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GRANDE DEPRESSÃO

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Por:   •  4/3/2015  •  4.974 Palavras (20 Páginas)  •  145 Visualizações

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Índice

1. Introdução 3

2. A Prosperidade Americana antes da crise e o Período entre Guerras 4

3. A Grande Depressão de 1929 7

3.1 As Causas 7

3.2 Efeitos da Grande Depressão 9

4. O Impacto que teve em Portugal 11

5. Soluções para a Grande Depressão 14

5.1 Soluções adoptadas pelo Reino Unido 16

5.2 A Teoria de Keynes 16

6. Conclusão 17

7. Referências Bibliográficas 18

1. Introdução

No início dos anos 20 a American Way of Life não faria antever a crise e as dificuldades que se fariam sentir no final da década.Apesar de ter saído da Primeira Guerra Mundial como principal credora da Europa, ajudando-a mesmo a recuperar e a reconstrui-se, os EUA sofreriam um duro revés em 1929.

Fruto da superprodução, do crédito fácil e da especulação, a bolsa dos Estados Unidos entraria em Crash provocando uma enorme depressão nas economias de todo mundo, apesar de não ter afetado todas de igual forma.

Será precisamente este acontecimento que procuraremos abordar no nosso trabalho. Inicialmente começaremos por fazer uma referência ao período antes da crise, qual o nível de vida, bem como o estado da economia e da sociedade.

Seguidamente, abordaremos a crise em si, as suas causas, as teorias avançadas para a sua eclosão e quais as suas consequências, não só nos Estados Unidos, mas um pouco por todo o mundo, com especial enfoque para Portugal.

Por último, iremos debruçar as nossas atenções para os planos e medidas tomadas pelos países, sobretudo o New Deal, encetado pelos norte-americanos e que está na base de muitas premissas e iniciativas de fomento económico e laboral.

Será com a intenção de fazer uma exposição das causas e custos da Grande Depressão que se procura apresentar esta pesquisa.

2. A Prosperidade Americana antes da crise e o Período entre Guerras

Desde o final do século XIX que a indústria norte americana e europeia conheceu um grande crescimento, motivado em grande medida pela Segunda Revolução Industrial. Até ao início da Primeira Guerra, as grandes potências industriais reservavam mercados para obter matérias-primas e simultaneamente colocar os seus produtos manufaturados, não obstante a Primeira Guerra veio alterar esse panorama. Os países aliados passaram a depender dos Estados Unidos, como fornecedores de capitais e produtos (Gabraith, 1988, pp. 25-29)

Nos EUA em 1912 havia sido eleito como presidente o democrata Woodrow Wilson, que no sentido da promoção da Nova Liberdade começou a introduzir a criação de leis trabalhistas a algumas categorias profissionais como os marinheiros e leis que pretendiam eliminar os privilégios de pequenos grupos, através de mecanismos que reprimiam o controlo de mercado, aperfeiçoando a Antitrust Law. De fato, o principiar da Primeira Guerra anulou essa política e a economia passou a ser controlada por Trustes, Holdings e Cartéis. Simultaneamente, as transações de produtos industriais e agrícolas acrescentaram com a abertura de créditos aos aliados, seguida da concessão de empréstimos à Inglaterra e França (Gabraith, 1988, pp. 31-39).

Nesse seguimento, a produção norte americana deu um enorme salto, sobretudo nos setores da indústria bélica, de material de campanha, alimentos e mesmo de setores destinados ao consumo interno, uma vez que o potencial de consumo no país aumentou.

Ao terminar a Guerra realizou-se a Conferência de Paris, na qual os países vencedores impuseram pesados tratados aos países vencidos. No entanto, apesar da participação do presidente Wilson, os EUA não criaram mecanismos que garantissem a sua participação nas reparações de guerra ou o pagamento dos empréstimos e das vendas aos países aliados, ao mesmo tempo em que não reivindicaram nenhum território colonial (Rothbard, 2012, pp. 45-59).

Porém, os países europeus passaram a depender de forma extraordinária dos EUA, já que foram eles os grandes fornecedores de capitais para a reconstrução da economia europeia que, num intervalo relativamente curto (1918 – 1924), conseguiu recuperar-se. Esse restabelecimento teria consequências na economia norte-americana, já que os países europeus procuraram dinamizar as suas produções e progressiva e consequentemente tornar-se menos dependentes dos produtos norte-americanos. O fim da Guerra originou desse modo a retração da economia norte-americana, pois a indústria de guerra não só diminuía o ritmo de produção, como os soldados que regressavam do combate não eram absorvidos pelo mercado de trabalho (Gabraith, 1988, pp. 39-45).

Desta forma, entre os anos de 1919 e 1921 o país viveu a uma pequena crise. Sendo que a partir de 1922 a França e a Inglaterra começam o processo de recuperação e passaram a saldar as suas dívidas com os Estados Unidos. Em 1924, os EUA colaboram ativamente com a recuperação da economia alemã realizando para isso investimento no país, garantindo dessa forma o pagamento das reparações e das dívidas da época de Guerra (Rothbard, 2012, pp. 45-59).

Mas, houve igualmente consequências no campo agrícola e financeiro. A nível agrícola, durante e depois da Guerra os empresários agrícolas norte-americanos tinham investido na aquisição de terras, equipamentos e todos os meios necessários para responder ao crescimento dos mercados internos e externos. Todavia, a partir de 1924, e depois de excelentes colheitas, dá-se uma enorme queda na procura e os preços começam a cair. Nesse sentido, os agricultores precisavam escoar os seus produtos para saldar as dívidas e as hipotecas que tinham contraindo, porém, não o conseguem fazer agravando ainda mais a situação (Rothbard, 2012, pp. 45-59).

A nível financeiro, existia um clima de euforia no que ao mercado de títulos e valores dizia respeito. Exista uma facilidade na aquisição de crédito para que os pequenos investidores comprassem ações na bolsa. Os grandes investidores compravam grandes quantidades de títulos em baixa, o que induzia outros a comprar, porém

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