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A propaganda de dados biométricos

Artigo: A propaganda de dados biométricos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/10/2013  •  Artigo  •  632 Palavras (3 Páginas)  •  233 Visualizações

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Alguém já viu catraca biométrica sem portinhola lateral, ou fechadura biométrica sem miolo para chave, para tratar os falsos negativos? A urna eletrônica também tem que ter, pois o direito de votar não depende de tecnologia, e sim de democracia. O mesário que antes identificava o eleitor com documento para liberar a votação na urna, com a biometria continua podendo liberar da mesma forma, em tese para tratar falsos negativos.

O modelo de urna que usamos desde 1996, de 1a. geração, foi adaptado com um dispositivo biométrico para identificar eleitores, e o equipamento é dos mais precisos que essas urnas tem condições de suportar. O fornecedor afirma que o equipamento opera com média de 1% de falsos negativos, o que significa que ele rejeita em média tres a quatro eleitores verdadeiros em cada seção eleitoral. Esses eleitores continuam sendo liberados para votação como antes, pelo mesário, usando uma senha.

O engano que a propaganda oficial da biometria pode induzir é sobre a função do mesário na votação. A biometria não força o mesário a ficar honesto. Se antes, mal fiscalizado, um mesário podia liberar outra pessoa para votar em seu lugar fazendo vista grossa na verificação do documento de identificação, continua podendo, fazendo vista grossa agora também para um verdadeiro negativo da biometria, tomando-o por falso. Ou nem isso, com ambos fingindo "defeito" no dispositivo, para não deixarem na urna impressão digital daquele que votou por outro.

Na primeira eleição com biometria, em 2010, muitos mesários já sabiam disso, e o resultado saiu de urnas com 40%, 45%, 59% e até 65% dos eleitores votando sem serem identificados por biometria, tidos como falsos negativos. A fraude aí nem precisa de luva feita de cola e molde de dedo alheio. O custo de se executar uma eleição mais que dobra com a biometria, sem nenhum efeito real para impedir, como sugere a propaganda oficial, que uns votem por outros, como explicado por um analista do CMInd.

Seria então lógico supor que essa biometria sirva para mais alguma coisa, além da propaganda, por algum outro motivo.

AO: 2- Como e onde as pessoas podem fazer?

PR: Para recadastrar-se, as pessoas devem se apresentar aos locais indicados pela justiça eleitoral, nos prazos divulgados. Ali vão ser capturadas imagens em alta resolução de sua face e dos seus dez dedos, para compor uma gigantesca base de dados. Depois receberão um novo título de eleitor, mas sem retrato, como o anterior.

Das dez digitais capturadas, duas -- dos dedos indicadores, se mantido o procedimento da eleição de 2012 -- terão extrato (template) de dados incluídos no cadastro de eleitores da sua seção eleitoral, que é copiado para a urna a ser usada nesta seção durante os preparativos para uma eleição. Esses extratos é que serão usados pelo dispositivo biométrico da urna, para fazer o batimento com a leitura dos correspondentes dedos do eleitor antes da votação.

Para informar-se de quais poderiam ser os reais motivos dessa biometrização, que cria e mantém, com muito dinheiro dos nossos impostos, uma gigantesca base de dados da qual apenas pequena fração é usada para identificação do eleitor nas urnas, mas sem nenhum efeito real para a presumida finalidade

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