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Alfabetização

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Por:   •  18/3/2015  •  1.856 Palavras (8 Páginas)  •  161 Visualizações

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CONSTRUTIVISMO: (DES)METODOTIZAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Pereira, Juliana Aparecida Dumont1; Ferreira, Helena Maria2.

1 Estudante do Curso de Letras do UNIPAM – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras

2 Professora das disciplinas Alfabetização e Construção do Conhecimento (Pedagogia) e Lingüística (Letras),

no Unipam.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho é resultado de uma revisão bibliográfica acerca dos métodos de alfabetização, levando em conta que a alfabetização envolve um conjunto muito complexo de fatores e exige habilidades e competências necessárias para lidar com estes desafios e requer um conhecimento considerável concernente

as teorias e métodos. Pretende-se discorrer a luz da comparação de diversos autores, os métodos de alfabetização e suas contribuições teóricas e metodológicas ao papel do professor alfabetizador. Essa temática é de fundamental importância para o professor alfabetizador, a fim de que o mesmo possa intervir

no processo de aprendizagem de seus alunos de maneira mais eficaz e melhor embasada no que diz respeito

ao processo de aquisição da leitura e da escrita.

O processo de alfabetização é amplo e complexo, e, implica não só a capacidade intelectual, mas

também diferentes fatores de ordem social, emocional, físico e psicológico da criança e requer dos

educadores interação com todas as áreas para que o aluno possa desenvolver suas potencialidades.

O método de alfabetização infantil usado no Brasil pode ser a causa de tantas crianças terminarem o

ensino primário sem ter o completo domínio da leitura e de compreensão de textos. Essa foi a conclusão da

Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados diante do relatório Alfabetização Infantil: OS

Novos Caminhos, encomendado pela própria comissão a um grupo composto por sete especialistas na área

de educação.

De acordo com CESCA (2004), ao longo do tempo o conceito de alfabetização mudou, para

responder as necessidades da sociedade, muitos métodos e processos de alfabetização forma criados,

modificados e adaptados tentando aperfeiçoar ao máximo o processo de ensino da escrita e leitura. Enquanto

necessidade a alfabetização é um ponto indiscutível, porém, a utilização do método e da cartilha no processo

é um tema que gera polêmica por parte dos professores alfabetizadores.

A alfabetização tem sido uma questão bastante discutida pelos que se preocupam com a

educação, já que a muitas décadas se observam as mesmas dificuldades de aprendizagem, as

inúmeras reprovações e a evasão escolar. Atualmente, esta questão vem recebendo uma atenção

especial da parte dos órgãos oficiais, os quais, entretanto, não têm obtido resultado expressivos

em suas tentativas de solucionar os problemas citados.

Sendo a aprendizagem é um processo linear, decorrente da conjugação de estímulos e respostas, cujo

objetivo é a aquisição ou a modificação de comportamento, o método é entendido como um fator

fundamental da aprendizagem, como ‘um caminho a seguir’, que deve ser conduzido habilmente a fim de

que não sejam queimadas etapas.

Toda essa bibliografia preocupada em apresentar orientações pedagógicas, proposições

metodológicas para o ensino da leitura e da escrita, numa perspectiva psicogenética, procura-se evitar o

termo método, substituindo-o por proposta, é preciso porém, advertir: esta estratégia não será mais do que

uma mera “substituição” de termos se se atribui a método o sentido que propus: soma de ações baseadas em

um conjunto coerente de princípios ou de hipóteses psicológicas, lingüísticas, pedagógicas, que respondem a

objetivos determinados; se, porém, se atribui a método o conceito estereotipado que esse termo adquiriu, isto

é, método de alfabetização identificado com os tipos tradicionais de métodos – sintéticos e analíticos, e que

é confundido com manual, conjunto de prescrições geradoras de uma prática rotineira, não será apenas uma

substituição de termos, mas uma radical mudança conceitual. Neste caso, a diferença entre método e

proposta será aquela que Margarida Gomes Palácio aponta, em OS filhos do analfabetismo: a diferença entre

método e proposta reside no fato de que o primeiro está centrado no processo que o professor deve seguir e a

proposta de aprendizagem, no processo que a criança realiza ( Ferreiro, 1990, p. 100).

Mas é preciso não ter medo do método: diante do assustador fracasso escolar, na área da

alfabetização, e considerando as condições atuais de formação do professor alfabetizador, em nosso país,

estamos sim, em busca de um método, tenhamos a coragem de afirma-lo. Mas de um método no conceito

verdadeiro desse termo: método que seja o resultado da determinação clara de objetivos definidores dos

conceitos, habilidades, atitudes que caracterizam a pessoa alfabetizada, numa perspectiva psicológica,

lingüística e também ( e talvez sobretudo) social e política; que seja, ainda o resultado da opção pelos

paradigmas conceituais ( psicológico, lingüístico, pedagógico) que trouxeram uma nova concepção

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