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Macunaima

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Por:   •  25/3/2015  •  9.018 Palavras (37 Páginas)  •  263 Visualizações

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A obra Macunaíma, de Mário de Andrade, foi dividida em 17 capítulos.

Foco Narrativo

Terceira Pessoa - A trama é conduzida na terceira pessoa, por um narrador onisciente, talvez o próprio autor.

Tipo de Linguagem

Linguagem oral, a fala cotidiana do brasileiro.

Tempo

A história se passa no século XX, mas o tempo mítico predomina nessa obra, pois os mitos e lendas não se enquadram na cronologia tradicional.

Cenário

• Selva Amazônica - Terra natal de Macunaíma.

• São Paulo - O herói parte para São Paulo em busca da muiraquitã. Ele se torna branco antes de passar por essa cidade. Aí o autor reflete sobre a relação entre o Homem e a Máquina.

• Espaço Mítico - Em várias passagens o autor percorre em um piscar de olhos várias regiões do Brasil.

Personagens

Macunaíma

O herói, desprovido de qualquer valor moral.

Jiguê

Irmão do meio; vigoroso, sempre perde suas companheiras para Macunaíma.

Maanape

Irmão mais velho; é feiticeiro.

Ci, a Mãe do Mato

Companheira de Macunaíma por muito tempo. Mãe do seu filho, que morre envenenado. Ela presenteia o herói com a muiraquitã.

Sofará, Iriqui e Suzi

Companheiras de Jiguê que se tornam amantes de Macunaíma.

Venceslau Pietro Pietra

Piaimã, gigante comedor de gente.

Ceiuci

Caapora, esposa do gigante.

Princesa

Última companheira de Macunaíma, ela o trai com Jiguê.

Enredo

Capítulo I: Macunaíma

Macunaíma nasceu negro e feio. Foi parido pela índia tapanhumas no Uraricoera. Ele permaneceu seis anos sem falar, por pura preguiça. Desde pequeno já vivia na malandragem e era louco por dinheiro e pelas mulheres. Os sonhos do protagonista tinham sempre um teor imoral. Ele vivia distante dos princípios morais.

Ao completar seis anos, o herói ganhou água em um chocalho e a partir daí passou a falar sem problemas. Ele tinha dois irmãos: o idoso Maanape, feiticeiro, e Jiguê, homem vigoroso que vivia na companhia de Sofará. Um dia a mãe de Macunaíma não quis acompanhar o filho em um passeio e pediu que a nora fosse em seu lugar. Na mata o protagonista se transformou em um belo príncipe e brincou com ela. Depois disso, bastava ele choramingar que a cunhada o acompanhava na caminhada.

Macunaíma inventou de fazer uma armadilha oculta para apanhar uma anta. Assim ele obteve a caça antes de Jiguê, mas este, no momento de dividir a carne, reservou apenas tripas ao herói. Este ficou furioso e quis se vingar. No dia seguinte o irmão dele flagrou Macunaíma com Sofará no mato, bateu no herói e devolveu a companheira para a família dela.

Capítulo II: Maioridade

Jiguê arranja outra mulher, Iriqui. Assim que a carne de anta foi devorada, a tribo ficou faminta. Maanape decidiu caçar um boto, mas o pai do animal, Maraguigana, se enfureceu e enviou uma enchente para dar fim ao milharal.

Macunaíma teve uma ideia. Ele iludiu sua mãe, pediu que ela cerrasse os olhos e, quando ela os abriu de novo, os dois estavam na outra margem do rio, rodeados de alimentos fartos. Mas a índia quis levar uma parte da refeição para os outros filhos. O protagonista ficou com raiva e os transportou mais uma vez para a velha casa. Voltaram a sentir fome.

Para castigar o herói, a mãe o deixou sozinho no meio do mato. Após uma semana sem rumo, ele encontrou o Curupira. Ele lhe deu um pedaço da própria perna para comer e depois passou a caçar o herói, sempre se guiando por sua carne, já na barriga de Macunaíma; ela respondia aos seus apelos e denunciava a localização do protagonista. Ele se libertou do monstro ingerindo lama e vomitando a carne.

Logo em seguida encontrou a Vó Cotia, que fabricava farinha. Ela lhe deu de comer, mas ao saber do que ele havia aprontado com a família, derramou caldo de aipim envenenado no corpo dele e assim Macunaíma cresceu. Apenas a cabeça não foi atingida pela substância, permanecendo em estado infantil.

Ele voltou para a tribo e passou a brincar com Iriqui. Jiguê descobriu tudo, mas diante do novo corpo do irmão, agora vigoroso, decidiu não criar problemas. Macunaíma ameaça se vingar da mãe. Sem querer, ele a mata ao caçar uma viada que tinha acabado de dar à luz; ao se aproximar, vê a própria mãe morta. Ele e os irmãos, após muito sofrer, enterraram o corpo sob uma pedra no Pai da Tocandeira. Os irmãos e Iriqui decidiram sair mundo afora.

Capítulo III: Ci, a Mãe do Mato

Na nova jornada os quatro se deparam com Ci, Mãe do Mato. Macunaíma logo quis brincar com ela, mas a icamiaba despertou e confrontou o herói. Após levar a pior, ele recorreu aos irmãos, os quais deram um golpe na cabeça dela. Macunaíma brincou com ela enquanto a mesma estava inconsciente. Ele se tornou o novo Imperador do Mato-Virgem. Seis meses se passaram e ela deu à luz um filho de pele vermelha. Uma noite Macunaíma se embebedou e não olhou por sua esposa. A Cobra Preta chegou e sugou o leite do único seio ativo de Ci. O bebê mamou no mesmo peito e morreu envenenado.

Após o sepultamento do bebê, Ci retirou de seu colar uma muiraquitã célebre e presenteou Macunaíma com essa pedra. Depois ela ascendeu aos céus por meio de uma corda; a Mãe do Mato se converteu em estrela, a Beta do Centauro. Na cova do filho brotou o guaraná.

Capítulo IV: Boiúna Luna

O herói partiu com seus irmãos, com a muiraquitã nos lábios furados. Ele embarcou em mais uma aventura ao enfrentar a boiúna Capei (cobra-grande). Ela fizera morada sob uma pedra que, antes, era uma bela jovem. Macunaíma derrotou a serpente e a cabeça dela começou a persegui-lo. Ele e os irmãos se ocultaram em uma choupana até descobrir que Capei só os seguia porque se tornara escrava dele. Capei se transmuta na cabeça da lua.

Macunaíma

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