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Por:   •  18/3/2015  •  3.780 Palavras (16 Páginas)  •  199 Visualizações

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ESENHA

FURLANI, Lúcia Maria Teixeira. Autoridade do professor: meta, mito ou nada disso? 8. ed. São Paulo: Cortez, 2004.

A desvalorização do papel do professor

A autora inicia seu trabalho com uma provocação já no título, ao se referir à desvalorização do papel do professor na universidade. Apresenta uma relação entre a crise política que acompanha o desenvolvimento do mundo moderno em um amplo processo denominado de "crise cultural". Essa crise Uma crise acontece numa redefinição idéias, valores, crenças estão sendo questionadas, pois o ideário que servia de referencial para a postura humana revela-se inconsistente frente aos problemas criados por uma nova realidade. Esse novo contexto econômico internacionalizado impõe novos paradigmas.

O livro foi construído com a pretensão de auxiliar a identificação de alguns dos valores que permeiam a relação professor-aluno, de forma a contribuir, em última análise, para a compreensão da prática docente, prática essa que está envolvida, de forma complexa, em múltiplas outras relações. As relações ocorrem entre pessoas, grupos e fenômenos dentro dos sistemas de ensino e entre estes sistemas e a sociedade (isto é, suas instâncias econômicas, culturais e políticas).

Os elementos teóricos apresentados pela autora pretendem introduzir em primeiro lugar, o inquietar, por em questão, provocar nos leitores a discussão sobre a formulação da questão relacionada ao poder do professor, perguntar pelo seu sentido. Como base usa a citação de Deleule (1975, p. 19) para tomar o caminho da indagação e da comunicação, colocando em primeiro lugar a necessidade da própria indagação.

Nada disso – Abandonar as evidências sobre autoridade

Nesse momento a autora convida novamente o leitor a abandonar algumas das evidências que cercam as relações de autoridade, fazendo referência à necessidade de entendermos as relações de poder. Para tanto, assinala seis pontos essenciais à discussão.

1. Relações de poder

Nesse primeiro ponto observa que grande parte dos cientistas sociais refere-se ao poder como a capacidade de um agente para produzir determinados efeitos, sendo decorrente de uma relação social entre indivíduos, grupos ou organizações, em que uma das partes exerce controle sobre a outra, de forma autoritária, democrática ou permissiva.

Observa que a relação de influência entre pessoas, grupos, organizações se verifica quando alguém adere a interesses, valores, crenças ou modos de comportamento de outrem. Essa relação de poder e a adesão podem se dar com o consentimento ou não de quem adere.

De acordo com Lebrun (1948:13), citado pela autora, o sistema de comportamento socialmente imposto abrange também "os costumes, leis, preconceitos, crenças, paixões coletivas e tudo o mais que contribui para determinar a ordem social".

O poder não é, portanto, algo estranho ao corpo social, nem algo que se opõe sempre ao indivíduo. Este é o nome atribuído ao conjunto de relações que funcionam na espessura do corpo social. Por isso, o poder não é uma função qualquer na sociedade.

2. Relações de Autoridade

Nesse item a autora retoma a análise da relação professor-aluno que é pautada por alguns aspectos como a concretização de poder institucionalizada em nossa cultura da autoridade que tem o professor, como agente responsável, diante do sistema social mais amplo, pelo desempenho do grupo-classe.

Observa-se que as relações de autoridade não são somente baseadas no aspecto institucional; ela considera também, como exercícios diferenciais de poder, as relações que se estabelecem como autoridade em decorrência da competência do professor, competências essas que compreende o domínio teórico e prático dos princípios e conhecimentos que regem a instituição escolar.

3. Sociologia e Pedagogia do Consenso

Nesse momento a autora expõe a relação entre a Pedagogia do Consenso fundamentada nos conceitos liberais da Sociologia do Consenso. Esta pedagogia torna-se incapaz de equacionar devidamente os temas relacionados ao conflito, as mudanças e a inovação educacional. O funcionalismo preocupa-se apenas com as conseqüências da ação social, esquecendo-se de suas causas. Dentro da perspectiva da Sociologia do Consenso e da Pedagogia resultante dela, a autoridade se estabelece para atingir os objetivos ligados à eficiência e à racionalidade instrumental, descuidando dos aspectos éticos relacionados com os participantes do sistema educacional.

4. Sociologia e Pedagogia do Conflito

Esse item estende a abordagem iniciada no discurso anterior, associando a Pedagogia do Conflito com em a Sociologia do Conflito, fundamentada nos conceitos filosóficos e políticos de Marx e Engels e, para a autora ainda se estende também no século XIX, explora as potencialidades da dialética, com conceitos como poder, contradição, totalidade, mudança e emancipação.

5. Qualidade de vida humana coletiva

A autora fundamenta a idéia de qualidade de vida humana em dois valores éticos: liberdade e eqüidade, ambos devem atuar de forma conjugada, devendo refletir, em um contexto cultural específico, uma experiência cujo critério-chave será o desenvolvimento da qualidade da vida humana, respeitando os espaços de opção individual e promoção coletiva.

6. A autoridade dentro da Psicologia da Educação

A autora relaciona a autoridade com a Psicologia da Educação, enfatizando que os professores, os alunos e demais membros da comunidade universitária não podem anular, o que ela chama de um sistema de normas, que é exógeno ao sistema, e que, portanto não criariam, mas, por outro lado, refugiar-se atrás disso para recusar qualquer tipo de transformação representa uma atitude conformista e de autoritarismo.

Por que privilegiar a autoridade baseada na competência?

A tônica desse item é a autoridade do professor baseada na sua capacidade e sua autoridade surge através da competência

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