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A Atenuação de Fotões

Por:   •  12/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.014 Palavras (9 Páginas)  •  98 Visualizações

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Determinação do Coeficiente Linear de Atenuação de Fotões

Francisco Lelewell 47917, Rui Ribeiro 15841

Caracterização do coeficiente linear de atenuação de fotões para alguns materiais elementares, como função da Energia e do número atómico. Caracterização desse coeficiente e suas dependências.

I. INTRODUÇÃO TEÓRICA

A radiação, sob o ponto de vista da Física, consiste na propagação de energia entre dois pontos, seja no vácuo ou em qualquer meio material sendo comumente descrita como energia em trânsito e podendo ocorrer através de uma onda electromagnética ou de uma partícula. In- dependentemente do tipo, ela age sobre o meio onde se propaga depositando energia.

A interação da radiação com a matéria depende da ener-

gia e do meio onde se dá a propagação, sendo habitual a sua classificação como Radiação Ionizante e Radiação não Ionizante.

A radiação X e γ interagem com a matéria através de diversos processos físicos:

• Efeito Fotoeléctrico

A interação ocorre quando o fotão é totalmente ab- sorvido, transferindo a totalidade da sua energia para o electrão mais fortemente ligado, que se "ejecta"da sua órbita. O espaço libertado por este foto-electrão pode ser ocupado por electrões das camadas superiores, o que origina e emissão de fotões.

A maior probabilidade para a ocorrência deste efeito acontece quando a energia do fotão primário é ligeira- mente mais elevada que a energia de ligação dos electrões da camada mais interna do átomo em questão.

O Efeito Fotoeléctrico é inversamente proporcional ao cubo da energia do feixe incidente, o que evidencia o seu rápido decaimento para energias mais elevadas.

É directamente proporcional ao cubo do número ató- mico do alvo, sendo mais provável interagir com materi- ais de Z mais elevado por comparação com os de Z mais baixo.

Figura 1. Diagrama esquemático do Efeito Fotoeléctrico.

• Dispersão de Compton

este fenómeno, designada em homenagem ao Físico Americano que o enunciou, consiste na interação do fo- tão com um electrão das camadas mais exteriores (menos ligado). Ao absorver a energia da radiação incidente este electrão (vulgo electrão de Compton), é ejectado da sua orbita animado de uma determinada energia cinética, e de um fotão secundário com características que verificam o cumprimento das Leis da Conservação de Energia e do Momento Linear.

Figura 2. Diagrama esquemático do Efeito de Compton.

• Criação de Pares

A Criação de Pares é uma forma de interação da radia- ção com a matéria com elevada probabilidade a partir do momento em que a radiação incidente tenha uma energia mínima equivalente à massa em repouso do par a criar. No caso em questão a criação de pares electrão [e-] po- sitrão [e+] implica uma energia mínima de pelo menos 1,022 MeV, o correspondente a duas vezes a massa das partículas em repouso. Para além da restrição em ener- gia, este efeito, a ocorrer, deverá respeitar a Lei de con-

servação do Momento Linear, bem como a conservação dos Números Quânticos.

A maior probabilidade para a ocorrência deste efeito acontece quando a energia do fotão primário é ligeira- mente mais elevada que a energia de ligação dos electrões da camada mais interna do átomo em questão. O efeito de criação de pares passa a ser dominante para radiações

incidentes com Σ > 1, 022MeV

Figura 3. Diagrama esquemático da Criação de Pares e- / e+.

A. Coeficiente de Atenuação Linear

Devido a todas estas interações, o número de detecções, i.e., a intensidade do feixe emitido, após o feixe de fotões atravessar um alvo de espessura x será menor do que a intensidade do feixe originalmente emitido, sendo que a relação entre ambas é dada por:

I = Ioe−µx

Sendo µ o coeficiente linear de atenuação total. Cada

um dos processos físicos de interação da radiação com a matéria tem um coeficiente de atenuação parcial associ- ado, sendo o coeficiente total equivalente à soma de todos estes coeficientes parciais.

II. MATERIAL

Para esta montagem experimental foram utilizados:

• Fontes Radioactivas

• 60Co, 137Cs.

• Amostras de Material

13Al, 82Pb, 26Fe, Sulfato de Bário BaSo4 misturado com cimento em concentração desconhecida.

• Detector Cintilador

Detector cintilador de NaI, acoplado a um fotomul- tiplicador.

• Amplificador e Pré-amplificador

• Sistema de Aquisição

Sistema de aquisição de dados Multicanal

III. METODOLOGIA

Foi efectuada uma montagem experimental com re- curso a um detector cintilador de NaI com 2"x 2", ligado a um sistema de aquisição de 1024 canais.

Figura 4. Montagem experimental.

Foi efectuada a medição das fontes usadas "em vazio", gerando assim o conjunto de dados para o 60Co, e 137Cs.

Foi efectuada uma medição do Fundo do Labortató- rio, usada como forma de retirar aos dados adquiridos o "ruido de fundo".

Figura 5. Aquisição do espectro das Fontes.

A calibracão em energia foi efectuada com recurso aos espectros de 137Cs e60Co , com os seus carac- tristicos picos de energia de 283.53 keV (p=0,058%) e 661,66 keV (p=85,1%), e 1173,2 keV (p=99,85%), 1332,5 keV(p=99,88%).

1 A

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