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A INFECÇÃO NOSOCOMIAL

Por:   •  13/9/2015  •  Seminário  •  1.607 Palavras (7 Páginas)  •  189 Visualizações

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I. IDENTIFICAÇÃO DO ARTIGO RESENHADO

GIAROLA, L. Borges. Infecção hospitalar na perspectiva do profissionais de enfermagem: um estudo bibliográfico. Universidade Estadual de Maringá- UEM : 2009. Pg. 151-157.

II. PRODUÇÃO CIENTÍFICA E CAMPO DE ATUAÇÃO DO AUTOR

        

Luciana Borges Giarola é Mestre em enfermagem e Professora da Faculdade Ingá- UNINGÁ, com atividades de pesquisas e ensino sobre temas de Segurança da Saúde, Infecção Hospitalares, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e Prática Sexual na Adolescência. Artigos completos publicados: 110. Livros publicados/organizados ou edições: Nada consta. Participação em banca de mestrado: nada consta. Participação em banda de doutorados: nada consta.

III. OBJETIVOS

Objetivo Geral

  • Compreender a forma como o profissional de enfermagem tem abordado o tema: Infecção Hospitalar.

Objetivo Específico

  • Identificar as principais causas de Infecção Hospitalar.
  • Sensibilizar os profissionais da saúde da interligação existente entre a falta de ética dos mesmos e a infecção hospitalar dos pacientes;
  • Auxiliar na percepção das instituições de ensino, no que tange a falta de conhecimento, visão ampliada e clareza da temática abordada.
  • Traçar modelos de intervenções para minimizar as infecções hospitalares.

IV. SÍNTESE DAS PRINCIPAIS IDEIAS

        O termo Infecção Hospitalar (IH) é discutido por vários autores, porém, com a análise de vários artigos podemos notar que a maioria utiliza o conceito determinado pela Portaria n. 2616 de 12 de maio de 1998 que salientam tratar-se de uma infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a mesma ou após a alta quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. Acredita-se que este é o conceito que melhor define o termo e pode servir de base para estruturar discussões sobre o tema.

        A história da medicina nos revela que as IH são tão antigas quanto a origem dos hospitais, sendo que as primeiras referências remontam o ano de 325 a.C., porém somente em 1950 institui-se, na Inglaterra, a primeira Comissão de Infecção Hospitalar (CCIH). As infecções hospitalares começaram a ocorrer na assistência em saúde a partir da criação de instituições destinadas a tratar os indivíduos, assim como pela implementação de procedimentos terapêuticos e diagnósticos progressivamente mais invasores. No Brasil, estima-se que 3% a 15% dos pacientes hospitalizados desenvolvem alguma IH. Na atualidade, a IH representa preocupação não somente para os órgãos de saúde competentes, mas também um problema de ordem jurídica, social e ética em face às conseqüências na vida dos pacientes e o risco a que estes estão sujeitos.

        A enfermagem tem papel presente no controle da IH desde suas primeiras descobertas. Ela é a categoria profissional mais envolvida com os cuidados ao paciente, direta ou indiretamente, e, consequentemente, com a profilaxia e controle de infecções relacionadas à assistência, em que a higiene das mãos tem um papel importante.

        Devido à existência de muitas situações conflitantes entre teoria e prática, os profissionais que atuam em CCIH ficam envoltos de dúvidas sobre o que fazer e como fazer para resolver as questões que envolvem competência, compromisso, responsabilidade, honestidade, frente ao agir e pensar ético, considerando a individualidade, potencialidades, respeito e direitos do ser humano.

        Uma das principais questões relativa ao tema trata-se da responsabilidade dos profissionais e das instituições de saúde, com repercussões penais, civis e éticas. Por que, em certos casos, a Ih decorre de atos falhos cometidos pelos profissionais. Diante disso, pode-se afirmar que é de grande valia o conhecimento por parte dos profissionais de saúde sobre a importância de uma CCIH nas instituições, sendo indispensável que componentes das equipes multidisciplinares saibam das responsabilidades desta comissão, pois estão ligados direta e indiretamente aos cuidados com o paciente e tudo que o envolve.

        A problemática se dá pelo fato de, muitas vezes, a IH ser prevenível, levando-se em conta que ações simples, como lavar as mãos, até as ações mais complexas, envolve ética e responsabilidade das ações dos profissionais.

        E no que tange ao dano causado, a IH além de ônus financeiro tanto para o paciente quanto para o serviço público, permeia danos sociais e psicológicos.

        Outra problemática envolvida é a omissão de diagnóstico de IH, ações que ferem o direito do paciente é de sua família em ter ciência do seu estado de saúde. Sobre essa, o Instituto Defesa Brasileiro de Defesa do Consumidor, assevera que há ausência de informações dos pacientes, o que se constitui em falha na abordagem do problema pois desconsiderar os usuários como parte integrante da gestão de risco caracteriza deficiência técnica na estratégia de controle das infecções.

        É importante relatar que, com o início da epidemia da AIDS, a instituição das precauções padrão (uso dos equipamentos de proteção individual, higienização das mãos e manuseio adequado de materiais perfuro cortantes) têm como objetivo minimização dos casos de infecção, e para muitos profissionais o foco de preocupação é a infecção pelo HIV.

        No que tange ao entendimento dos profissionais de saúde sobre a IH, os estudos revelam que seu controle se dá por meio, principalmente, da paramentação adequada da execução de técnicas e lavagem das mãos. Por outro lado, autores expõem que para prevenir a IH, os profissionais e estudantes da área da saúde valorizam a paramentação adequada do executor do procedimento, alem de ressaltar a importância do cuidado com as mãos.

        Estudos revelam que muitos profissionais da saúde sequer sabem o que significa a referida sigla, além de não conhecer os profissionais que nela atuam. O papel da referida comissão é normatizar os procedimentos e condutas a partir de uma vigilância epidemiológica contínua, além disso, elaborar um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCHI), com ações sistematizadas, com vistas a reduzir a incidência e gravidade das IH. A CCIH também é vista por muitos profissionais como uma comissão importante para analisar e apurar os responsáveis por casos de IH.

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