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Sociedade de Lisboa da época com todas as características

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Por:   •  19/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.533 Palavras (7 Páginas)  •  299 Visualizações

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PARTE 1

*INTRATEXTO:

SINOPSE DA OBRA

O tema da obra é a sociedade lisboeta da época, com todas as características presentes na casta burguesa. Luísa é casada com

Jorge, um engenheiro. Jorge, por força de compromissos, viaja para o Alentejo. Luísa é fraca de físico e de caráter. Durante o

interregno, envolve-se afetivamente com Basílio, seu primo e antigo namorado, sujeito de inclinações “don-juanescas”. No contexto,

há personagens como Juliana, uma criada grosseira, desonesta, que tira proveito da situação de adultério, escravizando a indefesa

Luísa. O episódio chega ao conhecimento de Jorge, o marido. Luísa fica gravemente enferma e Jorge parece perdoar-lhe o erro. Tarde

demais. Ela morre. Basílio continua a desfaçatez de sua existência.

CÉLULAS DE CONFLITO

Trata-se, nesta parte, do final do século XVIII, quando começa a extinguir-se a terceira e última fase do Romantismo português. O

surgimento da evolução tecnológica e, em decorrência, cultural tende a esvaziar os ideais românticos que prevaleceram por quase

quarenta anos.

Portugal — embora tenha conhecido no período uma certa estabilidade, vê-a definhar, em face de suas dificuldades estruturais de

economia — contempla uma Europa renovada nos planos político, social, econômico e cultural. E não apenas contempla, mas

também se

vê invadido pelas novas conquistas do velho mundo, já que uma juventude operosa e inteligente está atenta àquilo que

lhe chega — em 1864 Coimbra se liga à rede européia de caminho-de-ferro — principalmente da França.

Portugal assenta-se, incomodamente, numa situação que privilegia o processo oligárquico, com tendências conservadoras, o que

impede a visão de novos horizontes sociopolítico-culturais.

É nesse ambiente que floresce a “Geração de 70”, influenciada pelos modelos franceses buscados em Balzac, Stendhal, Flaubert e

Zola.

Os jovens acadêmicos portugueses absorvem as teorias emergentes, tais como o Determinismo de Taine, o Socialismo “Utópico”

de Proudhon, o Positivismo de Auguste Comte e o Evolucionismo de Darwin, entre outras novidades no campo das Ciências e da

Filosofia.

Nesse cenário, um acontecimento é marcante: a Questão Coimbrã.

O veterano Antônio Feliciano de Castilho escreve um posfácio à obra Poema da Mocidade, de Pinheiro Chagas, seu discípulo das

letras. O dito posfácio ataca violentamente o ideário da “Geração de 70”.

Instaura-se, abertamente, a rivalidade. Antero de Quental, jovem líder do grupo que se opõe a Castilho, contra-ataca com o

opúsculo intitulado Bom Senso e Bom Gosto, em 1865, no qual assim se dirige ao velho Castilho:

“... eu hei de sempre ver uma péssima

ação, digna de toda a importância dum castigo, nas impensadas e infelizes palavras de V.

Exa., dignas quando muito dum sorriso de desdém e do esquecimento. E se eu nem sequer me daria ao incômodo de erguer a

cabeça de cima do meu trabalho para escutar essas palavras, entendo que não perco o meu tempo, que sirvo a moral e a verdade,

censurando, verberando a desonesta ação de V. Exa.”

Eça de Queirós, porém, não participou da polêmica.

Informa-nos a obra História da Literatura Portuguesa, de António José Saraiva e Óscar Lopes: “A consciência da ‘Geração de 70’

desperta dentro destas condições, e no seu despertar tem um papel decisivo a visão da Europa mais adiantada, sobre a qual os

moços de Coimbra fixam avidamente os olhos. Antero, Eça, Teófilo e outros deixaram-nos largos depoimentos sobre as suas

leituras, sobre os acontecimentos europeus, a que assistiram de longe, mas apaixonadamente. Tirante Oliveira Martins e poucos

mais parecem não dar conta das circunstâncias nacionais que os condicionavam. Toda a sua atenção era atraída pela Europa

que lhes chegava, como diz Eça, aos pacotes de livros, pelo caminho-de-ferro”.

José Maria Eça de Queirós nasceu em Póvoa do Varzim, em 1845. Faleceu em Paris, no ano de 1900. Foi advogado,cônsul em Havana.

Esteve no Egito, assistiu à inauguração do Canal

de Suez.

Izaldil Tavares de Castro

ESTUDO DAS PERSONAGENS

LUÍSA

Oriunda de uma burguesia decadente, é inculta, devotada a um cristianismo de fachada. Tem caráter instável: ora atacada por um

sentimento de medo indecifrável — teme perder o status quo adquirido com o casamento com Jorge — ora entregue às carícias do

amante Basílio. Representa bem a tibieza da estrutura cultural, moral e religiosa da parcela burguesa de Lisboa.

JORGE

Casado com Luísa, é engenheiro. Carrega concepções de superioridade hierárquica no casamento, embora leve vida ambígua: tem

diversas relações amorosas furtivas, apoiadas nas freqüentes viagens que faz, por força da profissão. Assim, representa o que há

de falso moralismo e arrogância na sociedade.

JULIANA

É

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