abstenção dos pecados exteriores, fazendo o bem mesmo com esforço e sacrifício e

usando publicamente dos meios de graça, usando-os no seio da família e em particular.

3. Sinceridade, ou desígnio real de servir a Deus.

II. O que implica ser inteiramente cristão?

1. Amar a Deus.

2. Amar ao próximo.

3. Fé, — não fé morta, especulativa,— mas a que dá certeza de perdão de pecados e é seguida da posse de

um coração amante, guardando com zelo os mandamentos de Deus.

Sermão 2

OS QUASE CRISTÃOS

Pregado em Santa Maria, Oxford, perante a Universidade, a 25 de julho de 1741.

“Com pouco me persuades a fazer-me cristão”.

(Atos 26.28)

MUITOS há que chegam até este ponto: pelo menos, desde que apareceu no mundo a religião cristã,

sempre houve muitos, em todas as épocas e nações, que quase chegaram a ser persuadidos a se fazerem

cristãos. Mas, visto que perante Deus de nada vale ir somente até esse ponto, é para nós da mais alta

importância considerar:

Primeiro, o que implica ser quase cristão;

Segundo, o que é ser totalmente cristão.

1. Ser quase cristão é ter, primeiro, honestidade pagã. Ninguém levantará, suponho, qualquer objeção a

isto, especialmente quando esclareço que, por honestidade pagã, quero dizer, não apenas o que se

recomenda nos escritos de seus filósofos, mas o que os pagãos vulgares esperavam uns dos outros, e,

muitos, dentre eles, na realidade traduziam em obras. Segundo as boas regras, eles recebiam lições

segundo as, quais não deviam ser injustos, nem usurpar os bens do próximo; nem cometer furto

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