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Concepções Saussurianas

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Por:   •  4/11/2014  •  552 Palavras (3 Páginas)  •  372 Visualizações

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As concepções Saussurianas de formação de palavras

Ferdinand de Saussure nasceu em 1857 em Genebra, Suíça, e morreu em 1913 aos 56 anos e com um livro por escrever.

Os discípulos dele, Charles Bally e Albert Sechehaye, compilaram o “Curso de Linguística Geral”, obra fundadora da linguística moderna adotada também por Levi Strauss, Lacan, e Foucault.

O “modelo saussuriano de Morfologia” fundamenta que a palavra é vista como um todo não segmentável. As palavras estabelecem relações associativas entre si, que podem ser de três tipos: Fonológicas, quando o elemento em comum diz respeito ao significante; Semânticas, quando o elemento em comum diz respeito ao significado e Morfológicas, quando o elemento em comum diz respeito a ambos simultaneamente.

Nesse sentido, dizer que determinada palavra possui determinado morfema equivale a dizer que tal palavra estabelece relações associativas com outras palavras que apresentam em comum uma cadeia fônica semelhante e um elemento significativo semelhante.

A formação de palavras se dá por analogia, estabelecendo relações associativas com palavras já existentes na língua.

Para Saussure, uma palavra é produtiva (ou seja, é capaz de servir como modelo analógico para formar outras) na medida em que é passível de ser “decomposta” (entendendo a decomposição como a relação com duas ou mais séries associativas).

Das dicotomias saussurianas temos: diacronia/sincronia, língua/fala, significante/significado. A dicotomia mais importante trata-se da oposição entre relações sintagmáticas e relações associativas.

Saussure discute, a questão sobre se as relações sintagmáticas consistem em um fenômeno de língua ou de fala. Porém, o autor deixa transparecer sua concepção de como as palavras se relacionam entre si. Uma palavra gera na memória toda uma série de relações associativas com outras palavras com as quais divide certos elementos. Para ele, há três tipos possíveis de associação: por semelhança meramente fônica (ao nível do significante), por semelhança meramente semântica (ao nível do significado), por semelhança fônica e semântica. Nesses três tipos de associação o signo é formado pela união de “um conceito e uma imagem acústica”. Desta forma a Morfologia é o estudo das relações associativas estabelecidas por uma palavra (ou um signo), em decorrência de seu significante e seu significado.

Saussure não vê os morfemas como unidades, mas antes, a ênfase é na palavra como um todo. O “modelo saussuriano de Morfologia” é um modelo baseado na palavra, não no morfema. A segmentação em morfemas é decorrente das séries associativas das quais a palavra faz parte, e não o contrário. Poder-se afirmar que os morfemas, nessa concepção, nada mais são do que construtores teóricos, criados pelo linguista para facilitar o trabalho descritivo.

O termo estruturalismo afirma que “a língua não é um conglomerado de elementos heterogêneos. É um sistema articulado, onde tudo esta ligado, onde tudo é solidário e onde cada elemento tira seu valor de sua posição estrutural” (Saussure, citado em Leroy (1971:109)).

Pode se dizer que a teoria estruturalista representa o grande marco para o desenvolvimento

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