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ANÁLISE COMPARATIVA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA ÍNDIA E DA CHINA

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Por:   •  27/8/2014  •  1.084 Palavras (5 Páginas)  •  323 Visualizações

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ANÁLISE COMPARATIVA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA ÍNDIA E DA CHINA

Índia e China, em termos de IDE, Índia e China estão em posições distintas dentro do BRIC. A China é o país que mais recebe investimentos externos direto dentro do bloco (US$ 108 bilhões em 2008, sendo o terceiro país que mais recebeu IDE no mundo), enquanto no mesmo ano a Índia recebeu US$ 42 bilhões, a Rússia recepcionou US$ 70 bilhões, e o Brasil US$ 45 bilhões.

A Índia, apesar do menor volume de recursos recebidos, apresentou avanço considerável nos seus investimentos externos. Os investimentos feitos por empresas indianas no exterior cresceram de menos de 1% dos investimentos originados em países em desenvolvimento no ano 2000 para 6% em 2008, movimento marcado pelas empresas indianas adquirindo e se fundindo com empresas estrangeiras. Muitas vezes, adquirindo ativos no exterior em volume superior ao seu próprio patrimônio líquido, com ênfase na compra de empresas em países desenvolvidos.

Estes dois países são duas das civilizações mais antigas do mundo, existindo desde antes da era cristã, sendo que se formaram a partir de ondas sucessivas de colonizações e invasões de outros povos, dando aos países caráter multirracial e cultural.

Estes países têm um passado marcado por fortes relações econômicas e políticas com a Inglaterra, tendo sido não só fornecedores de matérias-primas e mão de obra, mas também compradores dos produtos ingleses. Tropas do exército indiano lutaram pela Inglaterra na II Guerra Mundial.

Os dois países em análise romperam suas relações com o Reino Unido após a II Guerra Mundial e passaram a trilhar caminhos próprios. A China como um país socialista dirigido de forma ditatorial por Mao Tse-tung, e a Índia como a maior democracia do mundo, capitalista, mas fechada e altamente regulada pelo Estado.

A Índia iniciou uma fase de alto crescimento econômico após 1991, quando seu governo abandonou políticas socialistas e deu início a um processo de liberalização da economia, que envolveu o incentivo ao investimento estrangeiro, a redução de barreiras tarifárias à importação, a modernização do setor financeiro e ajustes nas políticas fiscal e monetária. Nos últimos anos, a Índia tornou-se um importante centro de serviços relacionados com tecnologias de informação. É o principal beneficiário da terceirização de serviços de desenvolvimento de software, websites e jogos, além de call centers, e-commerce e serviços de contabilidade, entre outros.

O crescimento do PIB per capita na Índia entre os anos 1990 e 2007 foi em média de 4%, metade do da China, mas ainda estão muito abaixo das economias desenvolvidas. O crescimento econômico tem possibilitado que a população destes países consuma mais produtos básicos, o que tem reflexos na importação de alimentos.

Esses países juntos representavam entre 1990 e 2007 19% do PIB Mundial medido pela paridade de poder de compra e atingiam 7% das exportações mundiais de bens e serviços naquele período.

O Investimento Externo Direto na Índia e na China vem aumentando nos últimos anos, principalmente de empresas que buscam mão de obra de baixo custo, mas ao mesmo tempo qualificada e com domínio de inglês, os principais destinos das exportações destes países e algumas alterações com relação aos anos 1990. Deve-se destacar o aumento da participação dos Estados Unidos para ambos os países e, em segundo plano, o comércio inter-regional entre China e Índia e com Hong Kong e Coréia.

Índia se destaca na tecnologia e na abundância de mão de obra barata, a China produz muita tecnologia, pode ser que no futuro próximo o governo de lá passa a tomar mais conta da situação do país, já que eles têm tendência pró-comunismo, mas sem duvida alguma lá vai ser a maior economia do mundo.

CRISE ECONÔMICA NA EUROPA

Tal cenário favorece a expansão desmedida da oferta sempre que a economia em alta garante importantes rendimentos ao mercado especulativo.

Todavia, tal expansão – agenciada principalmente por intermediários financeiros – tende ao colapso quando a desconfiança e a venda de posições futuras geram uma queda brusca no valor dos ativos. Nesses momentos, a busca pela redução das perdas resulta em uma corrida pela venda de papéis: diante da incapacidade dos bancos de cobrirem tal demanda, a desvalorização dos ativos acentua-se.

Finalmente, a bolha de crédito estoura, revelando títulos sem garantia e, portanto, um excesso de dinheiro que precisa ser escoado. A crise instaura-se conforme esse dinheiro precisa desaparecer ou ser injetado na economia por outros atores – o principal dos quais é o Estado.

No Brasil, os efeitos da crise já começam a ser sentidos, com uma redução nas estimativas de crescimento do PIB para 2011 de 3% para 2,9% – em função da retração da produção industrial ano a ano de 1,6% e 2,7% em setembro e outubro, respectivamente – e para 2012 de 3,5% para 3,3% .

A situação indiana, marcada por taxas de inflação crescentes ao longo da última década, destaca-se pelo lugar central da política anti-inflacionária do governo. Assim, a desaceleração da economia – cuja previsão de crescimento para 2011 foi reduzida de 7,6% para 7,1% e deve continuar em baixa, atingindo 6,3% em 2012 – não deve ser enfrentada com medidas expansionistas, como em outros países, sendo detida a uma estagnação da taxa básica de juros que vinha sofrendo repetidos aumentos desde janeiro de 2010. Essa desaceleração é acompanhada de uma forte queda no setor de serviços – principal motor de sua economia – devido à diminuição da demanda interna e externa. A consequência tem sido déficit comercial, situação que tende a se agravar caso o fluxo de entrada de capitais estrangeiros seja interrompido devido à instabilidade financeira.

Ademais, a Índia tem acompanhado com cautela a resposta da economia chinesa à crise europeia, dado o papel central da China na cadeia produtiva e comercial asiática. Portanto, um quadro de agravamento da crise na Europa poderia resultar em uma situação perigosa para a Índia, derrubando sua produção industrial e seu setor de serviços a despeito de intervenções do Estado.

A China, por sua vez, faz frente a um quadro extremamente sensível. Se, por um lado, a retração do crescimento chinês para 9,2% em 2011 foi considerada dentro do esperado pela política de desaceleração do governo, por outro, a queda prevista para 8,1% em 2012 deixa transparecer impactos mais severos da crise. Esses se manifestam principalmente no âmbito da diminuição da produção industrial e das previsões de queda das exportações para a União Europeia.

Assim, as economias emergentes, de modo geral, vêm sentindo os efeitos da crise do euro de duas formas principais: primeiro, pela diminuição da demanda por suas exportações, segundo, pela diminuição dos fluxos de empréstimos internacionais e pela repatriação de capitais.

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